“É o chão que continua”: a arquitetura em taipa de mão do sertão de Quixadá - Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Maia, Stephane de Sousa e Silva
Orientador(a): Fonseca, Daniele Baltz da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8483
Resumo: A presente pesquisa tem como tema a arquitetura popular, entendida como aquela produzida pelo próprio povo, dentro de diferentes escalas e contextos socioespaciais. Mesmo sendo um tema há muito tempo pesquisado e debatido, ainda são incipientes as tentativas de sua documentação, sistematização e disseminação. Tida como uma arquitetura de menor valor e rotulada muitas vezes como “não arquitetura” é relegada, não fazendo parte da formação dos arquitetos e urbanistas, sendo geralmente associada à pobreza, contribuindo para a marginalização dessas manifestações arquitetônicas. As casas de taipa de mão construídas no contexto do interior do estado do Ceará, passa há anos, por um processo de desvalorização, preconceito, marginalização e consequentemente o desaparecimento, tanto de seus aspectos materiais, através da gradativa substituição técnica da taipa por outras técnicas e materiais construtivos; como imateriais, pela perda dos saberes e fazeres atrelados a elas. Assim a presente pesquisa, de caráter qualitativo, teve como o objetivo de elaborar um inventário que localize, apresente e documente a situação das casas de taipa de mão de áreas rurais do município de Quixadá, no interior do estado do Ceará. Para isso foi necessário identificar e mapear as casas de taipa de mão de áreas rurais do município, descrever suas características morfológicas e registrar e analisar o saber fazer dessa arquitetura através das narrativas dos mestres construtores e moradores. O percurso metodológico se baseou na pesquisa bibliográfica e documental sobre a temática da arquitetura popular e outros temas transversais a ela, como história de formação da cidade de Quixadá e sua divisão espacial, além da apropriação de instrumentos de inventário já consagrados, produzidos pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), porém adaptados às necessidade e realidade local. Para documentar os aspectos materiais, tipológicos e de conservação das casas de taipa de mão, foi utilizado como referência o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG) e para a documentação dos saberes e fazeres construtivos repassados entre as gerações pelos mestres construtores, foi utilizado a metodologia do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). Após a realização da pesquisa de campo e aplicação dos instrumentos de inventário foi possível traçar um panorama atual das casas de taipa de mão de quatro localidades do município de Quixadá/CE, Pote Seco, Vila Nova, Poço Verde e Engano, identificando, mapeando e catalogando aspectos arquitetônicos como implantação, tipologia, conservação, e os saberes e fazeres relacionados à construção das casas de taipa, através de entrevistas semiestruturada com os mestres construtores locais. É possível perceber que o estereotipo de pobreza e insalubridade ainda está fortemente atrelado às construções em taipa de mão, embora não possamos negar que pessoas em posição de vulnerabilidade recorrem à esses métodos construtivos. No entanto é possível perceber nos discursos de moradores e mestres construtores, uma relação com a taipa e ao seu processo construtivo, que mesmo com todas as investidas de projetos de substituição e até mesmo erradicação, ainda carrega saberes e fazeres repassados de geração em geração.
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Tida como uma arquitetura de menor valor e rotulada muitas vezes como “não arquitetura” é relegada, não fazendo parte da formação dos arquitetos e urbanistas, sendo geralmente associada à pobreza, contribuindo para a marginalização dessas manifestações arquitetônicas. As casas de taipa de mão construídas no contexto do interior do estado do Ceará, passa há anos, por um processo de desvalorização, preconceito, marginalização e consequentemente o desaparecimento, tanto de seus aspectos materiais, através da gradativa substituição técnica da taipa por outras técnicas e materiais construtivos; como imateriais, pela perda dos saberes e fazeres atrelados a elas. Assim a presente pesquisa, de caráter qualitativo, teve como o objetivo de elaborar um inventário que localize, apresente e documente a situação das casas de taipa de mão de áreas rurais do município de Quixadá, no interior do estado do Ceará. 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Para documentar os aspectos materiais, tipológicos e de conservação das casas de taipa de mão, foi utilizado como referência o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG) e para a documentação dos saberes e fazeres construtivos repassados entre as gerações pelos mestres construtores, foi utilizado a metodologia do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). Após a realização da pesquisa de campo e aplicação dos instrumentos de inventário foi possível traçar um panorama atual das casas de taipa de mão de quatro localidades do município de Quixadá/CE, Pote Seco, Vila Nova, Poço Verde e Engano, identificando, mapeando e catalogando aspectos arquitetônicos como implantação, tipologia, conservação, e os saberes e fazeres relacionados à construção das casas de taipa, através de entrevistas semiestruturada com os mestres construtores locais. É possível perceber que o estereotipo de pobreza e insalubridade ainda está fortemente atrelado às construções em taipa de mão, embora não possamos negar que pessoas em posição de vulnerabilidade recorrem à esses métodos construtivos. No entanto é possível perceber nos discursos de moradores e mestres construtores, uma relação com a taipa e ao seu processo construtivo, que mesmo com todas as investidas de projetos de substituição e até mesmo erradicação, ainda carrega saberes e fazeres repassados de geração em geração.The present research has as its theme popular architecture, understood as that produced by the people themselves, within different scales and socio-spatial contexts. Even though being a topic that has been researched and debated for a long time the attempts to document, systematize and disseminate it are still incipient. Considered as an architecture of lesser value and often labeled as “non-architecture” it is relegated not being part of the education of architects and urban planners, being generally associated with poverty contributing to the marginalization of these architectural manifestations. The houses made of mud by hand built in the context of the countryside of the state of Ceará have been going through a process of devaluation, prejudice, marginalization and consequently the disappearance, both of their material aspects through the gradual technical replacement of mud by other techniques and building materials; as immaterial, due to the loss of knowledge and actions linked to them. Thus, this qualitative research has as its theme popular architecture, with the objective of elaborating an inventory that locates, presents and documents the situation of mud houses in rural areas of the municipality of Quixadá in the countryside of the state of Ceará. For this, it was necessary to identify and map the mud houses in rural areas of the municipality, describe their morphological characteristics and record and analyze the know-how of this architecture through the narratives of the master builders and residents. The methodological approach was based on bibliographic and documental research on the popular architecture and other themes that are transversal to it such as the history of the formation of Quixadá and its spatial division, in addition to the appropriation of already established inventory instruments produced by the Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) but adapted to the local needs and context. To document the material, typological and conservation aspects of the mud houses the Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG) was used as a reference and for the documentation of constructive knowledge and practices passed on between generations by the master builders it was used the methodology of the Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). After carrying out the field research and application of the inventory instruments it was possible to draw a current overview of the mud houses of four locations in the municipality of Quixadá/CE which are Pote Seco, Vila Nova, Poço Verde and Engano by identifying, mapping and cataloging architectural aspects such as implantation, typology, conservation and the knowledge and practices related to the construction of mud houses, through semistructured interviews with local master builders. It is possible to perceive that the stereotype of poverty and insalubrity is still strongly linked to the constructions made of mud although we cannot deny that people in vulnerable positions resort to these constructive methods. However, it is possible to find in the speeches of residents and master builders a relationship with the rammed earth and its construction process which even with all the effort of replacement and even eradication projects, still carries the knowledge and practices passed on from generation to generation.porUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio CulturalUFPelBrasilInstituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANASArquitetura popularTaipa de mãoSertão Central CearenseSaber fazerInventárioPopular architectureHand mudSertão Central CearenseKnow-howInventory“É o chão que continua”: a arquitetura em taipa de mão do sertão de Quixadá - Ceará"It's ground that continues": The architecture in mud of hand of the sertão of Quixadá - Ceará.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/4581483202152629http://lattes.cnpq.br/1674659422124281Fonseca, Daniele Baltz daMaia, Stephane de Sousa e SilvaMAIA, Stephane de Sousa e Silva. “É chão que continua”: A arquitetura em taipa de mão do sertão de Quixadá – Ceará. Orientador(a): Daniele Baltz da Fonseca. 2021. 201 f. Dissertação (Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2022.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTStephane_Maia_Dissertação.pdf.txtStephane_Maia_Dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain307945http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8483/6/Stephane_Maia_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txtae4624f7eb68ba98c8181ea8d2e8de1fMD56open accessTHUMBNAILStephane_Maia_Dissertação.pdf.jpgStephane_Maia_Dissertação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1254http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8483/7/Stephane_Maia_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpg33c86f6bc4f2c3f6e582988587ece849MD57open accessORIGINALStephane_Maia_Dissertação.pdfStephane_Maia_Dissertação.pdfapplication/pdf18593421http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8483/1/Stephane_Maia_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf19cdafeb7ab07f9be28ed68aa5099b7dMD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-843http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8483/2/license_url321f3992dd3875151d8801b773ab32edMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8483/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8483/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8483/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55open accessprefix/84832023-07-13 07:29:05.028open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/8483TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-13T10:29:05Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
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