As identidades dos sujeitos leitores da EJA: análise da coleção viver, aprender
Ano de defesa: | 2014 |
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Universidade Federal de Pernambuco
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13024 |
Resumo: | A pesquisa empreendida tem como objetivo investigar as identidades dos sujeitos leitores da Educação de Jovens e Adultos (EJA) pressupostas, ou que se querem construídas pelos autores/editores dos livros didáticos de português (doravante LDP) de a coleção Viver, Aprender. Pressupúnhamos que a toda obra subjaz um leitor imaginário e as marcas deixadas no impresso pelos responsáveis por sua produção podiam nos conduzir para a descoberta das identidades desses leitores. Assim, tomamos por base o que nos revelaram os pesquisadores que, para a reconstituição da história sobre as práticas de leitura, recorreram, entre os vários elementos, às páginas do impresso, aos elementos textuais, gráficos, tomando-os como vestígios para subentender o público leitor desejado, além de trazer um protocolo de leitura. Assim, ao analisarmos LDP, buscamos os indícios deixados pelos autores/editores que pudessem nos conduzir na identificação das identidades dos seus sujeitos leitores. Desse modo, verificamos quais foram os textos/gêneros oferecidos para as práticas de leitura, e a que esfera de produção/circulação eles pertenciam e sobre as quais incidiam as atividades de leitura, também foco de análises. Acreditávamos que as atividades propostas e o material textual oferecido para leitura ensejavam modos de ler, modelo de ensino da aprendizagem da leitura, que podiam contribuir para a construção das identidades dos sujeitos leitores de EJA. Entrevistamos os autores dos LDP analisados, por entendermos que, enquanto mercadoria, o LD se submete às regras impostas pelo mercado consumidor e, neste sentido, procuramos saber com quais limites eles precisaram lidar. Entrevistamos também os alunos de EJA com o objetivo conhecê-los e saber o que pensavam dos LDP. O resultado de nossa pesquisa nos fez constatar que, quanto à configuração da obra, não houve, por parte, da maioria desses sujeitos, críticas negativas. No entanto, quanto aos autores, apesar de fazerem menção de que esse aspecto fora da responsabilidade dos editores, alguns detalhes da configuração só puderam ser conhecidos após a impressão da coleção. Quanto às limitações com as quais precisaram lidar, eles destacaram a escolha de determinados textos, por conta das questões dos direitos autorais e o limite de páginas. No que se refere ao material textual, a coleção contempla os textos de diversas esferas de produção/circulação, embora recaia uma ênfase sobre os de cunho literário, e é sobre eles que incidem a maior parte das atividades de leitura/compreensão textual, o que parece justificar a proliferação de textos didáticos, marcados por uma abordagem caracterizada pela explicitação de conteúdos relacionados aos aspectos gramaticais e/ou da natureza composicional do gênero, em que se destaca a recorrência aos textos que explicitam/e ou analisam um dos textos sobre os quais incidiam as atividades de leitura/compreensão textual. Ensejava-se, assim, um modelo de leitura que apontava para a necessidade de um aporte teórico que pudesse auxiliar os sujeitos leitores na realização dessas atividades, mas que, ao mesmo tempo, parece ter contribuído para que os alunos sentissem a necessidade de recorrerem à mediação da professora para resolvê-las. Nesta perspectiva, fomos levados a refletir se esse modelo de leitura proposto apontava para a formação/construção de identidades autônomas e críticas. E a despeito dessas considerações, entendemos que à coleção subjazem, além das marcas editoriais, as marcas da subjetividade dos autores enquanto leitores e professores, as quais nos pareceram sinalizar para a necessidade de um olhar mais atento para as singularidades/identidades que distinguem o público de EJA. |
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SANTOS, Sulanita Bandeira da CruzFERREIRA, Andréa Tereza Brito2015-04-13T13:39:23Z2015-04-13T13:39:23Z2014-04-30https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13024A pesquisa empreendida tem como objetivo investigar as identidades dos sujeitos leitores da Educação de Jovens e Adultos (EJA) pressupostas, ou que se querem construídas pelos autores/editores dos livros didáticos de português (doravante LDP) de a coleção Viver, Aprender. Pressupúnhamos que a toda obra subjaz um leitor imaginário e as marcas deixadas no impresso pelos responsáveis por sua produção podiam nos conduzir para a descoberta das identidades desses leitores. Assim, tomamos por base o que nos revelaram os pesquisadores que, para a reconstituição da história sobre as práticas de leitura, recorreram, entre os vários elementos, às páginas do impresso, aos elementos textuais, gráficos, tomando-os como vestígios para subentender o público leitor desejado, além de trazer um protocolo de leitura. Assim, ao analisarmos LDP, buscamos os indícios deixados pelos autores/editores que pudessem nos conduzir na identificação das identidades dos seus sujeitos leitores. Desse modo, verificamos quais foram os textos/gêneros oferecidos para as práticas de leitura, e a que esfera de produção/circulação eles pertenciam e sobre as quais incidiam as atividades de leitura, também foco de análises. Acreditávamos que as atividades propostas e o material textual oferecido para leitura ensejavam modos de ler, modelo de ensino da aprendizagem da leitura, que podiam contribuir para a construção das identidades dos sujeitos leitores de EJA. Entrevistamos os autores dos LDP analisados, por entendermos que, enquanto mercadoria, o LD se submete às regras impostas pelo mercado consumidor e, neste sentido, procuramos saber com quais limites eles precisaram lidar. Entrevistamos também os alunos de EJA com o objetivo conhecê-los e saber o que pensavam dos LDP. 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No que se refere ao material textual, a coleção contempla os textos de diversas esferas de produção/circulação, embora recaia uma ênfase sobre os de cunho literário, e é sobre eles que incidem a maior parte das atividades de leitura/compreensão textual, o que parece justificar a proliferação de textos didáticos, marcados por uma abordagem caracterizada pela explicitação de conteúdos relacionados aos aspectos gramaticais e/ou da natureza composicional do gênero, em que se destaca a recorrência aos textos que explicitam/e ou analisam um dos textos sobre os quais incidiam as atividades de leitura/compreensão textual. Ensejava-se, assim, um modelo de leitura que apontava para a necessidade de um aporte teórico que pudesse auxiliar os sujeitos leitores na realização dessas atividades, mas que, ao mesmo tempo, parece ter contribuído para que os alunos sentissem a necessidade de recorrerem à mediação da professora para resolvê-las. 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