De perto e de dentro : diálogos entre o indivíduo-encarcerado e o espaço arquitetônico penitenciário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Flávia Cordeiro de Lima, Suzann
Orientador(a): Rogério de Lemos Meira, Luciano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8031
Resumo: Desenvolvendo atividades o homem espacializa suas intenções dando-lhes forma física e criando lugares significativos. Assim é que as formas sociais, através das espacializações, relacionam-se com as formas físicas, criando lugares, os quais, por sua vez, influenciam as espacializações. Se estas espacializações criam lugares, são também por eles influenciadas, pois as formas físicas expressas pela arquitetura e as formas sociais expressas pelos eventos, interagem. A abordagem histórica-cultural de Vygotsky corrobora com a idéia de um sujeito que produz sentidos enquanto atravessado por ambientes interativos, responsivos e participativos, num processo permanentemente dinâmico de relação sujeito-ambiente. Nos cenários interacionais onde a vida se desenrola, construir em arquitetura deve significar, igualmente, buscar uma compreensão das relações entre fatores como o dimensionamento dos ambientes e a possibilidade de regulação da privacidade, ou ainda a relação entre a organização de tarefas cotidianas e a ordenação dos elementos arquitetônicos que as viabilizam. Assim, cada componente arquitetônico desempenha um papel singular em sua articulação com outros elementos e com a vida das pessoas para quem a arquitetura se oferece como linguagem e instrumento e, portanto, cada edificação revela-se como obra única no sentido das conexões que realiza entre os indivíduos que a habitam e o meio condição para sua existência como arquitetura. Os espaços construídos são muito mais que proteção às intempéries do ambiente natural; eles são ―testemunhos das formas de organização social e dos valores de cada época, os quais não apenas refletem, mas incorporam à sua própria forma de expressão‖ (Leon apud Silva 1994, p.p.49), tornando-se uma manifestação típica de uma determinada coletividade, ou seja, um produto cultural. Enquanto produto cultural, o espaço é constituído a partir de práticas sociais concretas que indicam a possibilidade de um fazer compartilhado e significativo. De fato, o espaço construído é lugar do sujeito, feito por indivíduos, para indivíduos. As análises sobre as articulações de sentido acerca do espaço possibilitam, então, a compreensão de como este foi estruturado, como os indivíduos organizam sua sociedade e como a concepção e usos que se fazem do espaço sofre mudanças, tendo em vista que um ―autor‖ o constrói para um ―usuário‖ que recria o espaço a partir de seus próprios processos de produção de sentidos. A descrição do espaço penitenciário, com suas particularidades, em virtude de seu caráter impositivo, vem contribuir para a compreensão da necessária articulação multidisciplinar, entre arquitetura e psicologia, no intuito de compreender como o espaço construído, e particularmente o espaço penitenciário, interfere na contínua construção do sujeito. Esta pesquisa vem buscar na psicologia elementos que permitam, aos arquitetos, conhecer os fenômenos decorrentes da relação homem-espaço. Pretende conhecer não só os comportamentos do indivíduo frente ao espaço construído, mas, sobretudo, como o indivíduo se apropria do espaço, modifica-o e se constrói enquanto sujeito, inserido num processo dinâmico de transformações mútuas no espaço e no sujeito, aspecto não contemplado pela Psicologia ambiental
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A abordagem histórica-cultural de Vygotsky corrobora com a idéia de um sujeito que produz sentidos enquanto atravessado por ambientes interativos, responsivos e participativos, num processo permanentemente dinâmico de relação sujeito-ambiente. Nos cenários interacionais onde a vida se desenrola, construir em arquitetura deve significar, igualmente, buscar uma compreensão das relações entre fatores como o dimensionamento dos ambientes e a possibilidade de regulação da privacidade, ou ainda a relação entre a organização de tarefas cotidianas e a ordenação dos elementos arquitetônicos que as viabilizam. Assim, cada componente arquitetônico desempenha um papel singular em sua articulação com outros elementos e com a vida das pessoas para quem a arquitetura se oferece como linguagem e instrumento e, portanto, cada edificação revela-se como obra única no sentido das conexões que realiza entre os indivíduos que a habitam e o meio condição para sua existência como arquitetura. Os espaços construídos são muito mais que proteção às intempéries do ambiente natural; eles são ―testemunhos das formas de organização social e dos valores de cada época, os quais não apenas refletem, mas incorporam à sua própria forma de expressão‖ (Leon apud Silva 1994, p.p.49), tornando-se uma manifestação típica de uma determinada coletividade, ou seja, um produto cultural. Enquanto produto cultural, o espaço é constituído a partir de práticas sociais concretas que indicam a possibilidade de um fazer compartilhado e significativo. De fato, o espaço construído é lugar do sujeito, feito por indivíduos, para indivíduos. As análises sobre as articulações de sentido acerca do espaço possibilitam, então, a compreensão de como este foi estruturado, como os indivíduos organizam sua sociedade e como a concepção e usos que se fazem do espaço sofre mudanças, tendo em vista que um ―autor‖ o constrói para um ―usuário‖ que recria o espaço a partir de seus próprios processos de produção de sentidos. A descrição do espaço penitenciário, com suas particularidades, em virtude de seu caráter impositivo, vem contribuir para a compreensão da necessária articulação multidisciplinar, entre arquitetura e psicologia, no intuito de compreender como o espaço construído, e particularmente o espaço penitenciário, interfere na contínua construção do sujeito. Esta pesquisa vem buscar na psicologia elementos que permitam, aos arquitetos, conhecer os fenômenos decorrentes da relação homem-espaço. 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