Estudo da relação entre as características abióticas e bióticas na compartimentação de comunidades ecológicas no Parque Estadual do Rio Doce/MG com base na geomorfologia e na interação inseto-planta.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Soares, Janaina Pizzatti
Orientador(a): Ribeiro, Sérvio Pontes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2206
Resumo: Diferentes fatores abióticos como forma de relevo, permeabilidade e granulometria do solo influenciam nas condições nutricionais das plantas e conseqüentemente na distribuição de seus insetos herbívoros. No entanto, esta relação entre aspectos geomorfológicos e seus efeitos diretos e indiretos na cadeia alimentar foram pouco explorados cientificamente. Assim, a realização deste estudo visou estudar a influência de condicionantes geológicos, em especial a geomorfologia, nas condições de habitat e nutricionais das plantas de matas tropicais e na fauna de insetos herbívoros. Esse estudo foi realizado no Parque Estadual do Rio Doce/MG onde foram selecionados seis sítios de mata que se encontrava em três diferentes situações geomorfológicas e sobre a mesma unidade geológica: 2 sítios de matas de interflúvios e encostas íngremes, instaladas sobre solos não movimentados (eluviais); 2 sítios de matas instaladas sobre rampas de colúvio, responsáveis pelo barramento das canais fluviais atualmente ocupados pelos lagos e 2 sítios de matas que crescem sobre os aluviões do paleocanal do Rio Doce. Foram realizadas medidas estruturais e coletas de insetos herbívoros em 120 árvores selecionadas aleatoriamente, e uniformemente distribuídas entre os sítios, além de ensaios de permeabilidade in situ, peneiramento de sedimento e cartografia das feições. Um total de 74 espécies de plantas distribuídas em 25 famílias foram encontradas neste estudo. Algumas famílias apresentaram relação com a geomorfologia: Fabaceae (presente em todas as feições), Flacourtiaceae (presente na feição rampa de colúvio) e Lauraceae (apenas na feição baixada). A feição geomorfológica exerceu influencia sobre a estrutura da floresta. A mata da feição baixada foi a mais alta, sendo isso reflexo das condições ambientais, como disponibilidade de nutrientes, diretamente relacionados a um maior crescimento e, também, a eventos ocorridos no passado (estas são matas mais bem preservadas em solos mais estáveis). A despeito de localização geográfica, a comunidade de plantas presente nas feições de crista foram similares, o que significa que há mais coocorrências de espécies de plantas nos habitats gerados por esta feição. Por outro lado, a comunidade de plantas da feição rampa presente no sul do Parque, apresentou a maior dissimilaridade de espécies comparativamente as demais geomorfologias e locais, inclusive a rampa do norte do Parque, o que sugere que a feição rampa influencia menos a distribuição de espécies de árvores do que as outras feições. Além de influenciar a distribuição de plantas, a geomorfologia exerceu influência, também, sobre a fauna de insetos herbívoros. A mata presente sobre a feição rampa apresentou maior média de riqueza de insetos herbívoros, reforçando a hipótese inicial de que feições geomorfológicas diferentes originaram-se de processos de gênese diferentes, produzindo solos com condições ecológicas e evolutivas variadas e, assim, podem permitir distintas composições florísticas e manutenção de uma fauna de insetos herbívoros também variadas. A própria topografia da rampa ofereceu a combinação de vários aspectos físicos, aumentando a heterogeneidade ambiental e contribuindo muito para a maior diversidade de insetos nessa feição. Entretanto, a fauna de insetos herbívoros não respondeu ao tamanho do grão e a permeabilidade, sendo importante à análise de outras variáveis físicas para se ter certeza da existência de alguma relação direta entre a fauna e as características abióticas das feições estudadas. Com relação à composição da fauna, os dados são sugestivos de que haja condições ambientais identificáveis capazes de definir a distribuição espacial de diversas espécies de insetos, influenciando na beta diversidade florestal. O presente trabalho é pioneiro ao investigar a o dossel em uma floresta e a fauna de insetos herbívoros, explicitando o efeito de feições geomorfológicas. Os resultados obtidos sugerem que a inclusão de análises geomorfológicas pode auxiliar na compreensão da complexidade de florestas, na conformação do dossel superior, na distribuição dos insetos herbívoros e na estrutura taxonômica de ambientes, até então, entendidos como altamente similares.
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