"Porão da escrita": os territórios da memória na prosa poética de Elena Ferrante

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Rodrigues, Keila Régia Monteiro Soares
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Psicanálise; Escrita; Memória (Psicologia)
• Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/125485

A escrita traz na sua história uma diversidade de funções e também se apresenta como ¿produto¿ da modernidade e da contemporaneidade. Este estudo analisa os territórios da memória na prosa poética de Elena Ferrante e objetiva investigar as conotações dos vestígios da memória na escrita do feminino na ficção da escritora. A dissertação toma como foco as narrativas da personagem Elena Greco, protagonista da tetralogia napolitana de Elena Ferrante, que trazem pontos de incômodos e conflitos do corpo feminino na modernidade, buscando compreender como esse corpo lida com temas universais no espaço geográfico da cidade de Nápoles, por meio de uma escrita de ¿urgência¿. O método utilizado nesta investigação foi a pesquisa em psicanálise, possibilitando desdobramentos em que a relação entre literatura e psicanálise direciona-se a um campo distanciado da linguagem puramente científica. Com relação a esse campo, compreende-se neste estudo, a psicanálise em extensão, sendo a pesquisa desenvolvida por meio de revisão bibliográfica narrativa e modelo de pesquisa qualitativa. A dissertação é composta por três capítulos que enlaçam seus temas a partir da tetralogia napolitana de Elena Ferrante. Inicialmente, é apresentada a importância social, histórica, política, literária, psicanalítica, memorial e subjetiva da escrita, trazendo diferentes compreensões teóricas de autores. O segundo capítulo trata da importância literária de Elena Ferrante na contemporaneidade e no que diz respeito a alguns de seus temas que ecoam em seus romances, como a própria escrita, o anonimato, as perdas e o resgate de si. O terceiro capítulo aborda tópicos relacionados à escrita da personagem Elena Greco, aprofundando seus rastros de memória atravessados pela cidade/bairro de Nápoles. Constata-se, portanto, que Ferrante tem escrita que abre possibilidades narrativas, que constrói sua vida pela escrita, que o texto é sempre inacabado, está sempre à espera de sua conclusão e, por essa razão, confunde-se com a própria vida e com a autoria, o que, nesse sentido, refere-se à autobiografia. Palavras chave: Feminino; Memória; Corpo; Psicanálise; Elena Ferrante.