O processo de ensino aprendizagem em práticas integrativas e complementares nas escolas médicas do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Albuquerque, Leila Verônica da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/113494
Resumo: Introdução: Práticas Integrativas e Complementares é a nomenclatura que o Ministério da Saúde designou para classificar as diversas práticas não convencionais de cuidados em saúde implantadas no Sistema Único de Saúde. Essas práticas vêm se inserindo no sistema de saúde, através de sua incorporação nos programas assistenciais e de ensino de graduação em diversos lugares do Brasil e do mundo ocidental. Objetivo: Avaliar o processo de ensino-aprendizagem em Práticas Integrativas e Complementares nas escolas médicas brasileiras. Metodologia: Estudo transversal realizado nas escolas médicas brasileiras. Foi utilizado um questionário autoaplicável para docentes e discentes das escolas médicas. Foram utilizados ainda como fonte de dados secundários sites das escolas médicas, entidades de classe e Escolas Médicas do Brasil, dentre outros. Resultados: Somente 57 das 272 escolas médicas existentes no Brasil abordam o ensino em Práticas Integrativas e Complementares sendo proporcionalmente maior no Sul e no Centro Oeste. Há uma concentração das escolas médicas nas capitais dos estados e o Nordeste apresenta significativa concentração das escolas médicas com ensino em Práticas Integrativas e Complementares nas capitais. O ensino dessas atividades também predomina nas Universidades Públicas. O número de escolas com metodologias ativas e tradicionais em Práticas Integrativas e Complementares é equivalente. Homeopatia, acupuntura e medicina integrativa predominam nas escolas, sendo minoria as práticas tradicionais indígenas, o termalismo social/crenoterapia e a medicina antroposófica. Metodologias ativas na abordagem teórico-prática predominam no ensino em práticas integrativas. O formato curricular prevalente é o disciplina/módulo curricular optativo com ênfase nas ligas acadêmicas. As novas diretrizes educacionais não causaram impacto no crescimento do número de escolas com Práticas Integrativas e Complementares. O crescimento em Práticas Integrativas e Complementares foi insignificante em face às escolas médicas nos últimos dez anos, apesar de uma Política Nacional implantada no SUS. Docentes e alunos consideram importante o conhecimento dessas práticas não convencionais em educação médica. Estatisticamente o número de professores e alunos que responderam à pesquisa não é representativo do total de alunos e professores das escolas mèdicas do Brasil. São necessários novos estudos detalhando o perfil do ensino em Práticas Integrativas no Brasil. Conclusão: Não houve crescimento no ensino em Práticas Integrativas e Complementares no Brasil na graduação médica após as novas diretrizes curriculares, mesmo diante das necessidades do sistema de saúde. Houve um crescente surgimento de escolas médicas nos últimos dez anos que quase dobrou o total de escolas no país, mas a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em 2006 não impactou no crescimento das escolas médicas com o ensino dessas práticas. A percepção docente e discente dos que participaram da pesquisa considerou importante e foi favorável ao ensino em Práticas Integrativas e Complementares na graduação médica. Palavras-chave: Medicina integrativa; terapias complementares; homeopatia; educação médica.
id UFOR_d6de8b9f2cd4cfa64d8b11d1bf1d2cb6
oai_identifier_str oai::113494
network_acronym_str UFOR
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
repository_id_str
spelling O processo de ensino aprendizagem em práticas integrativas e complementares nas escolas médicas do BrasilEducação médicaHomeopatiaMedicina IntegrativaIntrodução: Práticas Integrativas e Complementares é a nomenclatura que o Ministério da Saúde designou para classificar as diversas práticas não convencionais de cuidados em saúde implantadas no Sistema Único de Saúde. Essas práticas vêm se inserindo no sistema de saúde, através de sua incorporação nos programas assistenciais e de ensino de graduação em diversos lugares do Brasil e do mundo ocidental. Objetivo: Avaliar o processo de ensino-aprendizagem em Práticas Integrativas e Complementares nas escolas médicas brasileiras. Metodologia: Estudo transversal realizado nas escolas médicas brasileiras. Foi utilizado um questionário autoaplicável para docentes e discentes das escolas médicas. Foram utilizados ainda como fonte de dados secundários sites das escolas médicas, entidades de classe e Escolas Médicas do Brasil, dentre outros. Resultados: Somente 57 das 272 escolas médicas existentes no Brasil abordam o ensino em Práticas Integrativas e Complementares sendo proporcionalmente maior no Sul e no Centro Oeste. Há uma concentração das escolas médicas nas capitais dos estados e o Nordeste apresenta significativa concentração das escolas médicas com ensino em Práticas Integrativas e Complementares nas capitais. O ensino dessas atividades também predomina nas Universidades Públicas. O número de escolas com metodologias ativas e tradicionais em Práticas Integrativas e Complementares é equivalente. Homeopatia, acupuntura e medicina integrativa predominam nas escolas, sendo minoria as práticas tradicionais indígenas, o termalismo social/crenoterapia e a medicina antroposófica. Metodologias ativas na abordagem teórico-prática predominam no ensino em práticas integrativas. O formato curricular prevalente é o disciplina/módulo curricular optativo com ênfase nas ligas acadêmicas. As novas diretrizes educacionais não causaram impacto no crescimento do número de escolas com Práticas Integrativas e Complementares. O crescimento em Práticas Integrativas e Complementares foi insignificante em face às escolas médicas nos últimos dez anos, apesar de uma Política Nacional implantada no SUS. Docentes e alunos consideram importante o conhecimento dessas práticas não convencionais em educação médica. Estatisticamente o número de professores e alunos que responderam à pesquisa não é representativo do total de alunos e professores das escolas mèdicas do Brasil. São necessários novos estudos detalhando o perfil do ensino em Práticas Integrativas no Brasil. Conclusão: Não houve crescimento no ensino em Práticas Integrativas e Complementares no Brasil na graduação médica após as novas diretrizes curriculares, mesmo diante das necessidades do sistema de saúde. Houve um crescente surgimento de escolas médicas nos últimos dez anos que quase dobrou o total de escolas no país, mas a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em 2006 não impactou no crescimento das escolas médicas com o ensino dessas práticas. A percepção docente e discente dos que participaram da pesquisa considerou importante e foi favorável ao ensino em Práticas Integrativas e Complementares na graduação médica. Palavras-chave: Medicina integrativa; terapias complementares; homeopatia; educação médica.Introduction: Integrative and Complementary Practices is the nomenclature that the Ministry of Health designated to classify the various non-conventional health care practices implemented in the Unified Health System. These practices have been inserted in the health system, through its incorporation into health care programs and undergraduate education in various places in Brazil and the Western world. Objective: Evalueting the teaching-learning process in Integrative and Complementary Practices in Brazilian medical schools. Methodology: Crosssectional study carried out in Brazilian medical schools. A self-administered questionnaire was used for teachers and students of medical schools. Sites of medical schools, class entities and medical schools in Brazil were also used as secondary data sources, among others. Results: Only 57 of the 272 medical schools in Brazil deal with Teaching in Integrative and Complementary Practices and Itis proportionately higher in the South and Midwest. The Northeast presents a significant concentration of medical schools with teaching in Integrative and Complementary Practices in the capitals. Teaching of these activities predominates in Public Universities. The number of schools with active and traditional methodologies in Integrative and Complementary Practices is equivalent. Homeopathy, acupuncture and integrative medicine predominate in schools, with a minority of indigenous traditional practices, social / chronotherapy and anthroposophical medicine. Active methodologies in the theoretical-practical approach predominate in teaching in integrative practices. The prevailing curriculum format is the optional curricular module / module with emphasis on the academic leagues. The new educational guidelines did not impact the growth of the number of schools with Integrative and Complementary Practices. Growth in Integrative and Complementary Practices was insignificant compared to medical schools in the last ten years, despite a National Policy implemented in the SUS. Teachers and students consider important the knowledge of these unconventional practices in medical education. Statistically the number of teachers and students who answered the research is not representative of the total number of students and teachers of medical schools in Brazil. Conclusion: There was no growth in Integrative and Complementary Practices teaching in Brazil in the medical graduation after the new curricular guidelines, even in front of the needs of the health system. There had been a growing number of medical schools in the last ten years that have almost doubled the total number of schools in the country, but the implementation of the National Policy on Integrative and Complementary Practices in 2006 did not impact the growth of medical schools by teaching these practices. The teacher and student perception of those who participated in the study considered important and they were favorable to Integrative and Complementary Practices teaching in medical graduation. Keynotes: Integrative medicine; Complementary therapies; Homeopathy; Medical education.Dissertação enviada por CI 20227/18 e reenviada CI 24116/18 juntamente com o anexo da autorização e certificação. Não recebemos a impressaBessa, Olivia Andrea de Alencar CostaBessa, Olivia Andrea de Alencar CostaTeixeira, Marcus ZulianFreitas, Marcos Rabelo deUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Ciências MédicasAlbuquerque, Leila Verônica da Costa2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/113494https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/18859porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::113494Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
dc.title.none.fl_str_mv O processo de ensino aprendizagem em práticas integrativas e complementares nas escolas médicas do Brasil
title O processo de ensino aprendizagem em práticas integrativas e complementares nas escolas médicas do Brasil
spellingShingle O processo de ensino aprendizagem em práticas integrativas e complementares nas escolas médicas do Brasil
Albuquerque, Leila Verônica da Costa
Educação médica
Homeopatia
Medicina Integrativa
title_short O processo de ensino aprendizagem em práticas integrativas e complementares nas escolas médicas do Brasil
title_full O processo de ensino aprendizagem em práticas integrativas e complementares nas escolas médicas do Brasil
title_fullStr O processo de ensino aprendizagem em práticas integrativas e complementares nas escolas médicas do Brasil
title_full_unstemmed O processo de ensino aprendizagem em práticas integrativas e complementares nas escolas médicas do Brasil
title_sort O processo de ensino aprendizagem em práticas integrativas e complementares nas escolas médicas do Brasil
author Albuquerque, Leila Verônica da Costa
author_facet Albuquerque, Leila Verônica da Costa
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Bessa, Olivia Andrea de Alencar Costa
Bessa, Olivia Andrea de Alencar Costa
Teixeira, Marcus Zulian
Freitas, Marcos Rabelo de
Universidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
dc.contributor.author.fl_str_mv Albuquerque, Leila Verônica da Costa
dc.subject.por.fl_str_mv Educação médica
Homeopatia
Medicina Integrativa
topic Educação médica
Homeopatia
Medicina Integrativa
description Introdução: Práticas Integrativas e Complementares é a nomenclatura que o Ministério da Saúde designou para classificar as diversas práticas não convencionais de cuidados em saúde implantadas no Sistema Único de Saúde. Essas práticas vêm se inserindo no sistema de saúde, através de sua incorporação nos programas assistenciais e de ensino de graduação em diversos lugares do Brasil e do mundo ocidental. Objetivo: Avaliar o processo de ensino-aprendizagem em Práticas Integrativas e Complementares nas escolas médicas brasileiras. Metodologia: Estudo transversal realizado nas escolas médicas brasileiras. Foi utilizado um questionário autoaplicável para docentes e discentes das escolas médicas. Foram utilizados ainda como fonte de dados secundários sites das escolas médicas, entidades de classe e Escolas Médicas do Brasil, dentre outros. Resultados: Somente 57 das 272 escolas médicas existentes no Brasil abordam o ensino em Práticas Integrativas e Complementares sendo proporcionalmente maior no Sul e no Centro Oeste. Há uma concentração das escolas médicas nas capitais dos estados e o Nordeste apresenta significativa concentração das escolas médicas com ensino em Práticas Integrativas e Complementares nas capitais. O ensino dessas atividades também predomina nas Universidades Públicas. O número de escolas com metodologias ativas e tradicionais em Práticas Integrativas e Complementares é equivalente. Homeopatia, acupuntura e medicina integrativa predominam nas escolas, sendo minoria as práticas tradicionais indígenas, o termalismo social/crenoterapia e a medicina antroposófica. Metodologias ativas na abordagem teórico-prática predominam no ensino em práticas integrativas. O formato curricular prevalente é o disciplina/módulo curricular optativo com ênfase nas ligas acadêmicas. As novas diretrizes educacionais não causaram impacto no crescimento do número de escolas com Práticas Integrativas e Complementares. O crescimento em Práticas Integrativas e Complementares foi insignificante em face às escolas médicas nos últimos dez anos, apesar de uma Política Nacional implantada no SUS. Docentes e alunos consideram importante o conhecimento dessas práticas não convencionais em educação médica. Estatisticamente o número de professores e alunos que responderam à pesquisa não é representativo do total de alunos e professores das escolas mèdicas do Brasil. São necessários novos estudos detalhando o perfil do ensino em Práticas Integrativas no Brasil. Conclusão: Não houve crescimento no ensino em Práticas Integrativas e Complementares no Brasil na graduação médica após as novas diretrizes curriculares, mesmo diante das necessidades do sistema de saúde. Houve um crescente surgimento de escolas médicas nos últimos dez anos que quase dobrou o total de escolas no país, mas a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em 2006 não impactou no crescimento das escolas médicas com o ensino dessas práticas. A percepção docente e discente dos que participaram da pesquisa considerou importante e foi favorável ao ensino em Práticas Integrativas e Complementares na graduação médica. Palavras-chave: Medicina integrativa; terapias complementares; homeopatia; educação médica.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/113494
url https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/113494
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/18859
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
instname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
instacron:UNIFOR
instname_str Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
instacron_str UNIFOR
institution UNIFOR
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
repository.mail.fl_str_mv bib@unifor.br||bib@unifor.br
_version_ 1797239919715811328