Eu ainda não falei, eu quero falar!: os sentidos de escrita atribuídos por crianças pré-escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: VALENTE, Rosianne de Sousa
Orientador(a): COSTA, Sinara Almeida da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Instituto de Ciências da Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/270
Resumo: Sustentada pelos aportes da Teoria Histórico-Cultural – THC, a presente pesquisa tem como objeto de estudo a linguagem escrita na educação infantil e se delineia com o objetivo de compreender os sentidos atribuídos à linguagem escrita por crianças de pré-escolas públicas e particulares do município de Santarém-Pará. O estudo parte do pressuposto de que a criança é um ser social e desde pequena é capaz de estabelecer relações com o mundo da cultura, se apropriar dos significados e atribuir sentidos a ele. Da mesma forma, compreende que a linguagem escrita é um instrumento cultural complexo, essencial no processo de humanização pelo qual passam todos os seres humanos. No entanto, o sentido de escrita para a criança dependerá de como concebemos a cultura escrita e de como a apresentamos a ela. Tendo em vista os princípios teórico-metodológicos da abordagem histórico-cultural, que se referem à análise do processo, centrando-se na essência do fenômeno, e não em sua aparência, desenvolvemos uma investigação de campo em duas instituições de Educação Infantil, uma da rede pública e outra da rede privada de Santarém – Pará, no período de abril a julho de 2017. Participaram como sujeitos da pesquisa 38 crianças com idade entre 5 e 6 anos das respectivas instituições. Como procedimentos metodológicos realizamos: observação participante e entrevistas individuais e coletivas por meio das técnicas histórias para completar, desenhos história e passeio. Adotamos como estratégias de registros o diário de campo, fotografias e gravação de voz e vídeo. Os dados produzidos nas observações permitiram constatar que as experiências propostas às crianças em ambas as instituições (pública e particular) ainda não congregam a compreensão de que esta linguagem escrita se desenvolve a partir de práticas que enriqueçam as experiências com a cultura e as possibilidades de expressão da criança pelo desenho, pelo brincar, além do contato com objetos da cultura escrita que envolve essa atividade. As análises dos dados das entrevistas sinalizaram, num primeiro momento, que os diferentes sentidos atribuídos à linguagem escrita pelas crianças pré-escolares, não condizem com a sua função social da escrita. Estes certamente são influenciados pela maneira como as professoras têm concebido e conduzido as vivências e experiências com a linguagem escrita, bem como pela forma como consideram as especificidades das crianças e suas infâncias nesta primeira etapa da educação. Num segundo momento, pelo fato de aproximarmos as crianças de situações reais de escrita, observamos que elas atribuíram sentidos apropriados à sua função social, indicando uma relação mais consciente com a aprendizagem dessa atividade. Portanto, buscar compreender os sentidos atribuídos à escrita na pré-escola, tendo a criança como sujeito capaz no processo de pesquisa, permitiu evidenciar a necessidade de mudanças, por meio de práticas pedagógicas, que possam contribuir de fato para a inserção da criança no mundo da cultura escrita de forma que esta perceba a escrita não como sinônimo de letras e sons, mas como instrumento cultural que permite a comunicação, o registro da expressão e do conhecimento humano em sua forma mais elaborada.
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O estudo parte do pressuposto de que a criança é um ser social e desde pequena é capaz de estabelecer relações com o mundo da cultura, se apropriar dos significados e atribuir sentidos a ele. Da mesma forma, compreende que a linguagem escrita é um instrumento cultural complexo, essencial no processo de humanização pelo qual passam todos os seres humanos. No entanto, o sentido de escrita para a criança dependerá de como concebemos a cultura escrita e de como a apresentamos a ela. Tendo em vista os princípios teórico-metodológicos da abordagem histórico-cultural, que se referem à análise do processo, centrando-se na essência do fenômeno, e não em sua aparência, desenvolvemos uma investigação de campo em duas instituições de Educação Infantil, uma da rede pública e outra da rede privada de Santarém – Pará, no período de abril a julho de 2017. Participaram como sujeitos da pesquisa 38 crianças com idade entre 5 e 6 anos das respectivas instituições. Como procedimentos metodológicos realizamos: observação participante e entrevistas individuais e coletivas por meio das técnicas histórias para completar, desenhos história e passeio. Adotamos como estratégias de registros o diário de campo, fotografias e gravação de voz e vídeo. Os dados produzidos nas observações permitiram constatar que as experiências propostas às crianças em ambas as instituições (pública e particular) ainda não congregam a compreensão de que esta linguagem escrita se desenvolve a partir de práticas que enriqueçam as experiências com a cultura e as possibilidades de expressão da criança pelo desenho, pelo brincar, além do contato com objetos da cultura escrita que envolve essa atividade. As análises dos dados das entrevistas sinalizaram, num primeiro momento, que os diferentes sentidos atribuídos à linguagem escrita pelas crianças pré-escolares, não condizem com a sua função social da escrita. Estes certamente são influenciados pela maneira como as professoras têm concebido e conduzido as vivências e experiências com a linguagem escrita, bem como pela forma como consideram as especificidades das crianças e suas infâncias nesta primeira etapa da educação. Num segundo momento, pelo fato de aproximarmos as crianças de situações reais de escrita, observamos que elas atribuíram sentidos apropriados à sua função social, indicando uma relação mais consciente com a aprendizagem dessa atividade. Portanto, buscar compreender os sentidos atribuídos à escrita na pré-escola, tendo a criança como sujeito capaz no processo de pesquisa, permitiu evidenciar a necessidade de mudanças, por meio de práticas pedagógicas, que possam contribuir de fato para a inserção da criança no mundo da cultura escrita de forma que esta perceba a escrita não como sinônimo de letras e sons, mas como instrumento cultural que permite a comunicação, o registro da expressão e do conhecimento humano em sua forma mais elaborada.Supported by the contributions of the Historical-Cultural Theory (THC), the present study has the object of study written language in children's education and is designed to understand the meanings attributed to written language by children of public and private preschools in the municipality of Santarém-Pará. The study starts from the assumption that the child is a social being and from a young age is able to establish relations with the world of culture, to appropriate the meanings and to attribute meanings to it. In the same way, he understands that written language is a complex cultural instrument, essential in the process of humanization through which all human beings pass. However, the child's sense of writing will depend on how we conceive the written culture and how we present it to it. Considering the theoretical-methodological principles of the historical-cultural approach, which refer to the analysis of the process, focusing on the essence of the phenomenon, and not on its appearance, we developed a field investigation in two institutions of Early Childhood Education, one of public network and another of the private network of Santarém - Pará, from April to July 2017. 38 children aged between 5 and 6 years of the respective institutions participated as subjects of the research. As methodological procedures we perform: participant observation and individual and collective interviews through the techniques to complete stories, story and walk drawings. We adopted as log strategies the field diary, photographs and voice and video recording. The data produced in the observations allowed us to verify that the experiences offered to children in both institutions (public and private) still do not gather the understanding that this written language develops from practices that enrich the experiences with the culture and the possibilities of expression of the child by drawing, playing, and contact with objects of the written culture that involves this activity. The analysis of interview data showed, in the first instance, that the different meanings attributed to written language by preschool children do not match their social function of writing. These are certainly influenced by the way teachers have conceived and conducted the experiences and experiences with written language, as well as by the way they consider the specificities of children and their childhoods in this first stage of education. In a second moment, by approaching children from real situations of writing, we observed that they attributed meanings appropriate to their social function, indicating a more conscious relationship with the learning of this activity. Therefore, seeking to understand the meanings attributed to writing in the preschool, having the child as a capable subject in the research process, allowed to highlight the need for changes, through pedagogical practices, that can actually contribute to the insertion of the child in the world of written culture so that it perceives writing not as a synonym of letters and sounds but as a cultural instrument that allows communication, the recording of expression and human knowledge in its most elaborate form.Universidade Federal do Oeste do ParáPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUfopaBrasilInstituto de Ciências da Educaçãohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessPRÁTICAS EDUCATIVAS, LINGUAGENS E TECNOLOGIASEDUCAÇÃOCriançaPré-escolaLinguagem escritaSentidosTeoria Histórico-culturalEu ainda não falei, eu quero falar!: os sentidos de escrita atribuídos por crianças pré-escolaresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)instname:Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)instacron:UFOPAORIGINALDissertação_EuAindaNãoFalei.pdfDissertação_EuAindaNãoFalei.pdfapplication/pdf5344498https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/bitstream/123456789/270/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_EuAindaN%c3%a3oFalei.pdf88b497420643f5e3edba2e80dffe8b79MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/bitstream/123456789/270/2/license_rdf9868ccc48a14c8d591352b6eaf7f6239MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/bitstream/123456789/270/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53123456789/2702021-02-19 16:48:15.595oai:repositorio.ufopa.edu.br:123456789/270Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufopa.edu.br/oai/requestopendoar:2021-02-19T19:48:15Repositório Institucional da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) - Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)false
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