Estudos taxônomicos de espécies de Sciopemyia Barretto, 1962 (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Chaves Junior, Salvador Paganella, 1994-
Orientador(a): Andrade, Andrey José de, 1978-
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/1884/79153
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Andrey José de Andrade
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spelling Chaves Junior, Salvador Paganella, 1994-Shimabukuro, Paloma Helena FernandesUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia e PatologiaAndrade, Andrey José de, 1978-2022-10-26T13:55:09Z2022-10-26T13:55:09Z2021https://hdl.handle.net/1884/79153Orientador: Prof. Dr. Andrey José de AndradeCoorientadora: Dra. Paloma Helena Fernandes ShimabukuroDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia e Patologia. Defesa : Curitiba, 18/05/2021Inclui referênciasResumo: A subfamília Phlebotominae representa um grupo diverso, e, nas Américas, são registradas 530 espécies. O gênero Sciopemyia Barretto, 1962 é composto por oito espécies - a espécie tipo é S. sordellii e não apresentam importância em saúde pública, tratando-se de um dos grupos mais negligenciados pelos estudiosos de flebotomíneos. Dada a ampla distribuição geográfica S. sordellii, há dúvidas quanto à ocorrência de complexo de espécies. Nesse caminho, o objetivo do presente estudo foi utilizar a taxonomia tradicional para delimitar algumas espécies do gênero Sciopemyia. Em princípio, foi realizada a revisão da distribuição geográfica da S. sordellii e é apresentada em forma de mapa elaborado no programa QGIS 3.14.15; aspectos biológicos e ecológicos desse flebotomíneo foram compilados. Para a obtenção de dados morfológicos e morfométricos foram examinados espécimes previamente identificados como S. sordellii ou "'próximo a S. microps" depositados na Coleção de Flebotomíneos (Fiocruz-COLFLEB) e na de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (LESP-Phlebotominae). As descrições originais de espécies de Sciopemyia e de suas sinonímias foram consultadas. As medidas dos caracteres foram obtidas em microscópio óptico Leitz Dialux 22 com ocular milimetrada (Mim). Para a redescrição de espécies e descrição de novos táxons, desenhos foram realizados com auxílio de câmera lúcida, contornados com tinta nanquim, digitalizados (600 dpi) e apresentados no formato de pranchas. Sciopemyia sordellii já foi registrada em 129 localidades, possui uma distribuição trans e cisandina, ocorrendo do Canal do Panamá até a região norte da Argentina, local de onde foi descrita pela primeira vez. No Brasil, está presente nas cinco regiões geográficas, sendo capturada em ambientes florestados de Mata Atlântica e Cerrado. Suas fêmeas se alimentam de vertebrados de sangue frio, como anuros do gênero Bokermannohyla. Um total de 318 espécimes, 145 fêmeas e 173 machos, foram examinados e classificados em grupos distintos denominados morfoespécies (ME). Os machos da ME1 possuem um espinho apical, o externo superior a nível subapical e o espinho externo inferior mais próximo deste do que do interno, arranjados de forma semelhante à do macho descrito de S. sordellii. Já nos machos da ME2, o espinho externo superior é mais próximo ao ápice do gonóstilo, e, portanto, acreditamos ser uma nova espécie dentro do gênero Sciopemyia. As fêmeas da ME1 exibem dentes posteriores do cibário bem desenvolvidos, inclinados e voltados para o centro da estrutura e são das mesmas procedências dos machos definidos como morfoespécie 1. As fêmeas da ME2, os dentes posteriores também são bem desenvolvidos, porém retilíneos e voltados para a faringe, semelhante a S. microps. Assim, buscamos analisar espécimes identificados como "próxima a S. microps" provenientes do Rio de Janeiro (RJ) e de Minas Gerais (MG). Os machos de MG foram denominados ME3, os quais possuem os dutos edeagais maiores em comprimento (média: 710,5 Mim) do que o dos machos definidos como ME4, capturados no RJ (média: 570,3 Mim); as fêmeas das ME3 e ME4 não se separam. Baseado em fêmeas identificadas como S. microps procedentes do Espírito Santo (ES), foi definida a ME5 que se configura, também, como um novo táxon do gênero Sciopemyia. Com base nesses resultados, propomos (i) a descrição da fêmea de S. sordellii (FemininoME1) que até então era identificada baseada na sua sinonímia Phlebotomus longicornutus; (ii) redescrição do macho de S. sordellii (MasculinoME1), uma vez que seu holótipo se encontra desaparecido e; (iii) a descrição de quatro novas espécies (MasculinoME2, MasculinoFemininoME3, MasculinoFemininoME4, FemininoME5) do gênero Sciopemyia aumentando, assim, a diversidade do grupo. Uma chave dicotômica é proposta.Abstract: The subfamily Phlebotominae represents a diverse group; in the Americas 530 species have been described. Sciopemyia genus Barretto, 1962 is composed of eight species; S. sordellii is the typespecies. The species does not play an important role in public health, being considered as one of the most neglected groups by sand flies researchers. Due to its great geographical distribution, problably S. sordelli is composed by a species complexThus, the aim of the present study was to use traditional taxonomy to delimit species included in the genus Sciopemyia. Firstly, it was carried out a revision about the geographical ditribution of S. sordellii, based on published papers and acessing slides of entomological collections. A map using QGIS 3.14.15 program was presented; biological and ecologial aspects were discussed. To obtain morphological and morphometrical data, specimens previously identified as S. sordellii or "near to S. microps", placed in the "Coleção de Flebotomíneos" (Fiocruz-COLFLEB) and in the "Saúde Pública da Universidade de São Paulo" (LESP-Phlebotominae) were analyzed. Furthermore, original descriptions of Sciopemyia species and its synonymies were consulted. The measurements were obtained using a Leitz Dialux 22 microscope with a millimeter eyepiece. For species redescription and descriptions, drawings were made using a lucid camara, outlined by nankin pens, digitized (600 dpi) and presented as plates. Sciopemyia sordellii has been recorded in 129 localities, presenting trans and cis-Andean distribution of the Panama Canal until the North region of Argentina, where it was described for the first time. In Brazil, the species occurs in the five regions and can be captured in forest areas of the Atlantic Forest and "Cerrado". Females feed on cold-blooded vertebrates, such as anurans of Bokermannohyla genus. A total of 318 specimens (145 females and 173 males) were examined and grouped as morphospecies (ME). Males named ME1 present gonostyle with one apical spine, the superior external spine implanteda subapical level and the inferior external spine is situatedcloser to this last one than tothe internal one, like the male described for S. sordellii. In males named ME2, the superior external spine is implanted next to the apex of the gonostyle and it is believed to be a new species of the genus Sciopemyia. Females named as ME1 have the posterior teeth of the cibarium well developed, inclined, and grow towards the central region of the structure; they were collected together males of the ME1. In the females of the ME2, the posterior teeth are also well-developed but straight and grow towards of the pharynx, like another species, S. microps. Therefore, specimens identified as "near to S. microps", collected in Rio de Janeiro (RJ) and Minas Gerais (MG) states, were analyzed. Males from MG were named as ME3 and they were observed to present aedeagal ducts longer (mean: 710.5 Mim) than males from RJ (mean: 570,3 Mim), named here as ME4. Although these males' specimens are distinct, it was not possible to differentiate thefemales (ME3 and ME4). Another new taxon is proposed: ME5. Previously identified as S. microps, the group occurs in the Espírito Santo state. Based in these results, the description of S. sordellii female is proposed (FemaleME1) once its identification was based in one of its synonyms, Phlebotomus longicornutus; (ii) a detailed redescrition of the male of S. sordellii (MaleME1), since itseholotype is gone and; (iii) the description of four new species of Sciopemyia (MaleME2, MaleFemaleME3, MaleFemaleME4, FemaleME5) increasing the diversity of the genus. A dichotomous key is proposed.1 recurso online : PDF.application/pdfFlebotomineoTaxonomiaBiodiversidadeMicrobiologiaEstudos taxônomicos de espécies de Sciopemyia Barretto, 1962 (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - SALVADOR PAGANELLA CHAVES JUNIOR.pdfapplication/pdf8541776https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/79153/1/R%20-%20D%20-%20SALVADOR%20PAGANELLA%20CHAVES%20JUNIOR.pdf52952f34beed817cccaff24b4ce6abe6MD51open access1884/791532022-10-26 10:55:09.957open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/79153Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-10-26T13:55:09Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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