Bioecologia e técnicas de criação de parasitoides (Hymenoptera) nativos de três espécies de Anastrepha no Brasil e no México

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Poncio, Sônia
Orientador(a): Nava, Dori Edson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8676
Resumo: Dentre as principais pragas da fruticultura no Brasil, destacam-se as moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae). Dentre os inimigos naturais destas pragas, destaca-se o endoparasitoide larva-pupa Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti, 1911) (Hymenoptera: Braconidae) que possui ampla distribuição geográfica na América do Sul e parasita larvas de diferentes espécies de moscas-das-frutas, em diferentes hospedeiros. Estas características o fazem um potencial agente de controle biológico, especialmente de Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae), principal espécie de mosca-das-frutas praga da fruticultura no sul do Brasil. Para o México, as duas principais espécies de moscas-das-frutas são Anastrepha ludens (Loew, 1873) (Diptera: Tephritidae) e Anastrepha obliqua (Macquart, 1835) (Diptera: Tephritidae), as quais são hospedeiras de várias espécies de parasitoides nativos, com destaque para os das famílias Braconidae [Utetes anastrephae (Viereck 1913), Doryctobracon crawfordi (Viereck, 1911) e Opius hirtus Fischer, 1963], Eucoilidae [Odontosema anastrephae (Borgmeier, 1935)], Diapriidae [Coptera haywardi Loiácono, 1981] e Chalcididae (Dirhinus sp.) Assim, o objetivo deste trabalho foi conhecer a bioecologia e desenvolver técnicas de criação para parasitoides nativos de moscas-das-frutas. Para tal, foram realizados os seguintes estudos: I) desenvolvimento de uma metodologia de criação de D. brasiliensis em larvas de A. fraterculus; II) biologia de D. brasiliensis em diferentes temperaturas: tabela de vida de fertilidade e exigências térmicas; III) criação de parasitoides nativo das Américas para o controle biológico de A. obliqua; e IV) seria A. obliqua hospedeiro natural dos parasitoides nativos D. crawfordi e O. hirtus? No primeiro trabalho, onde se realizou experimentos visando o desenvolvimento de uma técnica de criação de D. brasiliensis, determinou-se que larvas de 3º instar de A. fraterculus são preferidas para o parasitismo em relação às do 1º e 2º instar. O tempo de 12h de exposição de larvas de A. fraterculus a fêmeas de D. brasiliensis propiciou a produção de um maior número de parasitoides, maior percentual de parasitismo e maior proporção de fêmeas na população descendente. A quantidade de 25 larvas de A. fraterculus oferecidas por fêmea de D. brasiliensis, propiciou a maior produção de parasito ides. O fornecimento de mel a 20% para os parasitoides é essencial para que se produza maior quantidade de descendentes e sejam mais longevos. No segundo trabalho, observou-se que fêmeas mantidas nas diferentes temperaturas produziram uma maior quantidade de parasitoides na faixa térmica de 18 a 22ºC, sendo que o número de descendentes gerados por fêmea variou de 99,4 a 173,8, respectivamente. A longevidade de machos e de fêmeas foi inversamente proporcional à temperatura, variando de 43, 9 a 7,4 dias para fêmeas e de 24,4 a 4,6 dias para machos, nas temperaturas de 15 a 30ºC, respectivamente. A duração do ciclo biológico (ovo-adulto) variou de 41,2 dias a 18ºC para 20,9 dias a 25ºC. Nas temperaturas de 15, 28 e 30ºC não ocorreu desenvolvimento dos estágios imaturos de D. brasiliensis. A 20 e 22°C foram observados os maiores valores da taxa líquida de reprodução (Ro) e de razão finita de aumento ( λ), de forma que na temperatura ótima estimada (21°C), a população de D. brasiliensis aumentou 47 vezes a cada geração. O limiar térmico inferior de desenvolvimento ou temperatura base (Tb) e a constante térmica (K) foram de 10,0ºC e 303,2 graus -dia. No terceiro trabalho, determinou-se que nem todas as espécies de parasitoides estudadas, se desenvolvem com a mesma eficiência em imaturos de A. obliqua, onde U. anastrephae e C. haywardi apresentaram maior potencial para a criação em laboratório. Utetes anastrephae apresentou melhor desenvolvimento em larvas jovens (de 5 - 6 dias), das quais se obteve uma maior emergência de adultos e consequentemente, maior porcentagem de parasitismo, com maior taxa de sobrevivência. Coptera haywardi apresentou melhor desenvolvimento em pupas de 1 a 4 dias de idade, onde se obteve maior emergência, maior parasitismo, adultos com maior habilidade de voo e maior longevidade. No quarto trabalho, ficou evidenciado que D. crawfordi e O. hirtus preferem parasitar larvas de A. ludens e que não podem completar seu desenvolvimento em larvas de A. obliqua, apesar de ovipositarem neste hospedeiro. Ocorreu encapsulamento e melanização dos imaturos de ambas espécies de parasitoides. As informações obtidas nestes trabalhos contribuem para um maior conhecimento da bioecologia das espécies de parasitoides de moscas-das-frutas e propiciam o estabelecimento de técnicas de criação para estas especies.
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spelling 2022-09-21T18:53:35Z2022-09-212022-09-21T18:53:35Z2015-03-10PONCIO, Sônia. Bioecologia e técnicas de criação de parasitoides (Hymenoptera) nativos de três espécies de Anastrepha no Brasil e no México. 2015. 134 f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8676Dentre as principais pragas da fruticultura no Brasil, destacam-se as moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae). Dentre os inimigos naturais destas pragas, destaca-se o endoparasitoide larva-pupa Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti, 1911) (Hymenoptera: Braconidae) que possui ampla distribuição geográfica na América do Sul e parasita larvas de diferentes espécies de moscas-das-frutas, em diferentes hospedeiros. Estas características o fazem um potencial agente de controle biológico, especialmente de Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae), principal espécie de mosca-das-frutas praga da fruticultura no sul do Brasil. Para o México, as duas principais espécies de moscas-das-frutas são Anastrepha ludens (Loew, 1873) (Diptera: Tephritidae) e Anastrepha obliqua (Macquart, 1835) (Diptera: Tephritidae), as quais são hospedeiras de várias espécies de parasitoides nativos, com destaque para os das famílias Braconidae [Utetes anastrephae (Viereck 1913), Doryctobracon crawfordi (Viereck, 1911) e Opius hirtus Fischer, 1963], Eucoilidae [Odontosema anastrephae (Borgmeier, 1935)], Diapriidae [Coptera haywardi Loiácono, 1981] e Chalcididae (Dirhinus sp.) Assim, o objetivo deste trabalho foi conhecer a bioecologia e desenvolver técnicas de criação para parasitoides nativos de moscas-das-frutas. Para tal, foram realizados os seguintes estudos: I) desenvolvimento de uma metodologia de criação de D. brasiliensis em larvas de A. fraterculus; II) biologia de D. brasiliensis em diferentes temperaturas: tabela de vida de fertilidade e exigências térmicas; III) criação de parasitoides nativo das Américas para o controle biológico de A. obliqua; e IV) seria A. obliqua hospedeiro natural dos parasitoides nativos D. crawfordi e O. hirtus? No primeiro trabalho, onde se realizou experimentos visando o desenvolvimento de uma técnica de criação de D. brasiliensis, determinou-se que larvas de 3º instar de A. fraterculus são preferidas para o parasitismo em relação às do 1º e 2º instar. O tempo de 12h de exposição de larvas de A. fraterculus a fêmeas de D. brasiliensis propiciou a produção de um maior número de parasitoides, maior percentual de parasitismo e maior proporção de fêmeas na população descendente. A quantidade de 25 larvas de A. fraterculus oferecidas por fêmea de D. brasiliensis, propiciou a maior produção de parasito ides. O fornecimento de mel a 20% para os parasitoides é essencial para que se produza maior quantidade de descendentes e sejam mais longevos. No segundo trabalho, observou-se que fêmeas mantidas nas diferentes temperaturas produziram uma maior quantidade de parasitoides na faixa térmica de 18 a 22ºC, sendo que o número de descendentes gerados por fêmea variou de 99,4 a 173,8, respectivamente. A longevidade de machos e de fêmeas foi inversamente proporcional à temperatura, variando de 43, 9 a 7,4 dias para fêmeas e de 24,4 a 4,6 dias para machos, nas temperaturas de 15 a 30ºC, respectivamente. A duração do ciclo biológico (ovo-adulto) variou de 41,2 dias a 18ºC para 20,9 dias a 25ºC. Nas temperaturas de 15, 28 e 30ºC não ocorreu desenvolvimento dos estágios imaturos de D. brasiliensis. A 20 e 22°C foram observados os maiores valores da taxa líquida de reprodução (Ro) e de razão finita de aumento ( λ), de forma que na temperatura ótima estimada (21°C), a população de D. brasiliensis aumentou 47 vezes a cada geração. O limiar térmico inferior de desenvolvimento ou temperatura base (Tb) e a constante térmica (K) foram de 10,0ºC e 303,2 graus -dia. No terceiro trabalho, determinou-se que nem todas as espécies de parasitoides estudadas, se desenvolvem com a mesma eficiência em imaturos de A. obliqua, onde U. anastrephae e C. haywardi apresentaram maior potencial para a criação em laboratório. Utetes anastrephae apresentou melhor desenvolvimento em larvas jovens (de 5 - 6 dias), das quais se obteve uma maior emergência de adultos e consequentemente, maior porcentagem de parasitismo, com maior taxa de sobrevivência. Coptera haywardi apresentou melhor desenvolvimento em pupas de 1 a 4 dias de idade, onde se obteve maior emergência, maior parasitismo, adultos com maior habilidade de voo e maior longevidade. No quarto trabalho, ficou evidenciado que D. crawfordi e O. hirtus preferem parasitar larvas de A. ludens e que não podem completar seu desenvolvimento em larvas de A. obliqua, apesar de ovipositarem neste hospedeiro. Ocorreu encapsulamento e melanização dos imaturos de ambas espécies de parasitoides. As informações obtidas nestes trabalhos contribuem para um maior conhecimento da bioecologia das espécies de parasitoides de moscas-das-frutas e propiciam o estabelecimento de técnicas de criação para estas especies.Fruit flies (Diptera: Tephritidae) are among the main pests of the fruit crops in Brazil. Among the natural enemies, these pests are following the endoparasitoid larva-pupa Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti, 1911) (Hymenoptera: Braconidae) having wide geographical distribution in South America and it parasites larvae of different species of fruit flies, in different hosts. These characteristics confer D. brasiliensis potential agent for biological control, mainly of Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae), the main species of fruit flies in southern Brazil. For Mexico, the two mains species of fruit flies are Anastrepha ludens (Loew, 1873) (Diptera: Tephritidae) and Anastrepha obliqua (Macquart, 1835) (Diptera: Tephritidae), which are hosts to several species of native parasitoids, especially of families Braconidae [Utetes anastrephae (Viereck 1913), Doryctobracon crawfordi (Viereck, 1911) and Oppius hirtus Fischer, 1963], Eucoilidae [Odontosema anastrephae (Flashing, 1935)], Diapriidae [Coptera haywardi Loiácono, 1981] and Chalcididae (Dirhinus sp.). Thus, the objective of this study was to know the bio-ecology and to develop rearing techniques of native parasitoids of fruit flies. To this end, the following studies were conducted: I) development of a rearing technique of D. brasiliensis in larvae of A. fraterculus; II) biology of D. brasiliensis at different temperatures: fertility life table and thermal requirements; III) rearing parasitoids native to the Americas for biological control of A. obliqua; and IV) Is A. obliqua a natural host of native parasitoids D. crawfordi and O. hirtus? In the first work to develop a rearing technique of D. brasiliensis, it was determined that larvae of the 3 rd instar of A. fraterculus are preferred for parasitism in relation to the 1 st and 2 nd instars. Exposure for 12-h of larvae of A. fraterculus to females of D. brasiliensis provided a larger numbers of parasitoids, higher parasitism rate and a higher rate of females in the offspring population. The number of 25 larvae of A. fraterculus offered to females of D. brasiliensis provided the largest production of parasitoids. The supply of honey at 20% to parasitoids is essential to generate a greater number of offspring with more longevity. In the second work, we observed that females kept at different temperatures produced more parasitoids at temperatures 18-22°C, and the number of offspring per female ranged from 99.4 to 173.8, respectively. Longevity of males and females was inversely proportional to temperature, ranging from 43.9 to 7.4 d for females and from 24.4 to 4.6 d for males, at temperatures 15-30°C, respectively. The duration of the biological cycle (egg-adult) ranged from 41.2 d at 18°C to 20.9 d at 25°C. At temperatures 15, 28 and 30° C, there was no development of immature stages of D. brasiliensis. At 20 and 22° C, we observed the high st values of the net reproduction rate (Ro) and finite reason of increase (λ), which means that at the estimated optimum temperature (21°C), the population of D. brasiliensis increased 47 times each generation. The lower temperature threshold for development or base temperature (Tb) and thermal constant (K) were 10.0°C and 303.2 degree/days. In the third work, we observed that not all parasitoid species studied develop with the same efficiency in larvae of A. obliqua, where U. anastrephae and C. haywardi showed the greatest potential for laboratory rearing. Utetes anastrephae showed better development in young larvae (5-6 d), which provided a greater emergence of adults and, consequently, higher parasitism rate, with higher survival rate. Coptera haywardi presented better development in pupae 1-4 d of age, where they obtained greater emergence and parasitism rates, adults with greater flying skills and greater longevity. In fourth work, we observed that D. crawfordi and O. hirtus prefer to parasitize larvae of A. ludens and that they cannot complete their development in larvae of A. obliqua, although they oviposit in this host. There is encapsulation and melanization of larvae in both parasitoid species. The information obtained in these works contribute to improve knowledge of bio -ecology of the parasitoid species of fruit flies and provide the establishment of rearing techniques for these species.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em FitossanidadeUFPelBrasilFaculdade de Agronomia Eliseu MacielCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::FITOSSANIDADEAnastrepha fraterculusAnastrepha obliquaAnastrepha ludensHymenopteraControle biológicoMoscas-das-frutasBiological controlFruit fliesBioecologia e técnicas de criação de parasitoides (Hymenoptera) nativos de três espécies de Anastrepha no Brasil e no MéxicoBioecology and rearing techniques of native parasitoids (Hymenoptera) of three species of Anastrepha spp. in Brazil and Mexico.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://lattes.cnpq.br/6479881681983671http://lattes.cnpq.br/4976970583090892Garcia, Mauro Silveirahttp://lattes.cnpq.br/2702180857739560Montoya Gerardo, Pablo JesúsNava, Dori EdsonPoncio, Sôniainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTTese_Sonia_Poncio.pdf.txtTese_Sonia_Poncio.pdf.txtExtracted texttext/plain218076http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8676/6/Tese_Sonia_Poncio.pdf.txtc4bc14e1aceaa816e01cb7887a1f4fd2MD56open accessTHUMBNAILTese_Sonia_Poncio.pdf.jpgTese_Sonia_Poncio.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1230http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8676/7/Tese_Sonia_Poncio.pdf.jpgd120564c8f5cde6ebeac0588f84f096fMD57open accessORIGINALTese_Sonia_Poncio.pdfTese_Sonia_Poncio.pdfapplication/pdf2093216http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8676/1/Tese_Sonia_Poncio.pdf3bac5610e4cb6e7724cc7be3c08b3386MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8676/2/license_url924993ce0b3ba389f79f32a1b2735415MD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8676/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8676/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-867http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8676/5/license.txtfbd6c74465857056e3ca572d7586661bMD55open accessprefix/86762023-07-13 05:42:29.065open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/8676VG9kb3Mgb3MgaXRlbnMgZGVzc2EgY29tdW5pZGFkZSBzZWd1ZW0gYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zLg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-13T08:42:29Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
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