Neotectônica na bacia de São Luís

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: FERREIRA JÚNIOR, Carlos Roberto Paranhos
Orientador(a): COSTA, João Batista Sena lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10595
Resumo: As principais estruturas neotectônicas da bacia de São Luís são representadas por falhas transcorrentes dextrais de direção E-W e falhas normais de direções NW-SE e NNW-SSE . As falhas transcorrentes que definem o limite norte da bacia tem extensão superior a 150 km e ocupam uma faixa de mais de 70 km de largura, e controlam a orientação das rias voltadas para o Oceano Atlântico e o sistema de drenagem paralelo entre as cidades de Cururupu e Turiaçu; nesta região existe também um conjunto de colinas alongadas na direção das falhas. Em direção as partes centro-norte e oeste as falhas são realçadas por anomalias nos baixos cursos dos principais rios (Gurupi, Maracaçumé e Turiaçu). A essas falhas associa-se uma cinemática dominantemente dextral e definida, sobretudo, pelos deslocamentos nos segmentos de drenagens. As falhas transcorrentes do limite sul da bacia são definidas nas partes sul e sudeste da área, estendem-se para leste e ocupam uma faixa de aproximadamente de 70 km de largura; tais falhas são caracterizadas, sobretudo, por segmentos retos de drenagem e por anomalias em cotovelo ao longo do curso do rio Mearim. Nesta área dominam colinas com cotas de até 30 m, contudo, em direção a leste, prevalecem planícies fluviais com cotas inferiores a 10 m, retornando a ocorrência de colinas além do limite leste da área; esta alternância de áreas altas e baixas refletem movimentos transpressivos e transtensivos ao longo deste feixe, respectivamente. A cinemática dextral dessas falhas é também caracterizada pelo deslocamento de segmentos de drenagem. As falhas normais do limite nordeste da bacia controlam um conjunto de colinas alinhadas na direção NW-SE e com cotas de até 120 m, têm perfis planares e lístricos e acham-se inclinadas sistematicamente para SW. No perfil ao longo da estrada para o porto de Itaúna verifica-se que as falhas impõem rotações de até 45° nos sedimentos da Formação Itapecuru e do Grupo Barreiras, gerando uma estrutura do tipo roll-over segmentada em direção a SW; nesse caso, deduz-se que esse sistema de falhas evoluiu a partir do colapso da capa. Os hemigrabens acham-se preenchidos por depósitos de fluxo gravitacional, constituídos de blocos angulosos de crosta laterítica e de arenito ferruginoso imersos em matriz de areia grossa; esse quadro geométrico se repete até as adjacências da cidade de São Bento. O desnivelamento e a rotação dos blocos impuseram bloqueios nos principais rios (Turiaçu e Pericumã) desta região, resultando na formação de extensos lagos nas adjacências das cidades de Pinheiro e Santa Helena, bem como desativaram um sistema de rias que alcançava a parte sudoeste do município de Pinheiro. As falhas normais do limite sudoeste da bacia controlam conjuntos de colinas de até 85 m e alinhadas na direção NW-SE, têm perfis planares e mergulham sistematicamente para NE. A inclinação dos pacotes sedimentares da Formação Itapecuru para SW sugere que as falhas normais proporcionaram rotações nos blocos da ordem de 35º, contudo não há evidências de bloqueio no sistema de drenagem. Por outro lado, existem fortes anomalias no alto e médio cursos do rio Turiaçu e numerosos segmentos retos de drenagem. As falhas normais e transcorrentes descritas são afetadas por várias falhas trancorrentes orientadas na direção NE-SW, destacando-se as que controlam as baías de São Marcos, Cumã e Turiaçu. Algumas dessas falhas transcorrentes têm rejeito de mergulho normal. O arcabouço neotectônico da bacia de São Luís desenvolveu-se a partir da interação de feixes de falhas transcorrentes dextrais de direção E-W, com a componente transtensiva orientada na direção NE-SW. O lado NE experimentou taxa de movimentação mais elevada do que o lado SW e há indicações de que as falhas normais individualizaram-se progressivamente em direção ao centro da estrutura pull apart.
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Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10595porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAGEOLOGIAGeologia estruturalMaranhão - EstadoNeotectônica na bacia de São Luísinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCOSTA, João Batista Senahttp://lattes.cnpq.br/0141806217745286FERREIRA JÚNIOR, Carlos Roberto ParanhosAs principais estruturas neotectônicas da bacia de São Luís são representadas por falhas transcorrentes dextrais de direção E-W e falhas normais de direções NW-SE e NNW-SSE . As falhas transcorrentes que definem o limite norte da bacia tem extensão superior a 150 km e ocupam uma faixa de mais de 70 km de largura, e controlam a orientação das rias voltadas para o Oceano Atlântico e o sistema de drenagem paralelo entre as cidades de Cururupu e Turiaçu; nesta região existe também um conjunto de colinas alongadas na direção das falhas. Em direção as partes centro-norte e oeste as falhas são realçadas por anomalias nos baixos cursos dos principais rios (Gurupi, Maracaçumé e Turiaçu). A essas falhas associa-se uma cinemática dominantemente dextral e definida, sobretudo, pelos deslocamentos nos segmentos de drenagens. As falhas transcorrentes do limite sul da bacia são definidas nas partes sul e sudeste da área, estendem-se para leste e ocupam uma faixa de aproximadamente de 70 km de largura; tais falhas são caracterizadas, sobretudo, por segmentos retos de drenagem e por anomalias em cotovelo ao longo do curso do rio Mearim. 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