Sociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: FRANÇA, Márcio Abreu de
Orientador(a): RALTON JUNIOR, José Luiz de Amorim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16930
Resumo: A Tese trata da especificidade da violência urbana brasileira contemporânea a partir da obra de Luiz Antonio Machado da Silva. Com a noção de sociabilidade violenta, Machado da Silva busca apreender uma dimensão qualitativa da criminalidade contemporânea, marcada pela emergência do uso autonomizado da violência, e, por isso, sem a necessidade de justificação. Na primeira parte deste trabalho, apresentamos a contribuição de Machado da Silva e tomamos a sociabilidade violenta como forma desregulada de emprego da violência, o que indicaria seu caráter de novidade em relação ao panorama da criminalidade urbana. Na segunda parte, o foco recai sobre o contraponto teórico da “tese” de Machado da Silva, a saber, o estudo de formas teoricamente possíveis de regulação de uso da violência. Essa estratégia leva à composição de um tipo de conduta relacionada ao processo de pacificação social, compondo um importante contraponto à ideia de sociabilidade violenta. Ao mesmo tempo, pensando especificamente a sociedade brasileira, buscou-se relacionar formas específicas de regulação da violência que, ao contrário de outras, não resultariam na pacificação social. Na terceira parte, tentou-se aprofundar a relação possível entre as distintas formas de regulação do uso da violência para estabelecermos uma hipótese explicativa para a emergência da sociabilidade violenta como “forma de vida” singular na contemporaneidade brasileira, apoiado nos pressupostos metodológicos da Sociologia da Ação. Ao mesmo tempo, tentamos relacionar explicativamente alguns mecanismos sociais possivelmente atuantes no caso brasileiro para que se estabeleça um encadeamento causal de diversos fatores, cuja resultante, no que se refere à questão da criminalidade urbana, é a sociabilidade violenta. Concluindo o trabalho, busca-se defender que há indícios teóricos de que o uso desregulado da violência, consoante a uma mudança de percepção social sobre a violência urbana, pode ser relacionado a um desenvolvimento singular do uso legítimo da violência para fins privados.
id UFPE_91bee7367b6219718853fc57a9fd75f1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/16930
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str
spelling FRANÇA, Márcio Abreu deRALTON JUNIOR, José Luiz de Amorim2016-05-13T18:10:29Z2016-05-13T18:10:29Z2015-08-06https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16930A Tese trata da especificidade da violência urbana brasileira contemporânea a partir da obra de Luiz Antonio Machado da Silva. Com a noção de sociabilidade violenta, Machado da Silva busca apreender uma dimensão qualitativa da criminalidade contemporânea, marcada pela emergência do uso autonomizado da violência, e, por isso, sem a necessidade de justificação. Na primeira parte deste trabalho, apresentamos a contribuição de Machado da Silva e tomamos a sociabilidade violenta como forma desregulada de emprego da violência, o que indicaria seu caráter de novidade em relação ao panorama da criminalidade urbana. Na segunda parte, o foco recai sobre o contraponto teórico da “tese” de Machado da Silva, a saber, o estudo de formas teoricamente possíveis de regulação de uso da violência. Essa estratégia leva à composição de um tipo de conduta relacionada ao processo de pacificação social, compondo um importante contraponto à ideia de sociabilidade violenta. Ao mesmo tempo, pensando especificamente a sociedade brasileira, buscou-se relacionar formas específicas de regulação da violência que, ao contrário de outras, não resultariam na pacificação social. Na terceira parte, tentou-se aprofundar a relação possível entre as distintas formas de regulação do uso da violência para estabelecermos uma hipótese explicativa para a emergência da sociabilidade violenta como “forma de vida” singular na contemporaneidade brasileira, apoiado nos pressupostos metodológicos da Sociologia da Ação. Ao mesmo tempo, tentamos relacionar explicativamente alguns mecanismos sociais possivelmente atuantes no caso brasileiro para que se estabeleça um encadeamento causal de diversos fatores, cuja resultante, no que se refere à questão da criminalidade urbana, é a sociabilidade violenta. Concluindo o trabalho, busca-se defender que há indícios teóricos de que o uso desregulado da violência, consoante a uma mudança de percepção social sobre a violência urbana, pode ser relacionado a um desenvolvimento singular do uso legítimo da violência para fins privados.CAPESThis Thesis addresses the specificity of contemporary Brazilian urban violence from the works of Luiz Antonio Machado da Silva. With the notion of violent sociability, Machado da Silva aims to apprehend a qualitative dimension of contemporary violence, marked by the emergence of the autonomic use of violence, and, therefore, without the need for justification. In the first part of this work, we present the contribution made by Machado da Silva and take the violent sociability as an unregulated form for the use of violence, which would indicate its novelty quality regarding the overview of urban criminality. In the second part, the focus falls on the theoretical counterpoint of Machado da Silva's "thesis", namely the study of theoretically possible forms of regulating the use of violence. This strategy leads to the composition of a type of conduct related to the process of social pacification, creating an important counterpoint to the idea of violent sociability. At the same time, thinking specifically of Brazilian society, we aimed to relate specific forms of regulation of violence that, unlike others, would not result in social pacification. In the third part, we tried to deepen the possible relation between the distinct forms of regulating the use of violence to establish an explanatory hypothesis for the emergence of violent sociability as a singular "way of life" in Brazilian contemporaneity, supported on the methodological tenets from the Sociology of Action. At the same time, we tried to relate explanatorily some social mechanisms possibly active in the Brazilian case in order to establish a causal concatenation of diverse factors, whose result, regarding the issue of urban criminality, is the violent sociability. In conclusion, we aim to advocate that there are theoretical indications that the unregulated use of violence, alongside a change in social perception about urban violence, can be related to a singular development in the legitimate use of violence for private ends.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em SociologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSociabilidade violentaRegulação da ViolênciaViolência UrbanaLuiz Antonio Machado da Silva. BrasilSociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE - 0 final_depósito_BC_MarcioAbreu (Versão digital).pdf.jpgTESE - 0 final_depósito_BC_MarcioAbreu (Versão digital).pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16930/5/TESE%20-%200%20final_dep%c3%b3sito_BC_MarcioAbreu%20%28Vers%c3%a3o%20digital%29.pdf.jpgc32dd4b58beab0f30a7710c6ce5d7f81MD55ORIGINALTESE - 0 final_depósito_BC_MarcioAbreu (Versão digital).pdfTESE - 0 final_depósito_BC_MarcioAbreu (Versão digital).pdfapplication/pdf2112020https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16930/1/TESE%20-%200%20final_dep%c3%b3sito_BC_MarcioAbreu%20%28Vers%c3%a3o%20digital%29.pdf687f2d0fa08ff9a5fc2b84d3e4ec08a3MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16930/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16930/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE - 0 final_depósito_BC_MarcioAbreu (Versão digital).pdf.txtTESE - 0 final_depósito_BC_MarcioAbreu (Versão digital).pdf.txtExtracted texttext/plain729025https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16930/4/TESE%20-%200%20final_dep%c3%b3sito_BC_MarcioAbreu%20%28Vers%c3%a3o%20digital%29.pdf.txt5d503263c9d32477dee4b791b55533a2MD54123456789/169302019-10-25 19:07:32.813oai:repositorio.ufpe.br:123456789/16930TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T22:07:32Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Sociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileira
title Sociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileira
spellingShingle Sociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileira
FRANÇA, Márcio Abreu de
Sociabilidade violenta
Regulação da Violência
Violência Urbana
Luiz Antonio Machado da Silva. Brasil
title_short Sociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileira
title_full Sociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileira
title_fullStr Sociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileira
title_full_unstemmed Sociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileira
title_sort Sociabilidade violenta e regulação da violência no Brasil estudo sobre a especificidade da violência urbana brasileira
author FRANÇA, Márcio Abreu de
author_facet FRANÇA, Márcio Abreu de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv FRANÇA, Márcio Abreu de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv RALTON JUNIOR, José Luiz de Amorim
contributor_str_mv RALTON JUNIOR, José Luiz de Amorim
dc.subject.por.fl_str_mv Sociabilidade violenta
Regulação da Violência
Violência Urbana
Luiz Antonio Machado da Silva. Brasil
topic Sociabilidade violenta
Regulação da Violência
Violência Urbana
Luiz Antonio Machado da Silva. Brasil
description A Tese trata da especificidade da violência urbana brasileira contemporânea a partir da obra de Luiz Antonio Machado da Silva. Com a noção de sociabilidade violenta, Machado da Silva busca apreender uma dimensão qualitativa da criminalidade contemporânea, marcada pela emergência do uso autonomizado da violência, e, por isso, sem a necessidade de justificação. Na primeira parte deste trabalho, apresentamos a contribuição de Machado da Silva e tomamos a sociabilidade violenta como forma desregulada de emprego da violência, o que indicaria seu caráter de novidade em relação ao panorama da criminalidade urbana. Na segunda parte, o foco recai sobre o contraponto teórico da “tese” de Machado da Silva, a saber, o estudo de formas teoricamente possíveis de regulação de uso da violência. Essa estratégia leva à composição de um tipo de conduta relacionada ao processo de pacificação social, compondo um importante contraponto à ideia de sociabilidade violenta. Ao mesmo tempo, pensando especificamente a sociedade brasileira, buscou-se relacionar formas específicas de regulação da violência que, ao contrário de outras, não resultariam na pacificação social. Na terceira parte, tentou-se aprofundar a relação possível entre as distintas formas de regulação do uso da violência para estabelecermos uma hipótese explicativa para a emergência da sociabilidade violenta como “forma de vida” singular na contemporaneidade brasileira, apoiado nos pressupostos metodológicos da Sociologia da Ação. Ao mesmo tempo, tentamos relacionar explicativamente alguns mecanismos sociais possivelmente atuantes no caso brasileiro para que se estabeleça um encadeamento causal de diversos fatores, cuja resultante, no que se refere à questão da criminalidade urbana, é a sociabilidade violenta. Concluindo o trabalho, busca-se defender que há indícios teóricos de que o uso desregulado da violência, consoante a uma mudança de percepção social sobre a violência urbana, pode ser relacionado a um desenvolvimento singular do uso legítimo da violência para fins privados.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-08-06
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-05-13T18:10:29Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-05-13T18:10:29Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16930
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16930
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Sociologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16930/5/TESE%20-%200%20final_dep%c3%b3sito_BC_MarcioAbreu%20%28Vers%c3%a3o%20digital%29.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16930/1/TESE%20-%200%20final_dep%c3%b3sito_BC_MarcioAbreu%20%28Vers%c3%a3o%20digital%29.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16930/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16930/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16930/4/TESE%20-%200%20final_dep%c3%b3sito_BC_MarcioAbreu%20%28Vers%c3%a3o%20digital%29.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c32dd4b58beab0f30a7710c6ce5d7f81
687f2d0fa08ff9a5fc2b84d3e4ec08a3
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
5d503263c9d32477dee4b791b55533a2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1797782291390398464