O diálogo entre cortes no STF sobre direitos humanos: um diagnóstico para a crítica decolonial
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Direito
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31646 |
Resumo: | Na última década, o Judiciário, sobretudo o Supremo Tribunal Federal, tem ganhado destaque no papel de promotor dos direitos humanos. Em paralelo, nota-se a presença cada vez maior dos precedentes estrangeiros nas decisões do Tribunal. Nesse sentido, a hipótese da dissertação é a preleção à jurisprudência das Cortes Constitucionais da Europa e dos Estados Unidos, em detrimentos das latino-americanas. Essa preferência perpetuaria a colonialidade do saber e do poder, pois manteria a natureza eurocêntrica desses direitos, construída na modernidade europeia e imposta pelo colonialismo ao Brasil. Para entender as consequências da perpetuação dessa ideologia (europeia), são explanados alguns dos malefícios oriundos da concepção de universalidade, principal característica do ideário em questão. Remete-se ao âmbito da religião, da política e da economia. No que tange à colonialidade do saber e do poder, tem-se o pensamento decolonial como resposta. Para compreendê-lo, discorre-se sobre o mito racional do homem moderno europeu como centro e ideal do mundo e legitimador do conhecimento válido. Esse é, pois, o objeto da crítica dos teóricos alinhados ao citado pensamento. Por fim, passa-se para a análise quantitativa e qualitativa dos acórdãos do STF nos quais foram utilizados precedentes estrangeiros. O objetivo é verificar a hipótese, para se concluir se a mais alta instância do Judiciário brasileiro mantém, ou não, uma postura colonial. Se for confirmada, os dados passam a servir de argumento favorável à crítica decolonial; caso seja negada, pode-se deduzir um posicionamento menos eurocêntrico e mais recepetivo aos conhecimentos produzidos nos tribunais da América Latina. |
id |
UFPE_2127fe4d7ec5de8d1e39be36e466de75 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/31646 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
|
spelling |
ANDRADE, Arthur Albuquerque dehttp://lattes.cnpq.br/6364774726869087http://lattes.cnpq.br/3719496592232660TEIXEIRA, João Paulo Fernandes de Souza Allain2019-08-07T19:01:34Z2019-08-07T19:01:34Z2018-02-19https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31646Na última década, o Judiciário, sobretudo o Supremo Tribunal Federal, tem ganhado destaque no papel de promotor dos direitos humanos. Em paralelo, nota-se a presença cada vez maior dos precedentes estrangeiros nas decisões do Tribunal. Nesse sentido, a hipótese da dissertação é a preleção à jurisprudência das Cortes Constitucionais da Europa e dos Estados Unidos, em detrimentos das latino-americanas. Essa preferência perpetuaria a colonialidade do saber e do poder, pois manteria a natureza eurocêntrica desses direitos, construída na modernidade europeia e imposta pelo colonialismo ao Brasil. Para entender as consequências da perpetuação dessa ideologia (europeia), são explanados alguns dos malefícios oriundos da concepção de universalidade, principal característica do ideário em questão. Remete-se ao âmbito da religião, da política e da economia. No que tange à colonialidade do saber e do poder, tem-se o pensamento decolonial como resposta. Para compreendê-lo, discorre-se sobre o mito racional do homem moderno europeu como centro e ideal do mundo e legitimador do conhecimento válido. Esse é, pois, o objeto da crítica dos teóricos alinhados ao citado pensamento. Por fim, passa-se para a análise quantitativa e qualitativa dos acórdãos do STF nos quais foram utilizados precedentes estrangeiros. O objetivo é verificar a hipótese, para se concluir se a mais alta instância do Judiciário brasileiro mantém, ou não, uma postura colonial. Se for confirmada, os dados passam a servir de argumento favorável à crítica decolonial; caso seja negada, pode-se deduzir um posicionamento menos eurocêntrico e mais recepetivo aos conhecimentos produzidos nos tribunais da América Latina.CAPESEn la última década, el Poder Judicial, sobre todo el Supremo Tribunal Federal, ha destacado en el papel de promotor de los derechos humanos. En paralelo, se observa la presencia cada vez mayor de los precedentes extranjeros en las decisiones del Tribunal. En ese sentido, la hipótesis de la disertación es la prelección a la jurisprudencia de las Cortes Constitucionales de Europa y de los Estados Unidos, en detrimento de las latinoamericanas. Esta preferencia perpetuaría la colonialidad del saber y del poder, pues mantendría la naturaleza eurocéntrica de esos derechos, construida en la modernidad europea e impuesta por el colonialismo a Brasil. Para entender las consecuencias de la perpetuación de esa ideología (europea), se explican algunos de los maleficios oriundos de la concepción de universalidad, principal característica del ideario en cuestión. Se remite al ámbito de la religión, de la política, de la economía y hasta de la enseñanza jurídica. En lo que se refiere a la colonialidad del saber y del poder, se tiene el pensamiento decolonial como respuesta. Para comprenderlo, se discurre sobre el mito racional del hombre moderno europeo como centro e ideal del mundo y legitimador del conocimiento válido. Este es, pues, el objeto de la crítica de los teóricos alineados al citado pensamiento. Por último, se pasa al análisis cuantitativo y cualitativo de las sentencias del STF en las que se utilizaron precedentes extranjeros. El objetivo es verificar la hipótesis, para concluir si la más alta instancia del Poder Judicial brasileño mantiene, o no, una postura colonial. Si se confirma, los datos pasan a servir de argumento favorable a la crítica decolonial; si se niega, se puede deducir un posicionamiento menos eurocéntrico y más recetario a los conocimientos producidos en los tribunales de América Latina.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em DireitoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDireito HumanosUniversalismoTribunais constitucionaisBrasilSupremo Tribunal FederalTratadosColonizaçãoDescolonizaçãoJuízes – DecisõesDireito Internacional PúblicoO diálogo entre cortes no STF sobre direitos humanos: um diagnóstico para a crítica decolonialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Arthur Albuquerque de Andrade.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Arthur Albuquerque de Andrade.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1285https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31646/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Arthur%20Albuquerque%20de%20Andrade.pdf.jpgdd19acf9f2b31b1b302003e8ae236a28MD56ORIGINALDISSERTAÇÃO Arthur Albuquerque de Andrade.pdfDISSERTAÇÃO Arthur Albuquerque de Andrade.pdfapplication/pdf2395439https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31646/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Arthur%20Albuquerque%20de%20Andrade.pdf4c0967bd479dad5f0578f71da2663bb4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31646/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31646/4/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD54TEXTDISSERTAÇÃO Arthur Albuquerque de Andrade.pdf.txtDISSERTAÇÃO Arthur Albuquerque de Andrade.pdf.txtExtracted texttext/plain534818https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31646/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Arthur%20Albuquerque%20de%20Andrade.pdf.txtdef458858915c2ea9f1a2edd6b3a84feMD55123456789/316462019-10-25 13:12:43.603oai:repositorio.ufpe.br:123456789/31646TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T16:12:43Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O diálogo entre cortes no STF sobre direitos humanos: um diagnóstico para a crítica decolonial |
title |
O diálogo entre cortes no STF sobre direitos humanos: um diagnóstico para a crítica decolonial |
spellingShingle |
O diálogo entre cortes no STF sobre direitos humanos: um diagnóstico para a crítica decolonial ANDRADE, Arthur Albuquerque de Direito Humanos Universalismo Tribunais constitucionais Brasil Supremo Tribunal Federal Tratados Colonização Descolonização Juízes – Decisões Direito Internacional Público |
title_short |
O diálogo entre cortes no STF sobre direitos humanos: um diagnóstico para a crítica decolonial |
title_full |
O diálogo entre cortes no STF sobre direitos humanos: um diagnóstico para a crítica decolonial |
title_fullStr |
O diálogo entre cortes no STF sobre direitos humanos: um diagnóstico para a crítica decolonial |
title_full_unstemmed |
O diálogo entre cortes no STF sobre direitos humanos: um diagnóstico para a crítica decolonial |
title_sort |
O diálogo entre cortes no STF sobre direitos humanos: um diagnóstico para a crítica decolonial |
author |
ANDRADE, Arthur Albuquerque de |
author_facet |
ANDRADE, Arthur Albuquerque de |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6364774726869087 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3719496592232660 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
ANDRADE, Arthur Albuquerque de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
TEIXEIRA, João Paulo Fernandes de Souza Allain |
contributor_str_mv |
TEIXEIRA, João Paulo Fernandes de Souza Allain |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Direito Humanos Universalismo Tribunais constitucionais Brasil Supremo Tribunal Federal Tratados Colonização Descolonização Juízes – Decisões Direito Internacional Público |
topic |
Direito Humanos Universalismo Tribunais constitucionais Brasil Supremo Tribunal Federal Tratados Colonização Descolonização Juízes – Decisões Direito Internacional Público |
description |
Na última década, o Judiciário, sobretudo o Supremo Tribunal Federal, tem ganhado destaque no papel de promotor dos direitos humanos. Em paralelo, nota-se a presença cada vez maior dos precedentes estrangeiros nas decisões do Tribunal. Nesse sentido, a hipótese da dissertação é a preleção à jurisprudência das Cortes Constitucionais da Europa e dos Estados Unidos, em detrimentos das latino-americanas. Essa preferência perpetuaria a colonialidade do saber e do poder, pois manteria a natureza eurocêntrica desses direitos, construída na modernidade europeia e imposta pelo colonialismo ao Brasil. Para entender as consequências da perpetuação dessa ideologia (europeia), são explanados alguns dos malefícios oriundos da concepção de universalidade, principal característica do ideário em questão. Remete-se ao âmbito da religião, da política e da economia. No que tange à colonialidade do saber e do poder, tem-se o pensamento decolonial como resposta. Para compreendê-lo, discorre-se sobre o mito racional do homem moderno europeu como centro e ideal do mundo e legitimador do conhecimento válido. Esse é, pois, o objeto da crítica dos teóricos alinhados ao citado pensamento. Por fim, passa-se para a análise quantitativa e qualitativa dos acórdãos do STF nos quais foram utilizados precedentes estrangeiros. O objetivo é verificar a hipótese, para se concluir se a mais alta instância do Judiciário brasileiro mantém, ou não, uma postura colonial. Se for confirmada, os dados passam a servir de argumento favorável à crítica decolonial; caso seja negada, pode-se deduzir um posicionamento menos eurocêntrico e mais recepetivo aos conhecimentos produzidos nos tribunais da América Latina. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-02-19 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-07T19:01:34Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-07T19:01:34Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31646 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31646 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Direito |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31646/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Arthur%20Albuquerque%20de%20Andrade.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31646/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Arthur%20Albuquerque%20de%20Andrade.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31646/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31646/4/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31646/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Arthur%20Albuquerque%20de%20Andrade.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
dd19acf9f2b31b1b302003e8ae236a28 4c0967bd479dad5f0578f71da2663bb4 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 def458858915c2ea9f1a2edd6b3a84fe |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1793516108791152640 |