O silêncio como metáfora: o uso de agrotóxicos e a saúde de agricultores no município de Igarapé-Açú/Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: LOBATO, Sandra Maria Rickmann lattes
Orientador(a): CASTRO, Edna Maria Ramos de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
Departamento: Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/3458
Resumo: Na Amazônia, mais particularmente no Estado do Pará, a utilização de agrotóxicos vem se consolidando como prática nos últimos 20 anos e se intensificando na última década, a partir da re-configuração da agricultura no município, com a maximização das culturas permanentes, com as mudanças tecnológicas inseridas nas práticas agrícolas e nas relações de trabalho, sendo o uso predominante, no que concerne ao município de Igarapé-Açu, de produtos de médio e alto risco de intoxicação, inclusive substâncias proibidas em outros países que sob o rótulo de “transferência de tecnologia” vem sendo utilizadas sem a avaliação de seus impactos sobre a saúde, o ambiente e a cadeia alimentar da qual o homem é partícipe. Entende-se ser esta uma questão de saúde pública em interface com as referenciadas na saúde ocupacional e na saúde ambiental em uma tríade a ser colocada em defesa da vida. A pesquisa que norteou este estudo foi desenvolvida no ramal do Cumaru, no município de Igarapé-Açu, no Estado do Pará, com 20 agricultores em situação de exposição prolongada aos agrotóxicos. Teve como objetivo primordial traçar o perfil de morbidade do grupo em foco, mais especificamente o aparecimento de sintomas de ansiedade e/ou depressão nas situações de intoxicação crônica a partir do regime de uso e de exposição, bem como, reconhecer a percepção destes acerca dos riscos aos quais estão submetidos a partir do uso destas substâncias em sua prática laboral. Partiu-se da premissa que os aportes teórico-conceituais de trabalho, saúde e ambiente se entrelaçam, entendendo a saúde como indo além da ausência de doença ou do contínuo bem estar, se inserindo de forma singular na vida de cada indivíduo que compartilha com a coletividade eventos que adoecem, porém que se expressam de forma única a partir de co-fatores que se inserem na biografia de cada um, agravando ou minimizando os efeitos dos riscos compartilhados. O trabalho, entendido como elemento estruturante da identidade e da subjetividade do indivíduo, repleto de significados transformados culturalmente se configurando em meio de vida e meio de morte. A partir da escolha do método clínico qualitativo, a pesquisa de campo realizou-se em duas etapas, sendo a primeira de reconhecimento dos espaços e das práticas cotidianas do grupo, a partir de um recorte de gênero e faixa etária, através de observação participante e de conversas informais com os agricultores e suas famílias nos espaços domésticos e nos laborais. A segunda etapa realizou-se através de entrevista(s) de avaliação psicológica com os agricultores. Foi evidenciada a situação de intoxicação crônica e a incidência de um grupo de sintomas, dentre estes, alguns vinculados a expressões de ansiedade e/ou depressão, sendo estes nomeados como “nervoso” pelos agricultores. Estes conhecem parte dos riscos inerentes ao uso dos agrotóxicos sobre sua saúde e sobre o ambiente mas os relativizam, não relacionando o uso de agrotóxicos aos sintomas apresentados e os minimizam, bem como, aos riscos, ancorando-se em representações sociais que os sustentam nas suas crenças sobre os riscos inerentes ao trabalho e a saúde em estratégias defensivas compartilhadas pelos seus pares.
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Curso de Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/3458Na Amazônia, mais particularmente no Estado do Pará, a utilização de agrotóxicos vem se consolidando como prática nos últimos 20 anos e se intensificando na última década, a partir da re-configuração da agricultura no município, com a maximização das culturas permanentes, com as mudanças tecnológicas inseridas nas práticas agrícolas e nas relações de trabalho, sendo o uso predominante, no que concerne ao município de Igarapé-Açu, de produtos de médio e alto risco de intoxicação, inclusive substâncias proibidas em outros países que sob o rótulo de “transferência de tecnologia” vem sendo utilizadas sem a avaliação de seus impactos sobre a saúde, o ambiente e a cadeia alimentar da qual o homem é partícipe. Entende-se ser esta uma questão de saúde pública em interface com as referenciadas na saúde ocupacional e na saúde ambiental em uma tríade a ser colocada em defesa da vida. A pesquisa que norteou este estudo foi desenvolvida no ramal do Cumaru, no município de Igarapé-Açu, no Estado do Pará, com 20 agricultores em situação de exposição prolongada aos agrotóxicos. Teve como objetivo primordial traçar o perfil de morbidade do grupo em foco, mais especificamente o aparecimento de sintomas de ansiedade e/ou depressão nas situações de intoxicação crônica a partir do regime de uso e de exposição, bem como, reconhecer a percepção destes acerca dos riscos aos quais estão submetidos a partir do uso destas substâncias em sua prática laboral. Partiu-se da premissa que os aportes teórico-conceituais de trabalho, saúde e ambiente se entrelaçam, entendendo a saúde como indo além da ausência de doença ou do contínuo bem estar, se inserindo de forma singular na vida de cada indivíduo que compartilha com a coletividade eventos que adoecem, porém que se expressam de forma única a partir de co-fatores que se inserem na biografia de cada um, agravando ou minimizando os efeitos dos riscos compartilhados. O trabalho, entendido como elemento estruturante da identidade e da subjetividade do indivíduo, repleto de significados transformados culturalmente se configurando em meio de vida e meio de morte. A partir da escolha do método clínico qualitativo, a pesquisa de campo realizou-se em duas etapas, sendo a primeira de reconhecimento dos espaços e das práticas cotidianas do grupo, a partir de um recorte de gênero e faixa etária, através de observação participante e de conversas informais com os agricultores e suas famílias nos espaços domésticos e nos laborais. A segunda etapa realizou-se através de entrevista(s) de avaliação psicológica com os agricultores. Foi evidenciada a situação de intoxicação crônica e a incidência de um grupo de sintomas, dentre estes, alguns vinculados a expressões de ansiedade e/ou depressão, sendo estes nomeados como “nervoso” pelos agricultores. Estes conhecem parte dos riscos inerentes ao uso dos agrotóxicos sobre sua saúde e sobre o ambiente mas os relativizam, não relacionando o uso de agrotóxicos aos sintomas apresentados e os minimizam, bem como, aos riscos, ancorando-se em representações sociais que os sustentam nas suas crenças sobre os riscos inerentes ao trabalho e a saúde em estratégias defensivas compartilhadas pelos seus pares.In the Amazon, specially in the state of Pará, the use of pesticides has been set as a regular practice in the last 20 years and was intensified in the last decade, through the re-configuration of agriculture in the county, with maximization of permanent cultures and technological changes inserted in the agricultural practices and into the labor relationships, being its predominant use, as for the Igarapé-Açu county, the mild and high risk of intoxication, including forbidden substances in the other countries which, under the label of “technology transfer”, have been used without the evaluation of its impact over public health, the environment and the food chain into which the human being takes part. It is understood that this is a public health question in interface with the referred ones in occupational health and environmental health. The research which has guided such paper was developed in the Cumaru branch in Igarapé- Açu county in the state of Pará, with 20 peasants in a situation of long exposure to pesticides. It had as a main aim to trace the morbidity profile of the focused group, more specifically the arise of symptoms of anxiety and/or depression in the situation of chronic intoxication, as well as to recognize their perceptions of the risks to what they are submitted from the usage of such substances in their labor. It was out of the point that the theoretical-conception of work, health and environment joint, understanding health as going beyond the absence of illness or continuous well-being, entering in a single way into each individual’s life who shares with the community events that cause diseases, but that express in a single way through co-factor which insert into each one’s biography, making it worse or minimizing the effects of shared risks. Labor, understood as structuring element of identity and subjective of the individual, plenty of meanings, culturally transformed, being a way of living and dying. Field research was performed in two steps, being the first one to recognize the spaces and ever day practices of the group, considering age and gender, through participative observation and informal chats with peasants and their families in domestic and labor rooms. The second step was performed through psychological evaluation interviews with peasants. It was evidenced the chronic intoxication situation and the incidence of a group of symptoms, among which there are some ones linked to anxiety or depression expressions, being these ones named as “nervous” by the peasants. Those ones already know parts of the risks over their health and environment, but they think of it relatively, not relating the usage of pesticides to the presented symptoms and minimizing them, as well as the risks, anchoring to social representatives that support them on their beliefs about labor and health in defensive strategies shared with their partners.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico ÚmidoUFPABrasilNúcleo de Altos Estudos AmazônicosCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVACNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIADefensivo agrícolaRisco ambientalAgricultoresCumaru - PAIgarapé-Açu - PAPará - EstadoAmazônia brasileiraO silêncio como metáfora: o uso de agrotóxicos e a saúde de agricultores no município de Igarapé-Açú/Paráinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisCASTRO, Edna Maria Ramos dehttp://lattes.cnpq.br/4702941668727146http://lattes.cnpq.br/8183158698491575LOBATO, Sandra Maria Rickmanninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAORIGINALTese_SilencioMetaforaUso.pdfTese_SilencioMetaforaUso.pdfapplication/pdf3009319http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/3458/1/Tese_SilencioMetaforaUso.pdfec684b8830f85874a6bad054b11df5a0MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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