“Pelos sentimentos de caridade que vos animam” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife : controle e repressão aos mendigos (1840-1876)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MORAIS, Grasiela Florêncio de
Orientador(a): ROSAS, Suzana Cavani
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Historia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51100
Resumo: Este trabalho tem como objeto, o estudo do controle empreendido sobre a mendicância na cidade do Recife, entre os anos de 1840 e 1876. As percepções sobre a mendicidade e sobre os mendigos foram se modificando e propiciando novas estratégias para o seu controle, à medida que se alteravam as concepções sobre a cidade e sobre o universo do trabalho. Caridade, assistência e filantropia foram algumas das expressões que fizeram parte do vocabulário no trato da população tida como “desvalida da humanidade”. Para além dos seus significados, no Recife, a partir dos anos de 1830, projetos de gestão da indigência urbana foram sendo delineados pelas autoridades locais para conter a população enquadrada como mendicante. Portanto, o objetivo da presente tese foi analisar como o processo de institucionalização da caridade pública ofertada pelo Estado serviu para concentrar, encarcerar e condicionar ao mundo do trabalho sujeitos enquadrados como mendicantes. Para esse fim criou-se o Asilo de Mendicidade do Recife, o qual foi estabelecido, em 1859, primeiramente numa das enfermarias do Hospital Pedro II (onde funcionou entre os anos de 1860 e 1870) e depois foi transferido para um edifício comprado (que serviu de 1870 a 1876), localizado nos arrabaldes do Recife, especificamente, no bairro de Santo Amaro das Salinas. Em nosso ofício detetivesco, debruçamo-nos sobre documentos diversos, de impressos a manuscritos, com o intento de compreender as fases e o funcionamento do Asilo de Mendicidade, que foi modificada de instituição criada para “ensaio” ou “experimento”, foi pretendida a servir como nosocômio, casa de correção e casa de trabalho. A trajetória dessa instituição se confunde com a história da cidade do Recife, bem como está entrelaçada à história de muitos indivíduos que na condição de internos viveram de “portas adentro” do Asilo de Mendicidade. Por fim, nas linhas desse trabalho, tecemos a história dessa instituição e dos seus asilados, os quais reunidos num mesmo espaço foram sendo destituídos do seu “eu” que havia “portas afora” para outro “eu” que deveria servir de “portas adentro”.
id UFPE_5b1f7a1cd518c0f75baf45ab8d233a3e
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/51100
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str
spelling MORAIS, Grasiela Florêncio dehttp://lattes.cnpq.br/8145787676897513http://lattes.cnpq.br/4894986338471882ROSAS, Suzana Cavani2023-06-16T13:16:36Z2023-06-16T13:16:36Z2022-02-21MORAIS, Grasiela Florêncio de. “Pelos sentimentos de caridade que vos anima” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife: controle e repressão aos mendigos (1840-1876). 2022. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51100Este trabalho tem como objeto, o estudo do controle empreendido sobre a mendicância na cidade do Recife, entre os anos de 1840 e 1876. As percepções sobre a mendicidade e sobre os mendigos foram se modificando e propiciando novas estratégias para o seu controle, à medida que se alteravam as concepções sobre a cidade e sobre o universo do trabalho. Caridade, assistência e filantropia foram algumas das expressões que fizeram parte do vocabulário no trato da população tida como “desvalida da humanidade”. Para além dos seus significados, no Recife, a partir dos anos de 1830, projetos de gestão da indigência urbana foram sendo delineados pelas autoridades locais para conter a população enquadrada como mendicante. Portanto, o objetivo da presente tese foi analisar como o processo de institucionalização da caridade pública ofertada pelo Estado serviu para concentrar, encarcerar e condicionar ao mundo do trabalho sujeitos enquadrados como mendicantes. Para esse fim criou-se o Asilo de Mendicidade do Recife, o qual foi estabelecido, em 1859, primeiramente numa das enfermarias do Hospital Pedro II (onde funcionou entre os anos de 1860 e 1870) e depois foi transferido para um edifício comprado (que serviu de 1870 a 1876), localizado nos arrabaldes do Recife, especificamente, no bairro de Santo Amaro das Salinas. Em nosso ofício detetivesco, debruçamo-nos sobre documentos diversos, de impressos a manuscritos, com o intento de compreender as fases e o funcionamento do Asilo de Mendicidade, que foi modificada de instituição criada para “ensaio” ou “experimento”, foi pretendida a servir como nosocômio, casa de correção e casa de trabalho. A trajetória dessa instituição se confunde com a história da cidade do Recife, bem como está entrelaçada à história de muitos indivíduos que na condição de internos viveram de “portas adentro” do Asilo de Mendicidade. Por fim, nas linhas desse trabalho, tecemos a história dessa instituição e dos seus asilados, os quais reunidos num mesmo espaço foram sendo destituídos do seu “eu” que havia “portas afora” para outro “eu” que deveria servir de “portas adentro”.CAPESThe object of this work is the study of the control undertaken over begging in the city of Recife, between 1840 and 1876. Perceptions about begging and beggars were changing and providing new strategies for its control, as that the conceptions about the city and about the universe of work were altered. Charity, assistance and philanthropy were some of the expressions that were part of the vocabulary in dealing with the population considered “underprivileged of humanity”. In addition to their meanings, in Recife, from the 1830s onwards, projects for the management of urban indigence were designed by local authorities to contain the population classified as mendicant. Therefore, the objective of the present thesis was to analyze how the process of institutionalization of public charity offered by the State served to concentrate, imprison and condition subjects classified as mendicants to the world of work. For this purpose, the Asilo de Mendicidade do Recife was created, which was established, in 1859, first in one of the wards of the Pedro II Hospital (where it operated between the years 1860 and 1870) and later was transferred to a purchased building (which served from 1870 to 1876), located on the outskirts of Recife, specifically in the neighborhood of Santo Amaro das Salinas. In our detective work, we focus on different documents, from printed to manuscripts, with the intention of understanding the phases and functioning of the Asylum for Mendicity, which was changed from an institution created to an "essay" or "experiment", it was intended to serve as a nosocomium, house of correction and house of work. The trajectory of this institution is intertwined with the history of the city of Recife, as well as it is intertwined with the history of many individuals who, as inmates, lived “inside” the Asilo de Mendicidade. Finally, along the lines of this work, we weave the history of this institution and its asylum seekers.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em HistoriaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessRecife - HistóriaMendigosMendicânciaAsilo de Mendicidade do Recife - Séc. XIX“Pelos sentimentos de caridade que vos animam” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife : controle e repressão aos mendigos (1840-1876)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Grasiela Florêncio de Morais.pdfTESE Grasiela Florêncio de Morais.pdfapplication/pdf2666746https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51100/1/TESE%20Grasiela%20Flor%c3%aancio%20de%20Morais.pdfc6a34a927e82379fb98f68a65a6f98c4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51100/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51100/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52TEXTTESE Grasiela Florêncio de Morais.pdf.txtTESE Grasiela Florêncio de Morais.pdf.txtExtracted texttext/plain531629https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51100/4/TESE%20Grasiela%20Flor%c3%aancio%20de%20Morais.pdf.txt70768294f0e578de54fc53bfd7ace623MD54THUMBNAILTESE Grasiela Florêncio de Morais.pdf.jpgTESE Grasiela Florêncio de Morais.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1228https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51100/5/TESE%20Grasiela%20Flor%c3%aancio%20de%20Morais.pdf.jpgee15a5ddd8a895784210359e5b59eec3MD55123456789/511002023-06-17 02:53:50.531oai:repositorio.ufpe.br:123456789/51100VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-06-17T05:53:50Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv “Pelos sentimentos de caridade que vos animam” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife : controle e repressão aos mendigos (1840-1876)
title “Pelos sentimentos de caridade que vos animam” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife : controle e repressão aos mendigos (1840-1876)
spellingShingle “Pelos sentimentos de caridade que vos animam” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife : controle e repressão aos mendigos (1840-1876)
MORAIS, Grasiela Florêncio de
Recife - História
Mendigos
Mendicância
Asilo de Mendicidade do Recife - Séc. XIX
title_short “Pelos sentimentos de caridade que vos animam” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife : controle e repressão aos mendigos (1840-1876)
title_full “Pelos sentimentos de caridade que vos animam” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife : controle e repressão aos mendigos (1840-1876)
title_fullStr “Pelos sentimentos de caridade que vos animam” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife : controle e repressão aos mendigos (1840-1876)
title_full_unstemmed “Pelos sentimentos de caridade que vos animam” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife : controle e repressão aos mendigos (1840-1876)
title_sort “Pelos sentimentos de caridade que vos animam” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife : controle e repressão aos mendigos (1840-1876)
author MORAIS, Grasiela Florêncio de
author_facet MORAIS, Grasiela Florêncio de
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8145787676897513
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4894986338471882
dc.contributor.author.fl_str_mv MORAIS, Grasiela Florêncio de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv ROSAS, Suzana Cavani
contributor_str_mv ROSAS, Suzana Cavani
dc.subject.por.fl_str_mv Recife - História
Mendigos
Mendicância
Asilo de Mendicidade do Recife - Séc. XIX
topic Recife - História
Mendigos
Mendicância
Asilo de Mendicidade do Recife - Séc. XIX
description Este trabalho tem como objeto, o estudo do controle empreendido sobre a mendicância na cidade do Recife, entre os anos de 1840 e 1876. As percepções sobre a mendicidade e sobre os mendigos foram se modificando e propiciando novas estratégias para o seu controle, à medida que se alteravam as concepções sobre a cidade e sobre o universo do trabalho. Caridade, assistência e filantropia foram algumas das expressões que fizeram parte do vocabulário no trato da população tida como “desvalida da humanidade”. Para além dos seus significados, no Recife, a partir dos anos de 1830, projetos de gestão da indigência urbana foram sendo delineados pelas autoridades locais para conter a população enquadrada como mendicante. Portanto, o objetivo da presente tese foi analisar como o processo de institucionalização da caridade pública ofertada pelo Estado serviu para concentrar, encarcerar e condicionar ao mundo do trabalho sujeitos enquadrados como mendicantes. Para esse fim criou-se o Asilo de Mendicidade do Recife, o qual foi estabelecido, em 1859, primeiramente numa das enfermarias do Hospital Pedro II (onde funcionou entre os anos de 1860 e 1870) e depois foi transferido para um edifício comprado (que serviu de 1870 a 1876), localizado nos arrabaldes do Recife, especificamente, no bairro de Santo Amaro das Salinas. Em nosso ofício detetivesco, debruçamo-nos sobre documentos diversos, de impressos a manuscritos, com o intento de compreender as fases e o funcionamento do Asilo de Mendicidade, que foi modificada de instituição criada para “ensaio” ou “experimento”, foi pretendida a servir como nosocômio, casa de correção e casa de trabalho. A trajetória dessa instituição se confunde com a história da cidade do Recife, bem como está entrelaçada à história de muitos indivíduos que na condição de internos viveram de “portas adentro” do Asilo de Mendicidade. Por fim, nas linhas desse trabalho, tecemos a história dessa instituição e dos seus asilados, os quais reunidos num mesmo espaço foram sendo destituídos do seu “eu” que havia “portas afora” para outro “eu” que deveria servir de “portas adentro”.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-02-21
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-06-16T13:16:36Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-06-16T13:16:36Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MORAIS, Grasiela Florêncio de. “Pelos sentimentos de caridade que vos anima” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife: controle e repressão aos mendigos (1840-1876). 2022. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51100
identifier_str_mv MORAIS, Grasiela Florêncio de. “Pelos sentimentos de caridade que vos anima” estabelecemos o Asilo de Mendicidade do Recife: controle e repressão aos mendigos (1840-1876). 2022. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51100
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Historia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51100/1/TESE%20Grasiela%20Flor%c3%aancio%20de%20Morais.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51100/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51100/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51100/4/TESE%20Grasiela%20Flor%c3%aancio%20de%20Morais.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51100/5/TESE%20Grasiela%20Flor%c3%aancio%20de%20Morais.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv c6a34a927e82379fb98f68a65a6f98c4
5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
70768294f0e578de54fc53bfd7ace623
ee15a5ddd8a895784210359e5b59eec3
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1793516144187932672