Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: GALVÃO, Alessandro Nobre lattes
Orientador(a): PESSOA, Fátima Cristina da Costa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11209
Resumo: Este trabalho examina a conjuntura sócio-histórica que propiciou a emergência e a consolidação de um discurso novo na ordem dos discursos sobre a gestão dos recursos naturais na Amazônia brasileira – o discurso de recusa radical ao Complexo Hidrelétrico de Belo Monte (CHBM). Esta conjuntura remonta-se a um conflito iniciado no final dos anos 70 quando o governo brasileiro propõe inventário da bacia hidrográfica do Xingu para avaliar seu potencial hidrelétrico, chegando aos anos 2000 com as mudanças na política econômica do país a partir do fortalecimento do modelo neoliberal e a abertura do governo brasileiro a empresas privadas para a exploração das riquezas naturais. Identificamos o nascimento da resistência de grupos indígenas com destaque para o povo Kayapó, fortalecendo-se mais tarde com a aliança selada entre este e outros segmentos impactados pelo empreendimento Belo Monte, por ocasião do Encontro Xingu Vivo para Sempre ocorrido em 2008. Analisamos, portanto, os fatos históricos que culminaram na emergência e circulação desse discurso, bem como seu fundamento ideológico, as possíveis transformações por ele sofridas ao longo do tempo e os processos discursivos que dele derivam. Fizemos um mergulho descritivo na formação social indígena, buscando compará-la à formação social capitalista o que nos permitiu vislumbrar, baseados nos estudos peucheutianos, que a resistência de que nos ocupamos nasce em um não-lugar sob a égide de outros rituais de interpelação, introduzindo-se no seio das práticas e rituais possíveis na formação social capitalista. Nosso percurso analítico nos mostrou que discurso de recusa radical ao CHBM sofre transformações a partir do advento daquela aliança imaginária que de um ponto de vista discursivo, selou uma aliança não entre sujeitos empíricos, mas entre distintas posições de sujeito e permitiu a invasão de saberes outros para o interior da FD que determina esse discurso. O corpus discursivo desta pesquisa é constituído por materialidades discursivas de natureza semiótica diferenciada e adotamos como procedimento de construção desse corpus a noção de recorte proposta por Orlandi (1984), bem como a de sequência discursiva proposta por Courtine (2014) e os procedimentos da análise seguiram a abordagem triangular proposta por Lagazzi (2005).
id UFPA_ad3da0e5e32dfd57c331a429ed05e775
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/11209
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str
spelling 2019-05-27T15:57:56Z2019-05-232019-05-27T15:57:56Z2018-03-27GALVÃO, Alessandro Nobre Galvão. Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte. Orientadora: Fátima Cristina da Costa Pessoa. 2018. 214 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2018. Programa de Pós-Graduação em Letras. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11209 . Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11209Este trabalho examina a conjuntura sócio-histórica que propiciou a emergência e a consolidação de um discurso novo na ordem dos discursos sobre a gestão dos recursos naturais na Amazônia brasileira – o discurso de recusa radical ao Complexo Hidrelétrico de Belo Monte (CHBM). Esta conjuntura remonta-se a um conflito iniciado no final dos anos 70 quando o governo brasileiro propõe inventário da bacia hidrográfica do Xingu para avaliar seu potencial hidrelétrico, chegando aos anos 2000 com as mudanças na política econômica do país a partir do fortalecimento do modelo neoliberal e a abertura do governo brasileiro a empresas privadas para a exploração das riquezas naturais. Identificamos o nascimento da resistência de grupos indígenas com destaque para o povo Kayapó, fortalecendo-se mais tarde com a aliança selada entre este e outros segmentos impactados pelo empreendimento Belo Monte, por ocasião do Encontro Xingu Vivo para Sempre ocorrido em 2008. Analisamos, portanto, os fatos históricos que culminaram na emergência e circulação desse discurso, bem como seu fundamento ideológico, as possíveis transformações por ele sofridas ao longo do tempo e os processos discursivos que dele derivam. Fizemos um mergulho descritivo na formação social indígena, buscando compará-la à formação social capitalista o que nos permitiu vislumbrar, baseados nos estudos peucheutianos, que a resistência de que nos ocupamos nasce em um não-lugar sob a égide de outros rituais de interpelação, introduzindo-se no seio das práticas e rituais possíveis na formação social capitalista. Nosso percurso analítico nos mostrou que discurso de recusa radical ao CHBM sofre transformações a partir do advento daquela aliança imaginária que de um ponto de vista discursivo, selou uma aliança não entre sujeitos empíricos, mas entre distintas posições de sujeito e permitiu a invasão de saberes outros para o interior da FD que determina esse discurso. O corpus discursivo desta pesquisa é constituído por materialidades discursivas de natureza semiótica diferenciada e adotamos como procedimento de construção desse corpus a noção de recorte proposta por Orlandi (1984), bem como a de sequência discursiva proposta por Courtine (2014) e os procedimentos da análise seguiram a abordagem triangular proposta por Lagazzi (2005).This work examines the socio-historical conjuncture that led to the emergence and consolidation of a new discourse in the order of discourses on the management of natural resources in the Brazilian Amazon - the discourse of radical refusal to the Belo Monte Hydroelectric Complex (CHBM). This situation dates to a conflict started in the late 1970s when the Brazilian government proposes an inventory of the Xingu basin to assess its hydroelectric potential, reaching the 2000s with changes in the country's economic policy based on the strengthening of the neoliberal model and the opening of the Brazilian government to private companies for the exploitation of natural resources. We identified the birth of the resistance of indigenous groups with emphasis on the Kayapó people, later strengthened with the alliance sealed between this and other segments impacted by the Belo Monte project, on the occasion of the Xingu Vivo para Sempre Encounter held in 2008. We analyze, therefore, the historical facts that culminated in the emergence and circulation of this discourse, as well as its ideological foundation, the possible transformations it suffered over time and the discursive processes that derive from it. We made a descriptive dive in the indigenous social formation, seeking to compare it to the capitalist social formation, which allowed us to envisage, based on the Peucheutian studies, that the resistance we investigate is born in a non-place under the aegis of other rituals of interpellation, introducing itself within the practices and possible rituals in the capitalist social formation. Our analytical course showed us that discourse of radical rejection to the CHBM undergoes transformations from the advent of that imaginary alliance that, from a discursive point of view, sealed an alliance not between empirical subjects, but between different positions of subject and allowed the invasion of other knowledge into the FD that determines this discourse. The discursive corpus of this research is constituted by discursive materialities of differentiated semiotic nature and we adopt as a procedure of construction of this corpus the notion of cut proposed by Orlandi (1984), as well as the discursive sequence proposed by Courtine (2014) and the procedures of the analysis followed the triangular approach proposed by Lagazzi (2005).CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoUFPA - Universidade Federal do ParáporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em LetrasUFPABrasilInstituto de Letras e Comunicação1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADAANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAISESTUDOS LINGUÍSTICOSDiscursos - Movimentos sociaisResistênciaMovimentos sociais - AmazôniaUsinas hidrelétricas - Aspectos sociaisAnálise do discurso narrativoMovimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPESSOA, Fátima Cristina da Costahttp://lattes.cnpq.br/4011084861970140http://lattes.cnpq.br/3246625519590166GALVÃO, Alessandro Nobreinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTese_MovimentoXinguVivo.pdfTese_MovimentoXinguVivo.pdfapplication/pdf7549647http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/1/Tese_MovimentoXinguVivo.pdf9cfd9c0648e923430858c9f0706ac323MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81899http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/5/license.txt9d4d300cff78e8f375d89aab37134138MD55CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54TEXTTese_MovimentoXinguVivo.pdf.txtTese_MovimentoXinguVivo.pdf.txtExtracted texttext/plain465651http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/6/Tese_MovimentoXinguVivo.pdf.txt811d141d0a2c6f70b14e4fb2166ca33bMD562011/112092019-09-10 10:15:33.606oai:repositorio.ufpa.br:2011/11209TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSVVGUEEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgCmUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSAKbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIApkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIApvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUklVRlBBIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyAKbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIApPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUklVRlBBIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232019-09-10T13:15:33Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte
title Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte
spellingShingle Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte
GALVÃO, Alessandro Nobre
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
Discursos - Movimentos sociais
Resistência
Movimentos sociais - Amazônia
Usinas hidrelétricas - Aspectos sociais
Análise do discurso narrativo
ANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAIS
ESTUDOS LINGUÍSTICOS
title_short Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte
title_full Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte
title_fullStr Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte
title_full_unstemmed Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte
title_sort Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte
author GALVÃO, Alessandro Nobre
author_facet GALVÃO, Alessandro Nobre
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv PESSOA, Fátima Cristina da Costa
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4011084861970140
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3246625519590166
dc.contributor.author.fl_str_mv GALVÃO, Alessandro Nobre
contributor_str_mv PESSOA, Fátima Cristina da Costa
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
Discursos - Movimentos sociais
Resistência
Movimentos sociais - Amazônia
Usinas hidrelétricas - Aspectos sociais
Análise do discurso narrativo
ANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAIS
ESTUDOS LINGUÍSTICOS
dc.subject.por.fl_str_mv Discursos - Movimentos sociais
Resistência
Movimentos sociais - Amazônia
Usinas hidrelétricas - Aspectos sociais
Análise do discurso narrativo
dc.subject.linhadepesquisa.pt_BR.fl_str_mv ANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAIS
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv ESTUDOS LINGUÍSTICOS
description Este trabalho examina a conjuntura sócio-histórica que propiciou a emergência e a consolidação de um discurso novo na ordem dos discursos sobre a gestão dos recursos naturais na Amazônia brasileira – o discurso de recusa radical ao Complexo Hidrelétrico de Belo Monte (CHBM). Esta conjuntura remonta-se a um conflito iniciado no final dos anos 70 quando o governo brasileiro propõe inventário da bacia hidrográfica do Xingu para avaliar seu potencial hidrelétrico, chegando aos anos 2000 com as mudanças na política econômica do país a partir do fortalecimento do modelo neoliberal e a abertura do governo brasileiro a empresas privadas para a exploração das riquezas naturais. Identificamos o nascimento da resistência de grupos indígenas com destaque para o povo Kayapó, fortalecendo-se mais tarde com a aliança selada entre este e outros segmentos impactados pelo empreendimento Belo Monte, por ocasião do Encontro Xingu Vivo para Sempre ocorrido em 2008. Analisamos, portanto, os fatos históricos que culminaram na emergência e circulação desse discurso, bem como seu fundamento ideológico, as possíveis transformações por ele sofridas ao longo do tempo e os processos discursivos que dele derivam. Fizemos um mergulho descritivo na formação social indígena, buscando compará-la à formação social capitalista o que nos permitiu vislumbrar, baseados nos estudos peucheutianos, que a resistência de que nos ocupamos nasce em um não-lugar sob a égide de outros rituais de interpelação, introduzindo-se no seio das práticas e rituais possíveis na formação social capitalista. Nosso percurso analítico nos mostrou que discurso de recusa radical ao CHBM sofre transformações a partir do advento daquela aliança imaginária que de um ponto de vista discursivo, selou uma aliança não entre sujeitos empíricos, mas entre distintas posições de sujeito e permitiu a invasão de saberes outros para o interior da FD que determina esse discurso. O corpus discursivo desta pesquisa é constituído por materialidades discursivas de natureza semiótica diferenciada e adotamos como procedimento de construção desse corpus a noção de recorte proposta por Orlandi (1984), bem como a de sequência discursiva proposta por Courtine (2014) e os procedimentos da análise seguiram a abordagem triangular proposta por Lagazzi (2005).
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-03-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-05-27T15:57:56Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-05-23
2019-05-27T15:57:56Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv GALVÃO, Alessandro Nobre Galvão. Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte. Orientadora: Fátima Cristina da Costa Pessoa. 2018. 214 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2018. Programa de Pós-Graduação em Letras. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11209 . Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11209
identifier_str_mv GALVÃO, Alessandro Nobre Galvão. Movimento Xingu vivo para sempre: da fundação à consolidação do discurso de recusa radical ao complexo hidrelétrico de Belo Monte. Orientadora: Fátima Cristina da Costa Pessoa. 2018. 214 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2018. Programa de Pós-Graduação em Letras. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11209 . Acesso em:.
url http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11209
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Letras e Comunicação
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.pt_BR.fl_str_mv 1 CD-ROM
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/1/Tese_MovimentoXinguVivo.pdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/5/license.txt
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/2/license_url
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/3/license_text
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/4/license_rdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11209/6/Tese_MovimentoXinguVivo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 9cfd9c0648e923430858c9f0706ac323
9d4d300cff78e8f375d89aab37134138
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
811d141d0a2c6f70b14e4fb2166ca33b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1797788515799400448