Prova Brasil : uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mol, Solange Maria
Orientador(a): Matos, Daniel Abud Seabra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11597
Resumo: O objetivo geral desta pesquisa foi analisar os itens de Matemática do 5º e do 9º anos do Ensino Fundamental da Prova Brasil pertencentes à Plataforma Devolutivas Pedagógicas, por meio dos níveis de complexidade cognitiva da Taxonomia SOLO. Os objetivos específicos foram: realizar uma revisão da literatura sobre o uso da Taxonomia SOLO na avaliação educacional no Brasil; classificar e analisar os itens a partir da dificuldade (nível de proficiência e índice de dificuldade) e da discriminação (índice de discriminação); relacionar e diferenciar a dificuldade e a complexidade cognitiva dos itens; elaborar uma escala de proficiência a partir dos dados da Plataforma Devolutivas Pedagógicas, usando os itens associados às suas respectivas sentenças descritoras para criar níveis de proficiência com uma interpretação pedagógica clara. Utilizamos como referencial teórico a Taxonomia SOLO, uma taxonomia cognitiva composta por cinco níveis que crescem em complexidade: 1) préestrutural; 2) uni-estrutural; 3) multi-estrutural; 4) relacional; e 5) abstrato estendido. A aprendizagem superficial é composta pelos níveis uni-estrutural e multi-estrutural. Já a aprendizagem profunda é composta pelos níveis relacional e abstrato estendido. O nível préestrutural não indica construção de aprendizagem. Analisamos um total de 123 itens que estavam disponíveis na Plataforma Devolutivas Pedagógicas do INEP, sendo 57 referentes ao 5º ano e 67 ao 9º ano. Usamos métodos qualitativos (análise de conteúdo para classificação dos itens nos níveis de complexidade cognitiva da SOLO) e quantitativos (concordância entre juízes, por meio dos coeficientes Kappa de Cohen e Alfa de Krippendorff, para comparar as classificações de duas pesquisadoras independentes). Dentre os principais resultados, destacamos: a) a Taxonomia SOLO é pouco conhecida no Brasil: encontramos 14 trabalhos, sendo que a maioria usa a SOLO para analisar respostas a tarefas de alunos; b) entre os itens do 5º ano, o nível predominante foi o uni-estrutural (77,2%), enquanto, no 9º ano, foi mais recorrente o nível multi-estrutural (62,1%). Apenas o 9º ano teve itens classificados no nível relacional (6,1%). Nenhum item foi classificado no nível abstrato estendido. Esses resultados mostram a expressiva proporção de itens que exigem aprendizagem superficial; c) analisamos os resultados em relação a três variáveis: 1) faixa de dificuldade do item; 2) nível de proficiência; 3) faixa de discriminação do item. O tipo de aprendizagem superficial prevaleceu em todas as variáveis. Isso significa que esse tipo foi dominante, inclusive, na faixa de dificuldade alta, nos níveis de proficiência considerados adequado e avançado e na faixa alta de discriminação do item. A partir dessas constatações, ficou clara a diferença entre os conceitos de complexidade cognitiva e dificuldade do item, que não podem ser tomados como sinônimos; d) fizemos uma transposição das escalas do SAEB de Matemática do Ensino Fundamental (5º e 9º) para uma escala usando os quatro níveis de desempenho apresentados por Soares (2009): abaixo do básico, básico, adequado e avançado. Essa escala é composta por exemplos reais de itens associados às suas respectivas sentenças descritoras, fornecendo um material útil e com uma interpretação pedagógica mais clara para os docentes na sala de aula. Por fim, para ampliar a possibilidade de considerações mais consistentes sobre o nível de complexidade cognitiva dos itens dos testes da Prova Brasil, pesquisas complementares são necessárias. Sugerimos o uso da Taxonomia SOLO para analisar a complexidade cognitiva de outras avaliações externas e também para outras finalidades na área educacional.
id UFOP_9685d25b66b8d5f897212d74e5a64a6f
oai_identifier_str oai:localhost:123456789/11597
network_acronym_str UFOP
network_name_str Repositório Institucional da UFOP
repository_id_str
spelling Mol, Solange MariaMatos, Daniel Abud SeabraHamdan, Juliana CesárioSoares, José FranciscoMatos, Daniel Abud Seabra2019-06-28T13:06:26Z2019-06-28T13:06:26Z2019MOL, Solange Maria. Prova Brasil: uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO. 2019. 127 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2019.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11597O objetivo geral desta pesquisa foi analisar os itens de Matemática do 5º e do 9º anos do Ensino Fundamental da Prova Brasil pertencentes à Plataforma Devolutivas Pedagógicas, por meio dos níveis de complexidade cognitiva da Taxonomia SOLO. Os objetivos específicos foram: realizar uma revisão da literatura sobre o uso da Taxonomia SOLO na avaliação educacional no Brasil; classificar e analisar os itens a partir da dificuldade (nível de proficiência e índice de dificuldade) e da discriminação (índice de discriminação); relacionar e diferenciar a dificuldade e a complexidade cognitiva dos itens; elaborar uma escala de proficiência a partir dos dados da Plataforma Devolutivas Pedagógicas, usando os itens associados às suas respectivas sentenças descritoras para criar níveis de proficiência com uma interpretação pedagógica clara. Utilizamos como referencial teórico a Taxonomia SOLO, uma taxonomia cognitiva composta por cinco níveis que crescem em complexidade: 1) préestrutural; 2) uni-estrutural; 3) multi-estrutural; 4) relacional; e 5) abstrato estendido. A aprendizagem superficial é composta pelos níveis uni-estrutural e multi-estrutural. Já a aprendizagem profunda é composta pelos níveis relacional e abstrato estendido. O nível préestrutural não indica construção de aprendizagem. Analisamos um total de 123 itens que estavam disponíveis na Plataforma Devolutivas Pedagógicas do INEP, sendo 57 referentes ao 5º ano e 67 ao 9º ano. Usamos métodos qualitativos (análise de conteúdo para classificação dos itens nos níveis de complexidade cognitiva da SOLO) e quantitativos (concordância entre juízes, por meio dos coeficientes Kappa de Cohen e Alfa de Krippendorff, para comparar as classificações de duas pesquisadoras independentes). Dentre os principais resultados, destacamos: a) a Taxonomia SOLO é pouco conhecida no Brasil: encontramos 14 trabalhos, sendo que a maioria usa a SOLO para analisar respostas a tarefas de alunos; b) entre os itens do 5º ano, o nível predominante foi o uni-estrutural (77,2%), enquanto, no 9º ano, foi mais recorrente o nível multi-estrutural (62,1%). Apenas o 9º ano teve itens classificados no nível relacional (6,1%). Nenhum item foi classificado no nível abstrato estendido. Esses resultados mostram a expressiva proporção de itens que exigem aprendizagem superficial; c) analisamos os resultados em relação a três variáveis: 1) faixa de dificuldade do item; 2) nível de proficiência; 3) faixa de discriminação do item. O tipo de aprendizagem superficial prevaleceu em todas as variáveis. Isso significa que esse tipo foi dominante, inclusive, na faixa de dificuldade alta, nos níveis de proficiência considerados adequado e avançado e na faixa alta de discriminação do item. A partir dessas constatações, ficou clara a diferença entre os conceitos de complexidade cognitiva e dificuldade do item, que não podem ser tomados como sinônimos; d) fizemos uma transposição das escalas do SAEB de Matemática do Ensino Fundamental (5º e 9º) para uma escala usando os quatro níveis de desempenho apresentados por Soares (2009): abaixo do básico, básico, adequado e avançado. Essa escala é composta por exemplos reais de itens associados às suas respectivas sentenças descritoras, fornecendo um material útil e com uma interpretação pedagógica mais clara para os docentes na sala de aula. Por fim, para ampliar a possibilidade de considerações mais consistentes sobre o nível de complexidade cognitiva dos itens dos testes da Prova Brasil, pesquisas complementares são necessárias. Sugerimos o uso da Taxonomia SOLO para analisar a complexidade cognitiva de outras avaliações externas e também para outras finalidades na área educacional.The overall aim of this research was to analyze the Math items of the 5o and 9o grade of basic education in Prova Brasil which belongs to the Platform Devolutivas Pedagógicas by the means of cognitive complexity levels of SOLO Taxonomy. The specific goals were: performing a literature review of the usage of SOLO Taxonomy at educational evaluation in Brazil; classifying and analyzing the items based on the difficulty (proficiency level and difficulty index) and discrimination (discrimination index); approximating and differentiating the difficulty and the cognitive complexity of the items; elaborating a scale of proficiency from the data of the Platform Devolutivas Pedagógicas, using the items associated to their respective descriptive sentences to set the proficiency levels with a clear pedagogical interpretation. The framework for this study was built from SOLO Taxonomy, a cognitive taxonomy composed of five proficiency levels which increase in complexity: 1) prestructural; 2) unistructural; 3) multistructural; 4) relational; and 5) extended abstract. The surface learning is composed by the unistructural and multistructural levels. The deep learning is composed by the relational and extended abstract levels. The prestructural level does not indicate learning construction. We analyzed a total amount of 123 items, which were available on the Plataform Devolutivas Pedagógicas of INEP, considering that 57 referred to the 5o grade and 67 to the 9o grade. Both qualitative (content analyzes for the classification of the items according to the levels of cognitive complexity of SOLO) and quantitative methods (inter-rates agreement, using Cohen’s Kappa coefficients and Krippendorff’s Alpha, to compare the rankings of two independent researchers) were used. Among the main results, we highlight: a) SOLO Taxonomy is little known in Brazil: we found 14 studies, of which the majority use SOLO to analyze the answers to students’ tasks; b) within the items of 5o grade the predominant level was the unistructural (77,2%), while in the 9o grade the most recurrent was the multistructural (62,1%). Only the 9o grade had items classified as relacional (6,1%). None of the items were classified as extended abstract. These results show a considerable proportion of items which required surface learning; c) we analyzed the outcomes regarding three variants: 1) range of difficulty of the item; 2) proficiency level; 3) range of discrimination of the item. The surface type of learning prevailed in all variants. This means that this type was dominant, as well as in the highest difficulty range, in the levels of proficiency considered adequate and advanced and the high range of discrimination of the item. From these conclusions, it was made noticeable the difference between the concepts of cognitive complexity and item difficulty, which cannot be taken as synonyms; d) we made a transposition from the scales of SAEB for Mathematics of basic education (5o and 9o) to a scale using the four levels of outcomes presented by Soares (2009): below basic, basic, adequate and advanced. This scale comprises of real examples of items associated to their respective descriptive sentences, providing a useful material and with a clearer pedagogical interpretation to the docents in the classrooms. Finally, to expand the possible more consistent considerations about the level of cognitive complexity of the items in Prova Brasil, complementary researches are required. We suggest the use of SOLO Taxonomy to analyze the cognitive complexity of other external evaluations and also to other purposes in the educational area.Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 26/06/2019 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.info:eu-repo/semantics/openAccessTaxonomia SOLOSistema Nacional de Avaliação da Educação BásicaComplexidade cognitivaAvaliação educacionalMatemática - examesProva Brasil : uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-8924http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11597/5/license.txt62604f8d955274beb56c80ce1ee5dcaeMD55CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11597/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11597/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11597/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54ORIGINALDISSERTAÇÃO_ProvaBrasilAnálise.pdfDISSERTAÇÃO_ProvaBrasilAnálise.pdfapplication/pdf3216352http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11597/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_ProvaBrasilAn%c3%a1lise.pdfd32f6377f16862712ae7b7d2c3d18a73MD51123456789/115972019-06-28 09:06:27.004oai:localhost:123456789/11597RGVjbGFyYcOnw6NvIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhCgpPIHJlZmVyaWRvIGF1dG9yOgoKYSlEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpiKVNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCBuw6NvIGRldMOpbSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGF1dG9yaXphw6fDo28gZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIHBhcmEgY29uY2VkZXIgw6AgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgT3VybyBQcmV0by9VRk9QIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MsIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUuCgpjKVNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVUZPUCwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gY29udHJhdG8gb3UgYWNvcmRvLgoKRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-06-28T13:06:27Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Prova Brasil : uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO.
title Prova Brasil : uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO.
spellingShingle Prova Brasil : uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO.
Mol, Solange Maria
Taxonomia SOLO
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
Complexidade cognitiva
Avaliação educacional
Matemática - exames
title_short Prova Brasil : uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO.
title_full Prova Brasil : uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO.
title_fullStr Prova Brasil : uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO.
title_full_unstemmed Prova Brasil : uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO.
title_sort Prova Brasil : uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO.
author Mol, Solange Maria
author_facet Mol, Solange Maria
author_role author
dc.contributor.referee.pt_BR.fl_str_mv Matos, Daniel Abud Seabra
Hamdan, Juliana Cesário
Soares, José Francisco
dc.contributor.author.fl_str_mv Mol, Solange Maria
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Matos, Daniel Abud Seabra
contributor_str_mv Matos, Daniel Abud Seabra
dc.subject.por.fl_str_mv Taxonomia SOLO
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
Complexidade cognitiva
Avaliação educacional
Matemática - exames
topic Taxonomia SOLO
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
Complexidade cognitiva
Avaliação educacional
Matemática - exames
description O objetivo geral desta pesquisa foi analisar os itens de Matemática do 5º e do 9º anos do Ensino Fundamental da Prova Brasil pertencentes à Plataforma Devolutivas Pedagógicas, por meio dos níveis de complexidade cognitiva da Taxonomia SOLO. Os objetivos específicos foram: realizar uma revisão da literatura sobre o uso da Taxonomia SOLO na avaliação educacional no Brasil; classificar e analisar os itens a partir da dificuldade (nível de proficiência e índice de dificuldade) e da discriminação (índice de discriminação); relacionar e diferenciar a dificuldade e a complexidade cognitiva dos itens; elaborar uma escala de proficiência a partir dos dados da Plataforma Devolutivas Pedagógicas, usando os itens associados às suas respectivas sentenças descritoras para criar níveis de proficiência com uma interpretação pedagógica clara. Utilizamos como referencial teórico a Taxonomia SOLO, uma taxonomia cognitiva composta por cinco níveis que crescem em complexidade: 1) préestrutural; 2) uni-estrutural; 3) multi-estrutural; 4) relacional; e 5) abstrato estendido. A aprendizagem superficial é composta pelos níveis uni-estrutural e multi-estrutural. Já a aprendizagem profunda é composta pelos níveis relacional e abstrato estendido. O nível préestrutural não indica construção de aprendizagem. Analisamos um total de 123 itens que estavam disponíveis na Plataforma Devolutivas Pedagógicas do INEP, sendo 57 referentes ao 5º ano e 67 ao 9º ano. Usamos métodos qualitativos (análise de conteúdo para classificação dos itens nos níveis de complexidade cognitiva da SOLO) e quantitativos (concordância entre juízes, por meio dos coeficientes Kappa de Cohen e Alfa de Krippendorff, para comparar as classificações de duas pesquisadoras independentes). Dentre os principais resultados, destacamos: a) a Taxonomia SOLO é pouco conhecida no Brasil: encontramos 14 trabalhos, sendo que a maioria usa a SOLO para analisar respostas a tarefas de alunos; b) entre os itens do 5º ano, o nível predominante foi o uni-estrutural (77,2%), enquanto, no 9º ano, foi mais recorrente o nível multi-estrutural (62,1%). Apenas o 9º ano teve itens classificados no nível relacional (6,1%). Nenhum item foi classificado no nível abstrato estendido. Esses resultados mostram a expressiva proporção de itens que exigem aprendizagem superficial; c) analisamos os resultados em relação a três variáveis: 1) faixa de dificuldade do item; 2) nível de proficiência; 3) faixa de discriminação do item. O tipo de aprendizagem superficial prevaleceu em todas as variáveis. Isso significa que esse tipo foi dominante, inclusive, na faixa de dificuldade alta, nos níveis de proficiência considerados adequado e avançado e na faixa alta de discriminação do item. A partir dessas constatações, ficou clara a diferença entre os conceitos de complexidade cognitiva e dificuldade do item, que não podem ser tomados como sinônimos; d) fizemos uma transposição das escalas do SAEB de Matemática do Ensino Fundamental (5º e 9º) para uma escala usando os quatro níveis de desempenho apresentados por Soares (2009): abaixo do básico, básico, adequado e avançado. Essa escala é composta por exemplos reais de itens associados às suas respectivas sentenças descritoras, fornecendo um material útil e com uma interpretação pedagógica mais clara para os docentes na sala de aula. Por fim, para ampliar a possibilidade de considerações mais consistentes sobre o nível de complexidade cognitiva dos itens dos testes da Prova Brasil, pesquisas complementares são necessárias. Sugerimos o uso da Taxonomia SOLO para analisar a complexidade cognitiva de outras avaliações externas e também para outras finalidades na área educacional.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-06-28T13:06:26Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-06-28T13:06:26Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MOL, Solange Maria. Prova Brasil: uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO. 2019. 127 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2019.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11597
identifier_str_mv MOL, Solange Maria. Prova Brasil: uma análise da complexidade cognitiva de itens de Matemática por meio da Taxonomia SOLO. 2019. 127 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2019.
url http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11597
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFOP
instname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
instacron:UFOP
instname_str Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
instacron_str UFOP
institution UFOP
reponame_str Repositório Institucional da UFOP
collection Repositório Institucional da UFOP
bitstream.url.fl_str_mv http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11597/5/license.txt
http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11597/2/license_url
http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11597/3/license_text
http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11597/4/license_rdf
http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11597/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_ProvaBrasilAn%c3%a1lise.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 62604f8d955274beb56c80ce1ee5dcae
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d32f6377f16862712ae7b7d2c3d18a73
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@ufop.edu.br
_version_ 1797950893417562112