A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Dutra, André Luís Fernandes
Orientador(a): Schio, Sônia Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8770
Resumo: A presente dissertação aborda o problema do emprego do contrato social como metáfora da constituição dos corpos políticos, mediante proposição de uma leitura crítica das teorias contratualistas, realizada a partir do pensamento de Hannah Arendt. Parte-se de descrição sumária da Modernidade e da Ciência Moderna, conforme acepção arendtiana, assim como, de uma análise do instituto jurídico do “contrato”, a partir da teoria do direito, da legislação positiva e de alguma doutrina jurídica. São apresentadas as formulações contratualistas de Thomas Hobbes (1588-1679), de John Locke (1632-1704) e de Jean-Jacques ousseau (1712-1778), em seus aspectos mais relevantes, para, a partir delas, destacar as dificuldades inerentes a tais formulações, no que concerne à brigatoriedade de cumprimento do contrato original, e, desse modo, ao emprego do contrato como fundamento da autoridade do corpo político. Discorre-se brevemente sobre a questão do acaso, da contingência e da necessidade na leitura do passado (no intuito de ressaltar e refletir sobre as dificuldades que se apresentam ao “olhar retrospectivo”), assim como, acerca das esferas privada e público-política, segundo Arendt as concebe, a partir da antiguidade grega, mas também romana. Explicita-se então que, na Modernidade, o contrato é deslocado da esfera privada, para a esfera pública, com isso gerando a esfera social, o que, segundo Arendt, por um lado explicita a ruptura havida entre a vida ativa (lócus dos assuntos humanos) e a vida contemplativa (locus da reflexão filosófica), no âmbito da Tradição do Pensamento Ocidental, e por outro, implica o esvaziamento da política, então reduzida a mera função do social. Destaca-se também a ruptura com a tradição, compreendida como o “legado do passado” e, com ela, a perda das referências nas quais as pessoas se apoiam em seus juízos e ações. Distingue-se a Sociedade (Civil), equivalente à esfera social, de Corpo Político, que corresponde à esfera público-política, com isso realçando as duas ordens de interações que as pessoas mantêm entre si, no curso de suas existências: vínculos afetivos, econômicos e sociais, de um lado; relações livres (sem vínculos) com pares (iguais) na esfera pública, por isso, políticas por definição, de outro. Examina-se então o juízo estético kantiano relacionando-o à concepção de política de Arendt, de modo a explicitar que o juízo prescinde das referências tradicionais ou ideológicas, quando mobilizados pelas máximas kantianas do pensar por si mesmo, do pensar alargado e sem contradição consigo mesmo. Por fim, são expostas as razões pelas quais sugere-se o Sensus communis, e não o contrato social, como fundamento da Política e dos corpos políticos.
id UFPL_75377dd506f82ff96a55e8cdefcbb358
oai_identifier_str oai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/8770
network_acronym_str UFPL
network_name_str Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
repository_id_str
spelling 2022-11-09T13:08:16Z2022-11-09T13:08:16Z2021-06-16DUTRA, André Luís Fernandes. Life in common: social contract and sensus communis, from Hannah Arendt. 2021, 155p. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8770A presente dissertação aborda o problema do emprego do contrato social como metáfora da constituição dos corpos políticos, mediante proposição de uma leitura crítica das teorias contratualistas, realizada a partir do pensamento de Hannah Arendt. Parte-se de descrição sumária da Modernidade e da Ciência Moderna, conforme acepção arendtiana, assim como, de uma análise do instituto jurídico do “contrato”, a partir da teoria do direito, da legislação positiva e de alguma doutrina jurídica. São apresentadas as formulações contratualistas de Thomas Hobbes (1588-1679), de John Locke (1632-1704) e de Jean-Jacques ousseau (1712-1778), em seus aspectos mais relevantes, para, a partir delas, destacar as dificuldades inerentes a tais formulações, no que concerne à brigatoriedade de cumprimento do contrato original, e, desse modo, ao emprego do contrato como fundamento da autoridade do corpo político. Discorre-se brevemente sobre a questão do acaso, da contingência e da necessidade na leitura do passado (no intuito de ressaltar e refletir sobre as dificuldades que se apresentam ao “olhar retrospectivo”), assim como, acerca das esferas privada e público-política, segundo Arendt as concebe, a partir da antiguidade grega, mas também romana. Explicita-se então que, na Modernidade, o contrato é deslocado da esfera privada, para a esfera pública, com isso gerando a esfera social, o que, segundo Arendt, por um lado explicita a ruptura havida entre a vida ativa (lócus dos assuntos humanos) e a vida contemplativa (locus da reflexão filosófica), no âmbito da Tradição do Pensamento Ocidental, e por outro, implica o esvaziamento da política, então reduzida a mera função do social. Destaca-se também a ruptura com a tradição, compreendida como o “legado do passado” e, com ela, a perda das referências nas quais as pessoas se apoiam em seus juízos e ações. Distingue-se a Sociedade (Civil), equivalente à esfera social, de Corpo Político, que corresponde à esfera público-política, com isso realçando as duas ordens de interações que as pessoas mantêm entre si, no curso de suas existências: vínculos afetivos, econômicos e sociais, de um lado; relações livres (sem vínculos) com pares (iguais) na esfera pública, por isso, políticas por definição, de outro. Examina-se então o juízo estético kantiano relacionando-o à concepção de política de Arendt, de modo a explicitar que o juízo prescinde das referências tradicionais ou ideológicas, quando mobilizados pelas máximas kantianas do pensar por si mesmo, do pensar alargado e sem contradição consigo mesmo. Por fim, são expostas as razões pelas quais sugere-se o Sensus communis, e não o contrato social, como fundamento da Política e dos corpos políticos.This present dissertation addresses the issue concerning the employment of the social contract as metaphor to the constitution of political bodies, through a critical reading of contractarianist theories and out of Hannah Arendt’s thinking. It starts with a summary description of Modernity and Modern Science, according to Arendt’s understanding, as well as an analysis of the legal institute of the “contract”, out of law theory, positive legislation and of legal doctrine. The contractual formulations of Thomas Hobbes (1588-1679), Jonh Locke (1632-1704) and Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) are presented in its more relevant aspects, in order to emphasize the inherent difficulties in such formulations, with regard to the obligation to comply with the original contract and, thus, with the employment of the contract as the grounding of the authority of the political body. The question concerning chance, contingency and necessity in the reading of the past is briefly discussed (in order to highlight and reflect on the difficulties that arise to the “retrospective sight”), as well as the private and public-politic spheres, according to Arendt’s understanding, from Greek antiquity, but also Roman. It is stressed then that, in Modernity, the contract is moved from the private sphere to the public sphere, thereby giving rise to the social sphere, which, according to Arendt, on the one hand, highlights the break between the active life (locus of human affairs) and contemplative life (locus of philosophical thinking), in the context of the Tradition of Western Thought, and on the other, it implies the emptying of politics, then reduced to a mere function of the social. The break in the tradition, understood as the “legacy of the past”, and, with it, the loss of references on which people rely in their judgments and actions, is also stressed. The Society (Civil), equivalent to the social sphere, is distinguished from the Political Body, which corresponds to the public-political sphere, thereby highlighting the two orders of interactions that people maintain with each other, in the course of their existence: affective as well as economic and social bonds, on the one hand; free relationships (without ties) with peers (equals) in the public sphere, therefore, political by definition, on the other. The Kantian aesthetic judgment is then examined, relating it to Arendt's conception of politics, in order to clarify that the judgment prescinds from traditional or ideological references, when mobilized by the Kantian maxims of thinking for oneself, of thinking extended and without contradiction with itself. Finally, the reasons why the Sensus communis is prescribed, and not the social contract, as the foundation of Politics and political bodies.Sem bolsaporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFPelBrasilInstituto de Filosofia, Sociologia e PolíticaCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAFilosofia políticaContratualismoSensuns communisHannah ArendtPolitical philosophyContractualismSensuns communisHannah ArendtA vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah ArendtThe life in common: social contract and sensus communis, from Hannah Arendtinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/9817750460981306http://lattes.cnpq.br/5614697219000826Schio, Sônia MariaDutra, André Luís Fernandesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdf.txtAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain484255http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/6/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt3bacbcf0253ff4e8f16ef2e95aa98cd7MD56open accessTHUMBNAILAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdf.jpgAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1340http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/7/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpg4103c4bf0a25507962acf8d46d87dc21MD57open accessORIGINALAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdfAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdfapplication/pdf1291391http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/1/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf377c241ec807c8d7b896526e83f5ab98MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-843http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/2/license_url321f3992dd3875151d8801b773ab32edMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55open accessprefix/87702023-07-18 09:04:11.474open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/8770TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-18T12:04:11Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv The life in common: social contract and sensus communis, from Hannah Arendt
title A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt
spellingShingle A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt
Dutra, André Luís Fernandes
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Filosofia política
Contratualismo
Sensuns communis
Hannah Arendt
Political philosophy
Contractualism
Sensuns communis
Hannah Arendt
title_short A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt
title_full A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt
title_fullStr A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt
title_full_unstemmed A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt
title_sort A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt
author Dutra, André Luís Fernandes
author_facet Dutra, André Luís Fernandes
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9817750460981306
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5614697219000826
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Schio, Sônia Maria
dc.contributor.author.fl_str_mv Dutra, André Luís Fernandes
contributor_str_mv Schio, Sônia Maria
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Filosofia política
Contratualismo
Sensuns communis
Hannah Arendt
Political philosophy
Contractualism
Sensuns communis
Hannah Arendt
dc.subject.por.fl_str_mv Filosofia política
Contratualismo
Sensuns communis
Hannah Arendt
Political philosophy
Contractualism
Sensuns communis
Hannah Arendt
description A presente dissertação aborda o problema do emprego do contrato social como metáfora da constituição dos corpos políticos, mediante proposição de uma leitura crítica das teorias contratualistas, realizada a partir do pensamento de Hannah Arendt. Parte-se de descrição sumária da Modernidade e da Ciência Moderna, conforme acepção arendtiana, assim como, de uma análise do instituto jurídico do “contrato”, a partir da teoria do direito, da legislação positiva e de alguma doutrina jurídica. São apresentadas as formulações contratualistas de Thomas Hobbes (1588-1679), de John Locke (1632-1704) e de Jean-Jacques ousseau (1712-1778), em seus aspectos mais relevantes, para, a partir delas, destacar as dificuldades inerentes a tais formulações, no que concerne à brigatoriedade de cumprimento do contrato original, e, desse modo, ao emprego do contrato como fundamento da autoridade do corpo político. Discorre-se brevemente sobre a questão do acaso, da contingência e da necessidade na leitura do passado (no intuito de ressaltar e refletir sobre as dificuldades que se apresentam ao “olhar retrospectivo”), assim como, acerca das esferas privada e público-política, segundo Arendt as concebe, a partir da antiguidade grega, mas também romana. Explicita-se então que, na Modernidade, o contrato é deslocado da esfera privada, para a esfera pública, com isso gerando a esfera social, o que, segundo Arendt, por um lado explicita a ruptura havida entre a vida ativa (lócus dos assuntos humanos) e a vida contemplativa (locus da reflexão filosófica), no âmbito da Tradição do Pensamento Ocidental, e por outro, implica o esvaziamento da política, então reduzida a mera função do social. Destaca-se também a ruptura com a tradição, compreendida como o “legado do passado” e, com ela, a perda das referências nas quais as pessoas se apoiam em seus juízos e ações. Distingue-se a Sociedade (Civil), equivalente à esfera social, de Corpo Político, que corresponde à esfera público-política, com isso realçando as duas ordens de interações que as pessoas mantêm entre si, no curso de suas existências: vínculos afetivos, econômicos e sociais, de um lado; relações livres (sem vínculos) com pares (iguais) na esfera pública, por isso, políticas por definição, de outro. Examina-se então o juízo estético kantiano relacionando-o à concepção de política de Arendt, de modo a explicitar que o juízo prescinde das referências tradicionais ou ideológicas, quando mobilizados pelas máximas kantianas do pensar por si mesmo, do pensar alargado e sem contradição consigo mesmo. Por fim, são expostas as razões pelas quais sugere-se o Sensus communis, e não o contrato social, como fundamento da Política e dos corpos políticos.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-06-16
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-11-09T13:08:16Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-11-09T13:08:16Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv DUTRA, André Luís Fernandes. Life in common: social contract and sensus communis, from Hannah Arendt. 2021, 155p. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8770
identifier_str_mv DUTRA, André Luís Fernandes. Life in common: social contract and sensus communis, from Hannah Arendt. 2021, 155p. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021.
url http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8770
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Filosofia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPel
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron:UFPEL
instname_str Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron_str UFPEL
institution UFPEL
reponame_str Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
collection Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
bitstream.url.fl_str_mv http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/6/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/7/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpg
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/1/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/2/license_url
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/3/license_text
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/4/license_rdf
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/5/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 3bacbcf0253ff4e8f16ef2e95aa98cd7
4103c4bf0a25507962acf8d46d87dc21
377c241ec807c8d7b896526e83f5ab98
321f3992dd3875151d8801b773ab32ed
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
repository.mail.fl_str_mv rippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.br
_version_ 1797769990824263680