A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
|
Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8770 |
Resumo: | A presente dissertação aborda o problema do emprego do contrato social como metáfora da constituição dos corpos políticos, mediante proposição de uma leitura crítica das teorias contratualistas, realizada a partir do pensamento de Hannah Arendt. Parte-se de descrição sumária da Modernidade e da Ciência Moderna, conforme acepção arendtiana, assim como, de uma análise do instituto jurídico do “contrato”, a partir da teoria do direito, da legislação positiva e de alguma doutrina jurídica. São apresentadas as formulações contratualistas de Thomas Hobbes (1588-1679), de John Locke (1632-1704) e de Jean-Jacques ousseau (1712-1778), em seus aspectos mais relevantes, para, a partir delas, destacar as dificuldades inerentes a tais formulações, no que concerne à brigatoriedade de cumprimento do contrato original, e, desse modo, ao emprego do contrato como fundamento da autoridade do corpo político. Discorre-se brevemente sobre a questão do acaso, da contingência e da necessidade na leitura do passado (no intuito de ressaltar e refletir sobre as dificuldades que se apresentam ao “olhar retrospectivo”), assim como, acerca das esferas privada e público-política, segundo Arendt as concebe, a partir da antiguidade grega, mas também romana. Explicita-se então que, na Modernidade, o contrato é deslocado da esfera privada, para a esfera pública, com isso gerando a esfera social, o que, segundo Arendt, por um lado explicita a ruptura havida entre a vida ativa (lócus dos assuntos humanos) e a vida contemplativa (locus da reflexão filosófica), no âmbito da Tradição do Pensamento Ocidental, e por outro, implica o esvaziamento da política, então reduzida a mera função do social. Destaca-se também a ruptura com a tradição, compreendida como o “legado do passado” e, com ela, a perda das referências nas quais as pessoas se apoiam em seus juízos e ações. Distingue-se a Sociedade (Civil), equivalente à esfera social, de Corpo Político, que corresponde à esfera público-política, com isso realçando as duas ordens de interações que as pessoas mantêm entre si, no curso de suas existências: vínculos afetivos, econômicos e sociais, de um lado; relações livres (sem vínculos) com pares (iguais) na esfera pública, por isso, políticas por definição, de outro. Examina-se então o juízo estético kantiano relacionando-o à concepção de política de Arendt, de modo a explicitar que o juízo prescinde das referências tradicionais ou ideológicas, quando mobilizados pelas máximas kantianas do pensar por si mesmo, do pensar alargado e sem contradição consigo mesmo. Por fim, são expostas as razões pelas quais sugere-se o Sensus communis, e não o contrato social, como fundamento da Política e dos corpos políticos. |
id |
UFPL_75377dd506f82ff96a55e8cdefcbb358 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/8770 |
network_acronym_str |
UFPL |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
repository_id_str |
|
spelling |
2022-11-09T13:08:16Z2022-11-09T13:08:16Z2021-06-16DUTRA, André Luís Fernandes. Life in common: social contract and sensus communis, from Hannah Arendt. 2021, 155p. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8770A presente dissertação aborda o problema do emprego do contrato social como metáfora da constituição dos corpos políticos, mediante proposição de uma leitura crítica das teorias contratualistas, realizada a partir do pensamento de Hannah Arendt. Parte-se de descrição sumária da Modernidade e da Ciência Moderna, conforme acepção arendtiana, assim como, de uma análise do instituto jurídico do “contrato”, a partir da teoria do direito, da legislação positiva e de alguma doutrina jurídica. São apresentadas as formulações contratualistas de Thomas Hobbes (1588-1679), de John Locke (1632-1704) e de Jean-Jacques ousseau (1712-1778), em seus aspectos mais relevantes, para, a partir delas, destacar as dificuldades inerentes a tais formulações, no que concerne à brigatoriedade de cumprimento do contrato original, e, desse modo, ao emprego do contrato como fundamento da autoridade do corpo político. Discorre-se brevemente sobre a questão do acaso, da contingência e da necessidade na leitura do passado (no intuito de ressaltar e refletir sobre as dificuldades que se apresentam ao “olhar retrospectivo”), assim como, acerca das esferas privada e público-política, segundo Arendt as concebe, a partir da antiguidade grega, mas também romana. Explicita-se então que, na Modernidade, o contrato é deslocado da esfera privada, para a esfera pública, com isso gerando a esfera social, o que, segundo Arendt, por um lado explicita a ruptura havida entre a vida ativa (lócus dos assuntos humanos) e a vida contemplativa (locus da reflexão filosófica), no âmbito da Tradição do Pensamento Ocidental, e por outro, implica o esvaziamento da política, então reduzida a mera função do social. Destaca-se também a ruptura com a tradição, compreendida como o “legado do passado” e, com ela, a perda das referências nas quais as pessoas se apoiam em seus juízos e ações. Distingue-se a Sociedade (Civil), equivalente à esfera social, de Corpo Político, que corresponde à esfera público-política, com isso realçando as duas ordens de interações que as pessoas mantêm entre si, no curso de suas existências: vínculos afetivos, econômicos e sociais, de um lado; relações livres (sem vínculos) com pares (iguais) na esfera pública, por isso, políticas por definição, de outro. Examina-se então o juízo estético kantiano relacionando-o à concepção de política de Arendt, de modo a explicitar que o juízo prescinde das referências tradicionais ou ideológicas, quando mobilizados pelas máximas kantianas do pensar por si mesmo, do pensar alargado e sem contradição consigo mesmo. Por fim, são expostas as razões pelas quais sugere-se o Sensus communis, e não o contrato social, como fundamento da Política e dos corpos políticos.This present dissertation addresses the issue concerning the employment of the social contract as metaphor to the constitution of political bodies, through a critical reading of contractarianist theories and out of Hannah Arendt’s thinking. It starts with a summary description of Modernity and Modern Science, according to Arendt’s understanding, as well as an analysis of the legal institute of the “contract”, out of law theory, positive legislation and of legal doctrine. The contractual formulations of Thomas Hobbes (1588-1679), Jonh Locke (1632-1704) and Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) are presented in its more relevant aspects, in order to emphasize the inherent difficulties in such formulations, with regard to the obligation to comply with the original contract and, thus, with the employment of the contract as the grounding of the authority of the political body. The question concerning chance, contingency and necessity in the reading of the past is briefly discussed (in order to highlight and reflect on the difficulties that arise to the “retrospective sight”), as well as the private and public-politic spheres, according to Arendt’s understanding, from Greek antiquity, but also Roman. It is stressed then that, in Modernity, the contract is moved from the private sphere to the public sphere, thereby giving rise to the social sphere, which, according to Arendt, on the one hand, highlights the break between the active life (locus of human affairs) and contemplative life (locus of philosophical thinking), in the context of the Tradition of Western Thought, and on the other, it implies the emptying of politics, then reduced to a mere function of the social. The break in the tradition, understood as the “legacy of the past”, and, with it, the loss of references on which people rely in their judgments and actions, is also stressed. The Society (Civil), equivalent to the social sphere, is distinguished from the Political Body, which corresponds to the public-political sphere, thereby highlighting the two orders of interactions that people maintain with each other, in the course of their existence: affective as well as economic and social bonds, on the one hand; free relationships (without ties) with peers (equals) in the public sphere, therefore, political by definition, on the other. The Kantian aesthetic judgment is then examined, relating it to Arendt's conception of politics, in order to clarify that the judgment prescinds from traditional or ideological references, when mobilized by the Kantian maxims of thinking for oneself, of thinking extended and without contradiction with itself. Finally, the reasons why the Sensus communis is prescribed, and not the social contract, as the foundation of Politics and political bodies.Sem bolsaporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFPelBrasilInstituto de Filosofia, Sociologia e PolíticaCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAFilosofia políticaContratualismoSensuns communisHannah ArendtPolitical philosophyContractualismSensuns communisHannah ArendtA vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah ArendtThe life in common: social contract and sensus communis, from Hannah Arendtinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/9817750460981306http://lattes.cnpq.br/5614697219000826Schio, Sônia MariaDutra, André Luís Fernandesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdf.txtAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain484255http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/6/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt3bacbcf0253ff4e8f16ef2e95aa98cd7MD56open accessTHUMBNAILAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdf.jpgAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1340http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/7/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpg4103c4bf0a25507962acf8d46d87dc21MD57open accessORIGINALAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdfAndré_Luís_Fernandes_Dutra_Dissertação.pdfapplication/pdf1291391http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/1/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf377c241ec807c8d7b896526e83f5ab98MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-843http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/2/license_url321f3992dd3875151d8801b773ab32edMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55open accessprefix/87702023-07-18 09:04:11.474open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/8770TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-18T12:04:11Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
The life in common: social contract and sensus communis, from Hannah Arendt |
title |
A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt |
spellingShingle |
A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt Dutra, André Luís Fernandes CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA Filosofia política Contratualismo Sensuns communis Hannah Arendt Political philosophy Contractualism Sensuns communis Hannah Arendt |
title_short |
A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt |
title_full |
A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt |
title_fullStr |
A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt |
title_full_unstemmed |
A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt |
title_sort |
A vida em comum: contrato social e sensus communis, a partir de Hannah Arendt |
author |
Dutra, André Luís Fernandes |
author_facet |
Dutra, André Luís Fernandes |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9817750460981306 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5614697219000826 |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Schio, Sônia Maria |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dutra, André Luís Fernandes |
contributor_str_mv |
Schio, Sônia Maria |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA Filosofia política Contratualismo Sensuns communis Hannah Arendt Political philosophy Contractualism Sensuns communis Hannah Arendt |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Filosofia política Contratualismo Sensuns communis Hannah Arendt Political philosophy Contractualism Sensuns communis Hannah Arendt |
description |
A presente dissertação aborda o problema do emprego do contrato social como metáfora da constituição dos corpos políticos, mediante proposição de uma leitura crítica das teorias contratualistas, realizada a partir do pensamento de Hannah Arendt. Parte-se de descrição sumária da Modernidade e da Ciência Moderna, conforme acepção arendtiana, assim como, de uma análise do instituto jurídico do “contrato”, a partir da teoria do direito, da legislação positiva e de alguma doutrina jurídica. São apresentadas as formulações contratualistas de Thomas Hobbes (1588-1679), de John Locke (1632-1704) e de Jean-Jacques ousseau (1712-1778), em seus aspectos mais relevantes, para, a partir delas, destacar as dificuldades inerentes a tais formulações, no que concerne à brigatoriedade de cumprimento do contrato original, e, desse modo, ao emprego do contrato como fundamento da autoridade do corpo político. Discorre-se brevemente sobre a questão do acaso, da contingência e da necessidade na leitura do passado (no intuito de ressaltar e refletir sobre as dificuldades que se apresentam ao “olhar retrospectivo”), assim como, acerca das esferas privada e público-política, segundo Arendt as concebe, a partir da antiguidade grega, mas também romana. Explicita-se então que, na Modernidade, o contrato é deslocado da esfera privada, para a esfera pública, com isso gerando a esfera social, o que, segundo Arendt, por um lado explicita a ruptura havida entre a vida ativa (lócus dos assuntos humanos) e a vida contemplativa (locus da reflexão filosófica), no âmbito da Tradição do Pensamento Ocidental, e por outro, implica o esvaziamento da política, então reduzida a mera função do social. Destaca-se também a ruptura com a tradição, compreendida como o “legado do passado” e, com ela, a perda das referências nas quais as pessoas se apoiam em seus juízos e ações. Distingue-se a Sociedade (Civil), equivalente à esfera social, de Corpo Político, que corresponde à esfera público-política, com isso realçando as duas ordens de interações que as pessoas mantêm entre si, no curso de suas existências: vínculos afetivos, econômicos e sociais, de um lado; relações livres (sem vínculos) com pares (iguais) na esfera pública, por isso, políticas por definição, de outro. Examina-se então o juízo estético kantiano relacionando-o à concepção de política de Arendt, de modo a explicitar que o juízo prescinde das referências tradicionais ou ideológicas, quando mobilizados pelas máximas kantianas do pensar por si mesmo, do pensar alargado e sem contradição consigo mesmo. Por fim, são expostas as razões pelas quais sugere-se o Sensus communis, e não o contrato social, como fundamento da Política e dos corpos políticos. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-06-16 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-11-09T13:08:16Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-11-09T13:08:16Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
DUTRA, André Luís Fernandes. Life in common: social contract and sensus communis, from Hannah Arendt. 2021, 155p. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8770 |
identifier_str_mv |
DUTRA, André Luís Fernandes. Life in common: social contract and sensus communis, from Hannah Arendt. 2021, 155p. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021. |
url |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8770 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pelotas |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPel |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Política |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pelotas |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) instacron:UFPEL |
instname_str |
Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) |
instacron_str |
UFPEL |
institution |
UFPEL |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
collection |
Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/6/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/7/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpg http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/1/Andr%c3%a9_Lu%c3%ads_Fernandes_Dutra_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/2/license_url http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/3/license_text http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/4/license_rdf http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8770/5/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
3bacbcf0253ff4e8f16ef2e95aa98cd7 4103c4bf0a25507962acf8d46d87dc21 377c241ec807c8d7b896526e83f5ab98 321f3992dd3875151d8801b773ab32ed d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e 43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) |
repository.mail.fl_str_mv |
rippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.br |
_version_ |
1797769990824263680 |