Saberes não matemáticos articulados às práticas sociais com modelagem matemática no ensino básico: o caso da educação fiscal na formação de professores

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: ESPIRITO SANTO, Claudia Fernandes Andrade do
• Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-6884-896X
• Orientador(a): AG ALMOULOUD, Saddo
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas
• Departamento: Instituto de Educação Matemática e Científica
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Educação fiscal; Formação inicial de professores de matemática; Modelagem matemática; PEP-FP; Imposto de renda pessoa física; Teoria antropológica do didático; Fiscal education; Initial teacher training; Mathematical modeling; Individual income tax; Anthropological theory of the didactic
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::MATEMATICA; CNPQ::OUTROS::CIENCIAS
• Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16014

A presente pesquisa tem por objetivo investigar as condições e restrições institucionais existentes que impactam na necessidade da compreensão das funções do papel de saberes não matemáticos presentes em modelos matemáticos, relacionados às situações concernentes à Educação Fiscal, usando como exemplo o Imposto de Renda para Formação Inicial e continuada de Professores. Nosso quadro teórico principal está fundamentado na Teoria Antropológica do Didático (TAD), com o intuito de responder ao seguinte questionamento: “quais condições e restrições institucionais existem e como estas impactam na compreensão de saberes não matemáticos presentes em modelos matemáticos, em situações que envolvam tributos e impostos, tendo o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) como elemento investigativo para a formação inicial e continuada de professores?” Nessa perspectiva, a investigação tem como foco a razão de ser do fundamento do IRPF e da Educação Fiscal, considerando o referencial bibliográfico, contribuindo para o enfoque da formação dos professores com suas habilidades e competências no uso da modelagem matemática, resultando na produção do Modelo Epistemológico de Referência (MER). Para responder à questão de estudo, desenvolvemos um Percurso de Estudo e Pesquisa para a Formação de Professores (PEP-FP), mediante o desdobramento de sete sessões de estudo e pesquisa com estudantes (alunos em formação inicial e continuada) do curso de Licenciatura Integrada em Educação em Ciências, Matemática e Linguagens, da Universidade Federal do Pará (FEMCI/IEMCI/UFPA) e outras instituições do país. Entende-se que as pesquisas sob a ótica da TAD, evidenciam a sua relevância para estudar e analisar os problemas docentes, que muitas vezes são procedentes dos Modelos Epistemológicos Vigentes (MEV). Procedeu-se a investigação qualitativa, com uma abordagem metodológica do estudo documental bibliográfico, analisando as novas bases curriculares, os parâmetros curriculares, leis e normativas, dissertações e teses, baseado no modelo praxeológico da TAD, no sentido dado por Castela e Romo Vázquez, que trata da participação de outros saberes, inclusive práticos em modelos matemáticos sobre práticas que no nosso caso, envolvem o direito tributário, contabilidade e a Matemática, constituindo-se em uma ferramenta imprescindível para prover uma resposta para o questionamento colocado sobre a modelagem matemática, a partir do modelo praxeológico que foi apresentado. Usamos também as dialéticas das perguntas e respostas que surgiram de uma forma natural, e a dialética das mídias e dos meios, para a análise. Constatamos, nos resultados da pesquisa, que o PEP-FP favoreceu para a formação inicial e continuada dos professores, uma vez que os participantes conseguiram elaborar propostas didáticas relativas ao objeto de pesquisa, a Educação Fiscal. Considerando os procedimentos usados na pesquisa, observamos a produção de condições favoráveis na utilização do Modelo Epistemológico de Referência no Percurso de estudos. Analisando o Modelo Epistemológico Vigente, destacamos as restrições que não podem ser omitidas e estudadas para a construção do nosso Modelo Epistemológico Alternativo.