Diversidade de espécies no subgênero Micoureus Lesson, 1842 e o status taxonômico de Marmosa (Micoureus) constantiae Thomas, 1904 (Didelphimorphia, Didelphidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Luan Gabriel de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Mato Grosso
Brasil
Instituto de Biociências (IB)
UFMT CUC - Cuiabá
Programa de Pós-Graduação em Zoologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://ri.ufmt.br/handle/1/3008
Resumo: The subgenus Micoureus Lesson, 1842 presents a wide geographic distribution from the south of Belize, in Central America, to the north of Argentina. It is comprised of six species and includes didelphidae marsupials with body mass between 35 and 144 g, facial mask, generally woolly fur that extends onto the base of the tail, and tail usually depigmented distally. Among these species, Marmosa constantiae Thomas, 1904 has never been revised, resulting in difficulties of establishing taxonomic and geographic limits for the species. This study aims to review M. constantiae based on morphological, morphometric and molecular analyzes. External and cranial morphology of 714 specimens deposited in several national and international zoological collections belonging to five species were examined. Genetic analyzes were performed using the mitochondrial molecular marker Cytochrome b (Citb) through genetic distance, Molecular Variance Analysis (AMOVA), Bayesian Inference, Maximum Likelihood and the General Mixed Yule Coalescent (GMYC) species delimitation analysis. The patterns of morphometric variation between M. constantiae and other allied species were evaluated through Principal Component Analysis and Discriminant Analysis. Based on our data set, it was possible to recognize M. constantiae as polyphyletic, composed of two lineages: one associated with Marmosa budini Thomas, 1920, with distribution in Paraguay, Argentina, south central Bolivia and west of Mato Grosso do Sul; and another associated with the Marmosa constantiae Thomas, 1904 (strict sensu) composed of five populations highly structured genetically, with distribution that includes eastern Peru, Bolivia and Brazil (Amazonas, Acre, Rondônia and western Mato Grosso). The morphometric and morphological analyzes corroborated with the molecular results, showing that both are morphometrically distinct and morphologically diagnosable – the first one is morphologically differentiated by the smaller body size, arrangement and presence of hairs on the tail, continuous cingulum on the lingual side of upper molars, cingulids on the labial side of lower molars, and the presence of palatine fenestrae. The result of the GMYC analysis indicates that the diversity of the subgenus may be five times greater than that currently recognized, especially M. demerarae, a taxon with the highest number of supposed species, phylogeographically structured. This study is the first one to infer the diversity within the subgenus Micoureus using integrated morphology, morphometry and molecular data and to review M. constantiae, demonstrating limited knowledge about the subgenus. Future studies involving morphological analyzes with all species and more molecular markers are necessary to describe the real diversity of Micoureus species.
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External and cranial morphology of 714 specimens deposited in several national and international zoological collections belonging to five species were examined. Genetic analyzes were performed using the mitochondrial molecular marker Cytochrome b (Citb) through genetic distance, Molecular Variance Analysis (AMOVA), Bayesian Inference, Maximum Likelihood and the General Mixed Yule Coalescent (GMYC) species delimitation analysis. The patterns of morphometric variation between M. constantiae and other allied species were evaluated through Principal Component Analysis and Discriminant Analysis. Based on our data set, it was possible to recognize M. constantiae as polyphyletic, composed of two lineages: one associated with Marmosa budini Thomas, 1920, with distribution in Paraguay, Argentina, south central Bolivia and west of Mato Grosso do Sul; and another associated with the Marmosa constantiae Thomas, 1904 (strict sensu) composed of five populations highly structured genetically, with distribution that includes eastern Peru, Bolivia and Brazil (Amazonas, Acre, Rondônia and western Mato Grosso). The morphometric and morphological analyzes corroborated with the molecular results, showing that both are morphometrically distinct and morphologically diagnosable – the first one is morphologically differentiated by the smaller body size, arrangement and presence of hairs on the tail, continuous cingulum on the lingual side of upper molars, cingulids on the labial side of lower molars, and the presence of palatine fenestrae. The result of the GMYC analysis indicates that the diversity of the subgenus may be five times greater than that currently recognized, especially M. demerarae, a taxon with the highest number of supposed species, phylogeographically structured. This study is the first one to infer the diversity within the subgenus Micoureus using integrated morphology, morphometry and molecular data and to review M. constantiae, demonstrating limited knowledge about the subgenus. Future studies involving morphological analyzes with all species and more molecular markers are necessary to describe the real diversity of Micoureus species.CAPESO subgênero Micoureus Lesson, 1842 apresenta ampla distribuição geográfica ocorrendo desde o sul de Belize, na América Central, até o norte da Argentina; é composto por seis espécies e compreende os marsupiais didelfídeos com massa corpórea entre 35 e 144g, máscara facial, pelagem geralmente lanosa que se estende pela base da cauda e cauda geralmente despigmentada na porção distal. Dentre essas espécies, Marmosa constantiae Thomas, 1904 nunca foi revisada, resultando em dificuldades de se estabelecerem limites taxonômicos e geográficos para a espécie. O presente estudo objetiva revisar M. constantiae com base em análises morfológicas, morfométricas e moleculares. Foram examinadas a morfologia externa e craniana de 714 espécimes de cinco das seis espécies consideradas válidas atualmente, depositados em diversas coleções zoológicas nacionais e internacionais. As análises genéticas foram feitas com o marcador molecular mitocondrial Citocromo b (Citb), através de distância genética, Análise de Variância Molecular (AMOVA), Inferência Bayesiana, Máxima Verossimilhança e a análise de delimitação de espécies General Mixed Yule Coalescent (GMYC). Os padrões de variação morfométrica entre M. constantiae e outras espécies aliadas foram avaliados por meio da Análise de Componentes Principais e Análise de Função Discriminante. Com o conjunto de dados foi possível reconhecer M. constantiae como polifilética, composta por duas linhagens: uma associada à Marmosa budini Thomas, 1920, com distribuição no Paraguai, Argentina, centro sul da Bolívia e oeste do Mato Grosso do Sul; e outra associada à Marmosa constantiae Thomas, 1904 (stricto sensu) composta por cinco populações altamente estruturadas em termos genéticos, com distribuição que inclui o leste do Peru, Bolívia e Brasil (Amazonas, Acre, Rondônia e oeste de Mato Grosso). As análises morfométricas e morfológicas corroboraram com os resultados moleculares, demostrando que ambas são morfometricamente distintas e morfologicamente diagnosticáveis, sendo que a primeira diferencia-se morfologicamente pelo tamanho corporal menor, arranjo e disposição de pelos na cauda, cíngulo contínuo na face lingual dos molares superiores e cingulídeos na face labial dos molares inferiores, e a presença de fenestras palatinas. O resultado da análise GMYC indica que a diversidade do subgênero pode ser cinco vezes maior que a reconhecida atualmente, com destaque para M. demerarae, táxon com maior número de supostas espécies, que apresentam estruturação filogeográfica. Este trabalho é o primeiro a inferir a diversidade do subgênero Micoureus utilizando dados integrados de morfologia, morfometria e dados moleculares e a revisar M. constantiae, demonstrando o conhecimento limitado acerca do subgênero. Estudos futuros envolvendo análises morfológicas com todas as espécies e mais marcadores moleculares são necessários para se dimensionar e se descrever a real diversidade de espécies de Micoureus.Universidade Federal de Mato GrossoBrasilInstituto de Biociências (IB)UFMT CUC - CuiabáPrograma de Pós-Graduação em ZoologiaRossi, Rogério Vieirahttp://lattes.cnpq.br/0447251112059340Rossi, Rogério Vieira158.143.218-65http://lattes.cnpq.br/0447251112059340Leite, Rafael do Nascimento721.885.021-91http://lattes.cnpq.br/4855431051907114158.143.218-65Schneider, Marielle Cristina023.591.289-14http://lattes.cnpq.br/4036344937738685Curcio, Felipe Franco260.593.388-10http://lattes.cnpq.br/0966740421983786Silva, Luan Gabriel de Lima2021-09-27T13:58:35Z2018-05-072021-09-27T13:58:35Z2018-04-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSILVA, Luan Gabriel de Lima. Diversidade de espécies no subgênero Micoureus Lesson, 1842 e o status taxonômico de Marmosa (Micoureus) constantiae Thomas, 1904 (Didelphimorphia, Didelphidae). 2018. 112 f. Dissertação (Mestrado em Zoologia) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Biociências, Cuiabá, 2018.http://ri.ufmt.br/handle/1/3008porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMTinstname:Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)instacron:UFMT2021-09-28T07:01:45Zoai:localhost:1/3008Repositório InstitucionalPUBhttp://ri.ufmt.br/oai/requestjordanbiblio@gmail.comopendoar:2021-09-28T07:01:45Repositório Institucional da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)false
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