Inventar a si mesmo: a apropriação do modelo da empresa por microempreendedores individuais em estados extremos do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Avila, Helena Peres de
Orientador(a): Niz, Pedro Alcides Robertt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9099
Resumo: Esta dissertação foi construída a partir da perspectiva teórica desenvolvida por Michel Foucault, em Nascimento da Biopolítica. O neoliberalismo americano desenvolvido nos anos de 1940 e aplicado efetivamente a partir de 1970, propõe uma governamentalidade a qual exerce por meio de ferramentas jurídicas e políticas certas formas de conduzir os sujeitos. No modelo neoliberal, promove-se a generalização da concorrência por toda a sociedade, enquanto a esfera do Estado é compreendida como a instância que tem por função operar ativamente a construção e a manutenção da ordem do mercado. Nesse sentido, o enquadramento do Microempreendedor Individual é entendido nesta pesquisa como o resultado da disseminação das políticas neoliberais pensadas para estimular os mecanismos concorrenciais e aumentar a produtividade e o desempenho das empresas. Logo, o homo economicus é considerado como um modelo subjetivo que deve funcionar em acordo com o modelo neoliberal da empresa. Na concepção do neoliberalismo, o sujeito precisa maximizar o seu capital humano para conseguir atender às demandas do mercado, estar apto para lidar com os riscos da esfera econômica, e ser funcional e útil para a governamentalidade neoliberal. Como contrapartida, a instância do mercado oferece a possibilidade desses sujeitos terem mais liberdade e autonomia para empreender. Entretanto, é exigido que a figura do empreendedor de si aumente constantemente suas habilidades, e tome para si as responsabilidades de sua vida profissional. Sendo assim, objetivou-se compreender nesta pesquisa, por meio da técnica de entrevista semiestruturada, de que maneira o modelo da empresa é apropriado pela categoria de pessoa jurídica denominada Microempreendedor Individual, em Estados extremos do Brasil. De maneira geral, a pesquisa constatou que a apropriação do modelo da empresa pelos microempreendedores individuais constitui um processo instável e provisório, tendo em vista que a empresa é entendida como o lugar da adaptação permanente. Junto com isso, o modelo da empresa também é valorizado como um espaço onde é possível obter autonomia e sucesso profissional, em uma busca constante por uma “versão de si” que supere as “versões de si” anteriores.
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spelling 2023-02-24T02:49:47Z2023-02-24T02:49:47Z2022-10-14AVILA, Helena Peres de. Inventar a si mesmo: a apropriação do modelo da empresa por microempreendedores individuais em estados extremos do Brasil. 2022. 129 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Instituto de Filosofia, Sociologia e Política, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2022.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9099Esta dissertação foi construída a partir da perspectiva teórica desenvolvida por Michel Foucault, em Nascimento da Biopolítica. O neoliberalismo americano desenvolvido nos anos de 1940 e aplicado efetivamente a partir de 1970, propõe uma governamentalidade a qual exerce por meio de ferramentas jurídicas e políticas certas formas de conduzir os sujeitos. No modelo neoliberal, promove-se a generalização da concorrência por toda a sociedade, enquanto a esfera do Estado é compreendida como a instância que tem por função operar ativamente a construção e a manutenção da ordem do mercado. Nesse sentido, o enquadramento do Microempreendedor Individual é entendido nesta pesquisa como o resultado da disseminação das políticas neoliberais pensadas para estimular os mecanismos concorrenciais e aumentar a produtividade e o desempenho das empresas. Logo, o homo economicus é considerado como um modelo subjetivo que deve funcionar em acordo com o modelo neoliberal da empresa. Na concepção do neoliberalismo, o sujeito precisa maximizar o seu capital humano para conseguir atender às demandas do mercado, estar apto para lidar com os riscos da esfera econômica, e ser funcional e útil para a governamentalidade neoliberal. Como contrapartida, a instância do mercado oferece a possibilidade desses sujeitos terem mais liberdade e autonomia para empreender. Entretanto, é exigido que a figura do empreendedor de si aumente constantemente suas habilidades, e tome para si as responsabilidades de sua vida profissional. Sendo assim, objetivou-se compreender nesta pesquisa, por meio da técnica de entrevista semiestruturada, de que maneira o modelo da empresa é apropriado pela categoria de pessoa jurídica denominada Microempreendedor Individual, em Estados extremos do Brasil. De maneira geral, a pesquisa constatou que a apropriação do modelo da empresa pelos microempreendedores individuais constitui um processo instável e provisório, tendo em vista que a empresa é entendida como o lugar da adaptação permanente. Junto com isso, o modelo da empresa também é valorizado como um espaço onde é possível obter autonomia e sucesso profissional, em uma busca constante por uma “versão de si” que supere as “versões de si” anteriores.This dissertation draws from Michel Foucault’s theoretical groundwork developed in his book Birth of Biopolitics. American neoliberalism was developed initially in the 1940s and implemented effectively since the 1970s. It proposes a form of governmentality that exercises specific ways of leading subjects through legal and political tools. The neoliberal model promotes generalized competition in society while acknowledging the sphere of the State as an instance aimed at constructing and maintaining the market order. In this sense, this research understands the figure of the Individual Microentrepreneur as the result of the dissemination of neoliberal policies designed to stimulate competition mechanisms and increase the productivity and performance of companies. Therefore, the homo economicus is considered a subjective model that works in accordance with the neoliberal model of the company. Under the neoliberal model, the subject needs to constantly maximize human capital to meet the market demands. Simultaneously, the subject must deal with the risks of the economic sphere while remaining functional and utile for neoliberal governmentality. In return, the market instance offers the possibility for these subjects to have more freedom and autonomy to undertake. However, the self-entrepreneur figure is required to increase skills and take on their professional life responsibilities constantly. Therefore, this research aims to understand, through semi-structured interview technique, how the company model is appropriated by the category of the legal entity called Individual Microentrepreneur, in extreme states of Brazil. In general, the research found that the appropriation of the company model by individual micro-entrepreneurs constitutes an unstable and provisional process, considering that the company is understood as the place of permanent adaptation. Along with this, the company model is also appreciated as a space where it is possible to obtain autonomy and professional success, in a constant search for a “version of oneself” that surpasses the previous “versions of oneself”.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em SociologiaUFPelBrasilInstituto de Filosofia, Sociologia e PolíticaCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIANeoliberalismoGovernamentalidadeHomo economicusCapital humanoMicroempreendedor individualNeoliberalismGovernmentalityHomo economicusHuman capitalIndividual microentrepreneurInventar a si mesmo: a apropriação do modelo da empresa por microempreendedores individuais em estados extremos do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/5045906100069788http://lattes.cnpq.br/9769937833285092Niz, Pedro Alcides RoberttAvila, Helena Peres deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTHelena_Peres_de_Avila_Dissertação.pdf.txtHelena_Peres_de_Avila_Dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain301607http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9099/6/Helena_Peres_de_Avila_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt5022e416277f432695942f9d4b23a9b0MD56open accessTHUMBNAILHelena_Peres_de_Avila_Dissertação.pdf.jpgHelena_Peres_de_Avila_Dissertação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1276http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9099/7/Helena_Peres_de_Avila_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpg06acbe73a6374780215f63237de7c825MD57open accessORIGINALHelena_Peres_de_Avila_Dissertação.pdfHelena_Peres_de_Avila_Dissertação.pdfapplication/pdf767173http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9099/1/Helena_Peres_de_Avila_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdfac3fca0fc8f80579ee6a771b5e31fedeMD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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