Sistematização com declividade variada como ferramenta para diversificação de sistemas produtivos em terras baixas

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Bueno, Marcos Valle
• Orientador(a): Faria, Lessandro Coll
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos
• Departamento: Centro de Desenvolvimento Tecnológico
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Várzea; Suavização; Arroz; Soja; Irrigação; Manejo de água; Wetlands; Land leveling; Rice; Soybean; Irrigation; Water management
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA::RECURSOS HIDRICOS
• Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8554

Em uma área experimental pertencente ao Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA-Uruguai) foi realizado a implantação de lavouras de arroz e soja em área com e sem sistematização com declividade variada visando irrigação (DVI). Para medir o efeito da DVI na produtividade de arroz foi feito um estudo comparativo das safras de arroz de dois anos 2018-2019 e 2019-2020 em um campo comercial (12 há) no Uruguai. Esta foi a primeira vez que o DVI foi implementado neste país. Para alcançar a alternativa DVI foi determinado um movimento de solo de 104 m3 ha-1. A profundidade de corte foi em média de 0,03 metros, com corte máximo de 0,16 metros. O comprimento total e o número de taipas de arroz foram reduzidos em 14% e 28%, respectivamente, em comparação com o campo Controle adjacente que não foi realizado o DVI. Nesta mesma área foi avaliado o efeito do DVI em algumas propriedades físicas e químicas do solo. Os resultados mostraram que os valores médios de argila, Corg, PH, Ca, Mg e P aumentaram e silte, areia, K, Na diminuíram após DVI. A principal propriedade do solo afetada pelo corte e aterro foi a matéria orgânica. A produtividade apresentou uma redução significativa nas zonas de corte, mas com um aumento nas zonas de aterro. Em geral o sistema DVI não apresentou grandes alterações nas propriedades do solo. Para medir o efeito da DVI na produtividade de soja foi comparado os rendimentos de soja entre um campo classificado com precisão DVI e o de um campo tradicional (controle). Para isso, foi feito um estudo comparativo das safras de soja 2018-2019 e 2019-2020 em um campo comercial (10 há) no Uruguai. Para alcançar a alternativa DVI com irrigação por camalhões foi determinado um movimento de solo de 108 m3 ha-1. A profundidade de corte foi em média de 0,02 metros, com corte máximo de 0,08 metros. A variabilidade da produtividade foi verificada a partir da condutividade elétrica aparente do solo em 0,30 m (ECa30), isso porque o Eca30 teve uma correlação positiva muito forte com o teor de sódio do solo (Na), que é um elemento que reduz a produtividade da cultura. Para ambos os anos do estudo, houve diferenças (P<0,05) nos rendimentos médios de grãos em campo entre os tratamentos DVI e Controle, embora os aumentos de rendimento e os decréscimos de rendimento estivessem frequentemente associados a zonas de alta ECa30. O Sistema DVI em zona com baixa concentração de Na apresentou até 35% a mais que o tratamento Controle.