Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: SOUZA, Valmir da Silva lattes
Orientador(a): KOTSCHOUBEY, Basile lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14910
Resumo: A área do Manelão está inserida no Cinturão de Cisalhamento Itacaiunas situado no centro-oeste do Estado do Pará. As unidades litoestratigráficas arqueanas-proterozóicas reconhecidas nesta área são granitos e gnaisses do Complexo Xingu, anfibolitos, micaxistos e quartzitos da seqüência vulcano-sedimentar São Manoel e o monzogranito estratóide intrusivo Felício Turvo. Diques de gabro e diabásio do Mesozóico, lateritas cenozóicas e depósitos coluviais e aluviais recentes completam o quadro litoestratigráfico. As principais estruturas identificadas na área foram originadas por uma deformação regional transcorrente sinistral de natureza ductil a ductil-ruptil que envolveu um transporte de massa rochosa de ESE para WNW. Tal tectonismo causou um metamorfismo de fáceis anfibolito baixo a médio, embora, localmente, um hidrotermalismo mais intenso provocou alteração de fácies xisto verde alto. O ouro ocorre tanto em veios alojados nos anfibolitos e xistos da seqüência vulcano-sedimentar São Manoel como na cobertura laterítica e nos depósitos aluviais/coluviais. Foram identificados dois sistemas de veios, um com direção N70E e mergulho de 80° para NW, o outro com direção N23E e mergulho igual ao anterior. Nestes corpos o ouro encontra-se essencialmente na forma livre, em partículas de baixa pureza (cerca de 870) que preenchem fraturas na ganga quartzosa ou quartzo-albitica. Acredita-se, ademais, que a pirita disseminada tanto nos veios como nas rochas encaixantes milonitizadas e fortemente alteradas contém também ouro sub-microscópico. A alteração hidrotermal resultou num zoneamento grosseiro nas rochas encaixantes. Ao contato com os veios observa-se normalmente uma alteração filica enquanto que a zona intermediária exibe propilitização. A zona externa é marcada sobretudo por uma intensa epidotização das rochas. Os minerais metálicos, pirita (duas gerações), pirrotita, calcopirita, ilmenita e rutilo encontram-se na forma de cristais ou pequenos agregados disseminados e são mais abundantes nas rochas encaixantes que nos próprios veios. O estudo de inclusões fluidas revelou que os fluidos mineralizantes foram essencialmente soluções aquosas de baixa temperatura (temperatura mínima de 160-180°C) de salinidade baixa a moderada (provavelmente H2O-KCl-CaCl2 e H2O-NaCl-CaCl2) e de baixa densidade (0,9 - 1,1 g/cm3). Raras inclusões trifásicas sugerem, no entanto, que soluções de alta temperatura e de salinidade elevada participaram igualmente no processo mineralizante. Embora o CO2 não tenha sido detectado nesta avaliação preliminar, a sua presença em quantidades subordinadas não pode ser descartada. Haja visto a predominância no sistema de sulfetos e de baixas temperaturas de aprisionamento de fluidos, o ouro parece ter migrado principalmente sob a forma de thio-complexos. Na cobertura laterítica desenvolvida sobre a seqüência São Manoel o ouro ocorre em finas partículas ou pequenas pepitas de alta pureza (cerca de 985) com freqüências intercrescidas com oxi-hidróxido de ferro tanto na zona mosqueada como em fragmentos reliquiares da crosta ferruginosa. O elevado grau de pureza do ouro laterítico sugere que a mobilização do metal ocorreu sobretudo após complexação com ligantes orgânicos e thiosulfáticos. A lixiviação da prata nas partículas de ouro primário pode também ter sido responsável pela significativa diferença de pureza. Partículas de ouro e pepitas encontram-se igualmente dispersas na matriz argilosa dos depósitos coluviais. Finalmente, o ouro forma concentrações de relevante valor econômico no horizonte de cascalho inferior das acumulações aluviais.
id UFPA_20a628fa58c2660eb27c2824783788f4
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/14910
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str
spelling 2022-11-03T14:12:59Z2022-11-03T14:12:59Z1995-03-14SOUZA, Valmir da Silva. Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa). Orientador: Basile Kotschoubey. 1995. 111 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Curso de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1995. Disponível em:http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14910 . Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14910A área do Manelão está inserida no Cinturão de Cisalhamento Itacaiunas situado no centro-oeste do Estado do Pará. As unidades litoestratigráficas arqueanas-proterozóicas reconhecidas nesta área são granitos e gnaisses do Complexo Xingu, anfibolitos, micaxistos e quartzitos da seqüência vulcano-sedimentar São Manoel e o monzogranito estratóide intrusivo Felício Turvo. Diques de gabro e diabásio do Mesozóico, lateritas cenozóicas e depósitos coluviais e aluviais recentes completam o quadro litoestratigráfico. As principais estruturas identificadas na área foram originadas por uma deformação regional transcorrente sinistral de natureza ductil a ductil-ruptil que envolveu um transporte de massa rochosa de ESE para WNW. Tal tectonismo causou um metamorfismo de fáceis anfibolito baixo a médio, embora, localmente, um hidrotermalismo mais intenso provocou alteração de fácies xisto verde alto. O ouro ocorre tanto em veios alojados nos anfibolitos e xistos da seqüência vulcano-sedimentar São Manoel como na cobertura laterítica e nos depósitos aluviais/coluviais. Foram identificados dois sistemas de veios, um com direção N70E e mergulho de 80° para NW, o outro com direção N23E e mergulho igual ao anterior. Nestes corpos o ouro encontra-se essencialmente na forma livre, em partículas de baixa pureza (cerca de 870) que preenchem fraturas na ganga quartzosa ou quartzo-albitica. Acredita-se, ademais, que a pirita disseminada tanto nos veios como nas rochas encaixantes milonitizadas e fortemente alteradas contém também ouro sub-microscópico. A alteração hidrotermal resultou num zoneamento grosseiro nas rochas encaixantes. Ao contato com os veios observa-se normalmente uma alteração filica enquanto que a zona intermediária exibe propilitização. A zona externa é marcada sobretudo por uma intensa epidotização das rochas. Os minerais metálicos, pirita (duas gerações), pirrotita, calcopirita, ilmenita e rutilo encontram-se na forma de cristais ou pequenos agregados disseminados e são mais abundantes nas rochas encaixantes que nos próprios veios. O estudo de inclusões fluidas revelou que os fluidos mineralizantes foram essencialmente soluções aquosas de baixa temperatura (temperatura mínima de 160-180°C) de salinidade baixa a moderada (provavelmente H2O-KCl-CaCl2 e H2O-NaCl-CaCl2) e de baixa densidade (0,9 - 1,1 g/cm3). Raras inclusões trifásicas sugerem, no entanto, que soluções de alta temperatura e de salinidade elevada participaram igualmente no processo mineralizante. Embora o CO2 não tenha sido detectado nesta avaliação preliminar, a sua presença em quantidades subordinadas não pode ser descartada. Haja visto a predominância no sistema de sulfetos e de baixas temperaturas de aprisionamento de fluidos, o ouro parece ter migrado principalmente sob a forma de thio-complexos. Na cobertura laterítica desenvolvida sobre a seqüência São Manoel o ouro ocorre em finas partículas ou pequenas pepitas de alta pureza (cerca de 985) com freqüências intercrescidas com oxi-hidróxido de ferro tanto na zona mosqueada como em fragmentos reliquiares da crosta ferruginosa. O elevado grau de pureza do ouro laterítico sugere que a mobilização do metal ocorreu sobretudo após complexação com ligantes orgânicos e thiosulfáticos. A lixiviação da prata nas partículas de ouro primário pode também ter sido responsável pela significativa diferença de pureza. Partículas de ouro e pepitas encontram-se igualmente dispersas na matriz argilosa dos depósitos coluviais. Finalmente, o ouro forma concentrações de relevante valor econômico no horizonte de cascalho inferior das acumulações aluviais.The Manelão area is part of the Itacaiunas Shear Belt located in the center-west of the State of Pará. The Archean-Proterozoic lithostratigraphic units recognized in this area are Xingu Complex granites and gneisses, amphibolites, micaschists and quartzites from the São Manoel volcano-sedimentary sequence and the Felicio Turvo intrusive stratoid monzogranite. Mesozoic gabbro and diabase dykes, Cenozoic laterites and recent colluvial and alluvial deposits complete the lithostratigraphic picture. The main structures identified in the area were originated by a sinistral transcurrent deformation of a ductile to ductile-ruptile nature that involved a rock mass transport from ESE to WNW. Such tectonism caused low to medium easy amphibolite metamorphism, although locally more intense hydrothermalism caused alteration of high greenschist facies. Gold occurs both in veins lodged in amphibolites and schists of the São Manoel volcano-sedimentary sequence, as well as in lateritic cover and in alluvial/colluvial deposits. Two systems of veins were identified, one with direction N70E and dip of 80° to NW, the other with direction N23E and dip equal to the previous one. In these bodies the gold is essentially in the free form, in particles of low purity (about 870) that fill fractures in the quartz or quartz-albitic gangue. Furthermore, it is believed that the pyrite disseminated both in the veins and in the mylonitized and heavily altered host rocks also contains sub-microscopic gold. The hydrothermal alteration resulted in a rough zoning in the host rocks. Upon contact with the veins, a philic alteration is normally observed, while the intermediate zone exhibits propylitization. The outer zone is marked above all by an intense epidotization of the rocks. The metallic minerals, pyrite (two generations), pyrrhotite, chalcopyrite, ilmenite and rutile are found in the form of crystals or small scattered aggregates and are more abundant in the host rocks than in the veins themselves. The fluid inclusion study revealed that the mineralizing fluids were essentially low-temperature (minimum temperature 160-180°C) aqueous solutions of low to moderate salinity (probably H2O-KCl-CaCl2 and H2O-NaCl-CaCl2) and low density. (0.9 - 1.1 g/cm 3 ). Rare three-phase inclusions suggest, however, that high temperature and high salinity solutions equally participated in the mineralizing process. Although CO2 was not detected in this preliminary assessment, its presence in subordinate amounts cannot be ruled out. Considering the predominance in the sulfide system and low temperatures of fluid trapping, the gold seems to have migrated mainly in the form of thio-complexes. In the lateritic cover developed over the São Manoel sequence, gold occurs in fine particles or small nuggets of high purity (about 985) with frequencies intergrown with iron oxyhydroxide both in the mottled zone and in relict fragments of the ferruginous crust. The high degree of purity of lateritic gold suggests that the mobilization of the metal occurred mainly after complexation with organic and thiosulfate ligands. Silver leaching into primary gold particles may also have accounted for the significant difference in purity. Gold particles and nuggets are also dispersed in the clayey matrix of colluvial deposits. Finally, gold forms concentrations of relevant economic value in the lower gravel horizon of alluvial accumulations.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccess1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIADEPÓSITOS MINERAISGEOLOGIAOuroMineralizações auríferasGarimpo Manelão-Região do BacajáGeologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisKOTSCHOUBEY, Basilehttp://lattes.cnpq.br/0096549701457340http://lattes.cnpq.br/7402292955251337SOUZA, Valmir da SilvaORIGINALDissertacao_GeologiaMineralizacoesAuriferas.pdfDissertacao_GeologiaMineralizacoesAuriferas.pdfapplication/pdf266088230http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14910/1/Dissertacao_GeologiaMineralizacoesAuriferas.pdf2250fc196cbcbe9579e9be7baa4ebacfMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14910/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14910/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD532011/149102022-11-03 11:13:25.787oai:repositorio.ufpa.br:2011/14910TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232022-11-03T14:13:25Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa)
title Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa)
spellingShingle Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa)
SOUZA, Valmir da Silva
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
Ouro
Mineralizações auríferas
Garimpo Manelão-Região do Bacajá
DEPÓSITOS MINERAIS
GEOLOGIA
title_short Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa)
title_full Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa)
title_fullStr Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa)
title_full_unstemmed Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa)
title_sort Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa)
author SOUZA, Valmir da Silva
author_facet SOUZA, Valmir da Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv KOTSCHOUBEY, Basile
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0096549701457340
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7402292955251337
dc.contributor.author.fl_str_mv SOUZA, Valmir da Silva
contributor_str_mv KOTSCHOUBEY, Basile
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
topic CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
Ouro
Mineralizações auríferas
Garimpo Manelão-Região do Bacajá
DEPÓSITOS MINERAIS
GEOLOGIA
dc.subject.por.fl_str_mv Ouro
Mineralizações auríferas
Garimpo Manelão-Região do Bacajá
dc.subject.linhadepesquisa.pt_BR.fl_str_mv DEPÓSITOS MINERAIS
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv GEOLOGIA
description A área do Manelão está inserida no Cinturão de Cisalhamento Itacaiunas situado no centro-oeste do Estado do Pará. As unidades litoestratigráficas arqueanas-proterozóicas reconhecidas nesta área são granitos e gnaisses do Complexo Xingu, anfibolitos, micaxistos e quartzitos da seqüência vulcano-sedimentar São Manoel e o monzogranito estratóide intrusivo Felício Turvo. Diques de gabro e diabásio do Mesozóico, lateritas cenozóicas e depósitos coluviais e aluviais recentes completam o quadro litoestratigráfico. As principais estruturas identificadas na área foram originadas por uma deformação regional transcorrente sinistral de natureza ductil a ductil-ruptil que envolveu um transporte de massa rochosa de ESE para WNW. Tal tectonismo causou um metamorfismo de fáceis anfibolito baixo a médio, embora, localmente, um hidrotermalismo mais intenso provocou alteração de fácies xisto verde alto. O ouro ocorre tanto em veios alojados nos anfibolitos e xistos da seqüência vulcano-sedimentar São Manoel como na cobertura laterítica e nos depósitos aluviais/coluviais. Foram identificados dois sistemas de veios, um com direção N70E e mergulho de 80° para NW, o outro com direção N23E e mergulho igual ao anterior. Nestes corpos o ouro encontra-se essencialmente na forma livre, em partículas de baixa pureza (cerca de 870) que preenchem fraturas na ganga quartzosa ou quartzo-albitica. Acredita-se, ademais, que a pirita disseminada tanto nos veios como nas rochas encaixantes milonitizadas e fortemente alteradas contém também ouro sub-microscópico. A alteração hidrotermal resultou num zoneamento grosseiro nas rochas encaixantes. Ao contato com os veios observa-se normalmente uma alteração filica enquanto que a zona intermediária exibe propilitização. A zona externa é marcada sobretudo por uma intensa epidotização das rochas. Os minerais metálicos, pirita (duas gerações), pirrotita, calcopirita, ilmenita e rutilo encontram-se na forma de cristais ou pequenos agregados disseminados e são mais abundantes nas rochas encaixantes que nos próprios veios. O estudo de inclusões fluidas revelou que os fluidos mineralizantes foram essencialmente soluções aquosas de baixa temperatura (temperatura mínima de 160-180°C) de salinidade baixa a moderada (provavelmente H2O-KCl-CaCl2 e H2O-NaCl-CaCl2) e de baixa densidade (0,9 - 1,1 g/cm3). Raras inclusões trifásicas sugerem, no entanto, que soluções de alta temperatura e de salinidade elevada participaram igualmente no processo mineralizante. Embora o CO2 não tenha sido detectado nesta avaliação preliminar, a sua presença em quantidades subordinadas não pode ser descartada. Haja visto a predominância no sistema de sulfetos e de baixas temperaturas de aprisionamento de fluidos, o ouro parece ter migrado principalmente sob a forma de thio-complexos. Na cobertura laterítica desenvolvida sobre a seqüência São Manoel o ouro ocorre em finas partículas ou pequenas pepitas de alta pureza (cerca de 985) com freqüências intercrescidas com oxi-hidróxido de ferro tanto na zona mosqueada como em fragmentos reliquiares da crosta ferruginosa. O elevado grau de pureza do ouro laterítico sugere que a mobilização do metal ocorreu sobretudo após complexação com ligantes orgânicos e thiosulfáticos. A lixiviação da prata nas partículas de ouro primário pode também ter sido responsável pela significativa diferença de pureza. Partículas de ouro e pepitas encontram-se igualmente dispersas na matriz argilosa dos depósitos coluviais. Finalmente, o ouro forma concentrações de relevante valor econômico no horizonte de cascalho inferior das acumulações aluviais.
publishDate 1995
dc.date.issued.fl_str_mv 1995-03-14
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-11-03T14:12:59Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-11-03T14:12:59Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SOUZA, Valmir da Silva. Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa). Orientador: Basile Kotschoubey. 1995. 111 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Curso de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1995. Disponível em:http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14910 . Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14910
identifier_str_mv SOUZA, Valmir da Silva. Geologia e mineralizações auríferas da área do Garimpo do Manelão, região do Bacajá (Pa). Orientador: Basile Kotschoubey. 1995. 111 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Curso de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1995. Disponível em:http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14910 . Acesso em:.
url http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14910
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Geociências
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.pt_BR.fl_str_mv 1 CD-ROM
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14910/1/Dissertacao_GeologiaMineralizacoesAuriferas.pdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14910/2/license_rdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14910/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 2250fc196cbcbe9579e9be7baa4ebacf
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
2b55adef5313c442051bad36d3312b2b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1797788529895407616