Relação entre a ocupação do solo e o comportamento hidrológico da Bacia Hidrográfica do Rio Pequeno - São José dos Pinhais - PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Guimarães, João Luis Bittencourt
Orientador(a): Rizzi, Nivaldo Eduardo, 1954-
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/26578
Resumo: O presente estudo identificou a correlação existente entre as alterações de uso do solo em uma bacia hidrográfica e as mudanças no ciclo hidrológico da mesma, mudanças estas evidenciadas pelo aumento do valor das vazões máximas anuais e mensais. O objeto deste estudo é a bacia hidrográfica do rio Pequeno, afluente do rio lguaçú, situada no norte do município de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, Paraná, possuindo 130 km2 de área. Foi realizado o mapeamento do uso do solo da bacia em três diferentes épocas : 1953, 1980 e 1996. Para o estudo de correlação com as séries temporais hidrológicas, foi considerada somente a área de drenagem da bacia até a estação fluviométrica Fazendinha. Foram identificadas como principais alterações de uso que poderiam estar relacionadas a um possível incremento nas vazões máximas do rio Pequeno: a drenagem de 186,6 ha de áreas de várzea entre 1953 e 1980 (equivalente a uma diminuição de 27,4% em relação à área de várzeas em 1953); o corte de 434,6 ha de áreas de floresta entre 1953 e 1980 (diminuição de 10% da área total de florestas em 1953), sendo que 50 ha eram florestas aluviais (havendo uma diminuição de 15,1% em relação à cobertura de florestas aluviais de 1953); o incremento da área urbana em 144,7 ha entre 1980 e 1996 (crescimento urbano de 1297% em relação à área urbana de 1980). Através da análise das séries temporais de vazão máxima anual e vazão máxima mensal, e da série temporal de- precipitações acumuladas nos 6 dias anteriores às vazões máximas (incluindo a precipitação do dia de vazão máxima), no período que vai de 1955 até 1997, comprovou-se o aumento estatisticamente significativo (ao nível de 95% de confiança) das vazões máximas anuais e mensais, no período entre 1971 e 1984, tendo a série se estabilizado neste novo patamar no período seguinte, até o ano de 1997. Não foi observado, entretanto, um aumento estatisticamente significativo correspondente na série de precipitações acumuladas. Descartou-se, portanto, a hipótese de que o aumento das vazões máximas anuais e mensais estaria relacionado a maiores precipitações, que proporcionariam um maior volume de água a ser transportado pelo rio principal da bacia e seus afluentes. Conclui-se que o aumento das vazões máximas no período 1971-1984 pode ser atribuído a alterações de uso do solo ocorridas no período entre 1953 e 1980, principalmente a supressão de várzeas e de florestas aluviais. No período entre 1980 e 1996, o processo de urbanização contribuiu fortemente para a manutenção dos valores de vazão máxima em níveis mais elevados do que aqueles observados entre 1955 e 1970. Destaca-se ainda o fato de que as principais mudanças de uso do solo na área total da bacia, tais como drenagem de várzeas (diminuição de 30,1 % do total de várzeas entre 1953 e 1980 e de 43,7% entre 1980 e 1996) e implantação de áreas urbanas (crescimento de 5967% entre 1953 e 1980, e de 174,6% entre 1 e 1996) foram consideravelmente maiores quando comparados com a área, montante da estação fluviométrica Fazendinha (área do estudo de correlação). provavelmente acarretaria impactos de maiores magnitudes sobre as v máximas na foz do rio Pequeno do que aqueles calculados.
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