Biologia floral de Serjania paucidentata DC. (Sapindaceae).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: REIS, Thamires Oliveira https://orcid.org/0000-0002-9554-1795
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA - Campus Belém
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Serjania paucidentata
Sapindaceae
Biologia floral
Fenofases florais
Visitantes florais
Restauração florestal
Monoecious
Nectários
Floral phenofases
Floral visitors
Nectary
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1624
Resumo: CAPES e FADESP
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spelling Biologia floral de Serjania paucidentata DC. (Sapindaceae).Serjania paucidentataSapindaceaeBiologia floralFenofases floraisVisitantes floraisRestauração florestalMonoeciousNectáriosFloral phenofasesFloral visitorsNectaryCAPES e FADESPSerjania paucidentata DC (Sapindaceae) é uma liana nativa do Brasil, frequente em áreas de borda florestal, capaz de colonizar áreas degradadas, colaborando nas etapas iniciais da restauração florestal. Este estudo descreve aspectos da biologia floral de S. paucidentata em populações naturais ocorrentes em áreas de restauração florestal em Paragominas, Pará, Brasil. A morfologia e o comportamento floral foram acessados em 16 plantas. Flores marcadas de polinização aberta foram observadas da pré-antese até três dias após antese, a fim de caracterizar a longevidade e a disponibilidade dos recursos aos polinizadores. O tamanho e aspecto dos verticilos nos morfo florais foram registrados com o auxílio de esteromicroscopio e microscópio eletrônico de varredura, e comparados por Análise de Variância, seguida do teste Tukey. Testou-se no campo, em diferentes morfo e idades florais, a receptividade estigmática com uma solução aquosa de peróxido de hidrogênio; a concentração de açúcar (% brix) e o volume (μl) de néctar com auxílio de refratômetro portátil; e a presença dos osmóforos com solução de vermelho neutro. Os resultados mostram que S. paucidentata têm flores inconspícuas (4-5 mm), brancas, funcionalmente unissexuais, zigomorfas, nectaríferas e odoríferas. A antese inicia às 3:00 horas e senescência após 12 horas. No período do estudo, os tirsos dos ramos marcados tiveram uma sequência temporal de apresentação de flores estaminadas-pistiladas- estaminadas, com não sobreposição de apresentação entre os morfos. As flores estaminadas têm gineceu rudimentar não funcional, e as flores morfologicamente bissexuadas são funcionalmente pistiladas com estames de anteras indeiscentes. As flores são tetrâmeras. As sépalas trimorfas e pétalas dimorfas. Os quatro apêndices das pétalas são convergentes pela margem pilosa e formam um pseudotubo floral, onde o néctar acumula, e possuem cristas amarelas que funcionam como guia nectarífero. Em ambos morfo-florais as estruturas reprodutivas são deslocadas para a porção anterior do receptáculo floral, e curvadas em direção às cristas dos apêndices das pétalas. Registrou-se a produção do néctar (0,6-1,2 μl) desde a antese até o terceiro dia floral, sendo maior no primeiro dia, com uma concentração de açúcar entre 40-60%. Os osmóforos estão presentes principalmente no estigma das flores pistiladas e nas anteras e nas cristas das pétalas das flores estaminadas. No horário das 12:00 horas, o odor floral é suave, agradável, perceptível, quando se registrou uma abundante e diversa visitação de abelhas, mariposas, moscas, besouros, borboletas, vespas e beija-flores. Conclui-se que esta espécie tem uma aperfeiçoada e complexa apresentação floral, exibe dimorfismo sexual do tipo andromonoico, porém funcionalmente monoico, com apresentação alternada dos morfos florais nos ramos e indivíduos estudados, indicativo do raro fenômeno da duodicogamia, que envolve fases sexuais alternadas dentro de um indivíduo.Serjania paucidentata DC (Sapindaceae) is a liana native to Brazil, often found in forest edge habitats, and able to colonize degraded areas, making it an important species in the initial stages of forest restoration. This study describes aspects of the floral biology of S. paucidentata using natural populations in post-mining forest restoration areas in Paragominas, Pará State, Brazil. Morphology and floral behavior were assessed on 16 individual plants. Marked open-pollinated flowers were observed from pre-anthesis to three days after anthesis, in order to characterize longevity and resource availability to pollinators. The size and appearance of the whorls in the floral morphs were recorded with the aid of a stereomicroscope and scanning electron microscope, and compared using Analysis of Variance, followed by the Tukey test. Stigmatic receptivity with an aqueous solution of hydrogen peroxide, sugar concentration (% brix) and nectar volume (μl) with the aid of a portable refractometer, and the presence of osmophores with neutral red solution, were tested in the field at different flower morphs and ages. The results show that S. paucidentata has inconspicuous (4-5 mm), white, functionally unisexual, zygomorphic, nectariferous and odoriferous Flowers. Anthesis begins at 3:00 a.m. with newly opened flowers senescing after 12 hours. During the study period, the thyrses of the marked branches had a temporal sequence of presentation of staminate-pistillate-staminate flowers, with no overlap of presentation between the morphs. Staminate flowers have rudimentary non-functional gynoecium, and morphologically bisexual flowers are functionally pistillate with indehiscent anther stamens. The flowers are tetrameres. The sepals are trimorphic and petals are dimorphic. The four petal appendages converge along the villose margin and form a floral pseudotube, where nectar accumulates, and have yellow crests that function as a nectar guide. In both floral-morphs, the reproductive structures are dislodged to the anterior part of the recptacle, and curved towards the appendage crests. Nectar production (0.6-1.2 μl) was recorded from anthesis to the third floral day, and was highest on the first day, with a sugar concentration between 40-60%. Osmophores are present mainly in the stigma of pistillate flowers and in the anthers and crests of petals of staminate flowers. At 12:00 a.m. the floral odor is soft, pleasant, noticeable, when there was an abundant and diverse visitation of bees, moths, flies, beetles, butterflies, wasps and hummingbirds. It was concluded that this species has a conspicuous and complex floral display, exhibits sexual dimorphism of the andromonoecious type, but functionally monoecious, with alternating presentation of floral morphs in the branches and individuals studied, indicative of the rare phenomenon of duodicogamy, which involves alternating sexual phases within of an individual.UFRA - Campus Belémhttp://lattes.cnpq.br/7769575415241225DIAS, Ana Cristina Andrade de AguiarSILVA, Marivana Borgeshttp://lattes.cnpq.br/1604205059852571GURGEL, Ely Simone Cajueirohttp://lattes.cnpq.br/8003316810277307https://orcid.org/0000-0002-9488-7532REIS, Thamires Oliveira https://orcid.org/0000-0002-9554-17952022-06-02T19:00:06Z2022-06-02T19:00:06Z2021-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfREIS, Thamires Oliveira. Biologia floral de Serjania paucidentata DC. (Sapindaceae). Orientadora: Marivana Borges Silva. 2021. 51 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas/Botânica Tropical) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, 2021. Disponível em: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1624. Acesso em: .CDD: 582.0463http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1624Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United Stateshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRAinstname:Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)instacron:UFRA2022-06-02T19:12:35Zoai:repositorio.ufra.edu.br:123456789/1624Repositório Institucionalhttp://repositorio.ufra.edu.br/jspui/PUBhttp://repositorio.ufra.edu.br/oai/requestrepositorio@ufra.edu.br || riufra2018@gmail.comopendoar:2022-06-02T19:12:35Repositório Institucional da UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)false
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