Entoação regional no português do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Cunha, Cláudia de Souza
Orientador(a): Moraes, João Antônio de
Banca de defesa: Callou, Dinah Maria Isensee lattes, Leite, Yonne de Freitas lattes, Reis, César da Conceição lattes, Abaurre, Maria Bernadete Marques lattes, Magalhães, José Olímpio lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11422/4964
Resumo: Descreve as marcas prosódicas responsáveis pela identificação de cinco falares do Brasil: o falar pernambucano, o falar baiano, o falar carioca, o falar paulista e o falar gaúcho, representados por gravações em que se registra a fala urbana culta de homens e mulheres residentes nas capitais dos estados em questão A descrição tem apoio na análise experimental e em modelos fonológicos da corrente auto-segmental métrica. No plano acústico-experimental, caracterizo o comportamento dos parâmetros duração, intensidade e frequência fundamental utilizando como ferramenta de decupagem da fala o programa computacional CECIL e empregando três procedimentos metodológicos distintos: 1) análise de dados provenientes das cinco cidades, recolhidos de outiva (sendo o critério de recolha haver marca perceptual de sotaque), e colhidos em dez gravações - cinco do Projeto NURC e cinco de um mesmo texto, lido por um informante (do sexo feminino) de cada cidade, 2) análise de dados provenientes das cinco capitais, recolhidos segundo o contexto de ocorrência - fim de Unidade Entoacional -, com ênfase na análise da fala baiana e da fala carioca através de um corpus composto de 24 gravações (12 do Projeto NURC - três homens e três mulheres cariocas, três homens e três mulheres baianas - e 12 de leitura, com igual distribuição entre os sexos); 3) análise comparativa de enunciados escolhidos, sem preocupação quantitativa, com o interesse unico de observar a qualidade das marcas identificadoras de um sotaque A descrição revela que, frente à multiplicidade de variáveis entoacionais, alguns padrões prosódicos fundamentais ao funcionamento da língua são comuns a todas as amostras Vê-se a fixação do parâmetro duração como identificador da sílaba tônica, a presença da linha de declinação caracterizando o contexto assertivo final e o padrão melódico ascendente pretônica - tônica caracterizando perguntas totais. De outra parte, os resultados apontam os parâmetros frequência fundamental e intensidade como os principais responsáveis para a diferenciação regional, determinando a proeminência das sílabas pretônicas nos falares do nordeste, da sílaba tônica na fala gaúcha e conferindo características ora do nordeste e ora do sul aos falares de Rio de Janeiro e São Paulo, o que os evidencia de fato como sítios de interseção. Sobretudo, mostro que o fenômeno é intermitente e que, embora a percepção de um falar regional seja prosodicamente clara para a maior parte dos falantes do português do Brasil, acham-se mais coincidências que diferenças no domínio da entoação.
id UFRJ_d8e8be3cafe70d3967a533a3a5bfd6d4
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/4964
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Cunha, Cláudia de Souzahttp://lattes.cnpq.br/3799132338763925http://lattes.cnpq.br/1654012012119108Callou, Dinah Maria Isenseehttp://lattes.cnpq.br/9305518977446202Leite, Yonne de Freitashttp://lattes.cnpq.br/2923976446374998Reis, César da Conceiçãohttp://lattes.cnpq.br/4825495076123064Abaurre, Maria Bernadete Marqueshttp://lattes.cnpq.br/4074898371818323Magalhães, José Olímpiohttp://lattes.cnpq.br/8232512604996588Moraes, João Antônio de2018-09-12T22:55:57Z2018-09-14T03:00:10Z2000-05-30http://hdl.handle.net/11422/4964Descreve as marcas prosódicas responsáveis pela identificação de cinco falares do Brasil: o falar pernambucano, o falar baiano, o falar carioca, o falar paulista e o falar gaúcho, representados por gravações em que se registra a fala urbana culta de homens e mulheres residentes nas capitais dos estados em questão A descrição tem apoio na análise experimental e em modelos fonológicos da corrente auto-segmental métrica. No plano acústico-experimental, caracterizo o comportamento dos parâmetros duração, intensidade e frequência fundamental utilizando como ferramenta de decupagem da fala o programa computacional CECIL e empregando três procedimentos metodológicos distintos: 1) análise de dados provenientes das cinco cidades, recolhidos de outiva (sendo o critério de recolha haver marca perceptual de sotaque), e colhidos em dez gravações - cinco do Projeto NURC e cinco de um mesmo texto, lido por um informante (do sexo feminino) de cada cidade, 2) análise de dados provenientes das cinco capitais, recolhidos segundo o contexto de ocorrência - fim de Unidade Entoacional -, com ênfase na análise da fala baiana e da fala carioca através de um corpus composto de 24 gravações (12 do Projeto NURC - três homens e três mulheres cariocas, três homens e três mulheres baianas - e 12 de leitura, com igual distribuição entre os sexos); 3) análise comparativa de enunciados escolhidos, sem preocupação quantitativa, com o interesse unico de observar a qualidade das marcas identificadoras de um sotaque A descrição revela que, frente à multiplicidade de variáveis entoacionais, alguns padrões prosódicos fundamentais ao funcionamento da língua são comuns a todas as amostras Vê-se a fixação do parâmetro duração como identificador da sílaba tônica, a presença da linha de declinação caracterizando o contexto assertivo final e o padrão melódico ascendente pretônica - tônica caracterizando perguntas totais. De outra parte, os resultados apontam os parâmetros frequência fundamental e intensidade como os principais responsáveis para a diferenciação regional, determinando a proeminência das sílabas pretônicas nos falares do nordeste, da sílaba tônica na fala gaúcha e conferindo características ora do nordeste e ora do sul aos falares de Rio de Janeiro e São Paulo, o que os evidencia de fato como sítios de interseção. Sobretudo, mostro que o fenômeno é intermitente e que, embora a percepção de um falar regional seja prosodicamente clara para a maior parte dos falantes do português do Brasil, acham-se mais coincidências que diferenças no domínio da entoação.Describe prosodic marks responsible for the identification of five Brazilian speeches: the Pernambuco speech, the Bahia speech, Rio’s, São Paulo's and Porto Alegre's speeches, spanning three major geographical areas - Northeast to South They are all represented by recordings of male and female subjects of higher educational groups, practicing urban speech and coming from State capitals. Description is supported by experimental analysis and phonological models of the metric auto-segmental theoretical lme. On the acoustical-experimental issue, I characterize the behavior of parameters such as duration, intensity and pitch, usmg CECIL computer program as speech analysis tool and usmg three different methodological procedures: 1) Data analysis from the five cities, collected from direct listening (criteria was the accent perception mark), and collected in ten recordings - five from the NURC Project and five out of a same text, read by an informant of the female sex of each city, 2) Data analysis from the five cities collected according to the context of the occurrence - end of Tonal Unity, with emphasis m the Bahia and Rio speeches, through a corpus of 24 recordings (12 from the NURC Project - three male and three female Rio subjects, also three male and three female Bahia subjects - and 12 out of readings, with equal sex distribution); 3) Comparative analysis of the chosen utterances, with no preoccupation regarding quantity, with the sole purpose of observing the quality of identifying marks of an accent Description shows that when facing the multiplicity of tonal variables some prosodic patterns fundamental to the proper functioning of a language are common to all the samples. The duration parameter is fixed as the identifier of the stressed syllable, the presence of the declination line characterizing the final assertive context, the melodic ascending pre-stressed pattem to the stressed pattern characterizing yes-no questions. On the other hand, results point out that pitch parameters and intensity are the main responsible for regional distinction, determining pre-stressed syllables prominence on Northeastern speeches, of the stressed syllable in Southern speech (Rio Grande do Sul) and conferring some Northeastern and Southern characteristics to São Paulo and Rio’s speeches, which definitely gives them intersection sites attributes. Above all I demonstrate that the phenomena is intermittent, and that although regional speech perception is prosodically comprehensible to most Brazilian Portuguese speakers, there are more coincidences than differences in the tonal field.Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-09-12T22:55:56Z No. of bitstreams: 1 412446.pdf: 32113025 bytes, checksum: 231367bb3ac629883a7e63480d942881 (MD5)Made available in DSpace on 2018-09-12T22:55:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 412446.pdf: 32113025 bytes, checksum: 231367bb3ac629883a7e63480d942881 (MD5) Previous issue date: 2000-05-30CAPESporUniversidade Federal do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Letras VernáculasUFRJBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULASLíngua portuguesaProsódiaVersificaçãoRitmoFonologiaRegionalismoEntoação regional no português do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4964/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINAL412446.pdf412446.pdfapplication/pdf32113025http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4964/1/412446.pdf231367bb3ac629883a7e63480d942881MD5111422/49642018-09-20 21:45:14.882oai:pantheon.ufrj.br:11422/4964TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2018-09-21T00:45:14Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Entoação regional no português do Brasil
title Entoação regional no português do Brasil
spellingShingle Entoação regional no português do Brasil
Cunha, Cláudia de Souza
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS
Língua portuguesa
Prosódia
Versificação
Ritmo
Fonologia
Regionalismo
title_short Entoação regional no português do Brasil
title_full Entoação regional no português do Brasil
title_fullStr Entoação regional no português do Brasil
title_full_unstemmed Entoação regional no português do Brasil
title_sort Entoação regional no português do Brasil
author Cunha, Cláudia de Souza
author_facet Cunha, Cláudia de Souza
author_role author
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3799132338763925
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1654012012119108
dc.contributor.author.fl_str_mv Cunha, Cláudia de Souza
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Callou, Dinah Maria Isensee
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9305518977446202
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Leite, Yonne de Freitas
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2923976446374998
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Reis, César da Conceição
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4825495076123064
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Abaurre, Maria Bernadete Marques
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4074898371818323
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Magalhães, José Olímpio
dc.contributor.referee5Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8232512604996588
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Moraes, João Antônio de
contributor_str_mv Callou, Dinah Maria Isensee
Leite, Yonne de Freitas
Reis, César da Conceição
Abaurre, Maria Bernadete Marques
Magalhães, José Olímpio
Moraes, João Antônio de
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS
Língua portuguesa
Prosódia
Versificação
Ritmo
Fonologia
Regionalismo
dc.subject.por.fl_str_mv Língua portuguesa
Prosódia
Versificação
Ritmo
Fonologia
Regionalismo
description Descreve as marcas prosódicas responsáveis pela identificação de cinco falares do Brasil: o falar pernambucano, o falar baiano, o falar carioca, o falar paulista e o falar gaúcho, representados por gravações em que se registra a fala urbana culta de homens e mulheres residentes nas capitais dos estados em questão A descrição tem apoio na análise experimental e em modelos fonológicos da corrente auto-segmental métrica. No plano acústico-experimental, caracterizo o comportamento dos parâmetros duração, intensidade e frequência fundamental utilizando como ferramenta de decupagem da fala o programa computacional CECIL e empregando três procedimentos metodológicos distintos: 1) análise de dados provenientes das cinco cidades, recolhidos de outiva (sendo o critério de recolha haver marca perceptual de sotaque), e colhidos em dez gravações - cinco do Projeto NURC e cinco de um mesmo texto, lido por um informante (do sexo feminino) de cada cidade, 2) análise de dados provenientes das cinco capitais, recolhidos segundo o contexto de ocorrência - fim de Unidade Entoacional -, com ênfase na análise da fala baiana e da fala carioca através de um corpus composto de 24 gravações (12 do Projeto NURC - três homens e três mulheres cariocas, três homens e três mulheres baianas - e 12 de leitura, com igual distribuição entre os sexos); 3) análise comparativa de enunciados escolhidos, sem preocupação quantitativa, com o interesse unico de observar a qualidade das marcas identificadoras de um sotaque A descrição revela que, frente à multiplicidade de variáveis entoacionais, alguns padrões prosódicos fundamentais ao funcionamento da língua são comuns a todas as amostras Vê-se a fixação do parâmetro duração como identificador da sílaba tônica, a presença da linha de declinação caracterizando o contexto assertivo final e o padrão melódico ascendente pretônica - tônica caracterizando perguntas totais. De outra parte, os resultados apontam os parâmetros frequência fundamental e intensidade como os principais responsáveis para a diferenciação regional, determinando a proeminência das sílabas pretônicas nos falares do nordeste, da sílaba tônica na fala gaúcha e conferindo características ora do nordeste e ora do sul aos falares de Rio de Janeiro e São Paulo, o que os evidencia de fato como sítios de interseção. Sobretudo, mostro que o fenômeno é intermitente e que, embora a percepção de um falar regional seja prosodicamente clara para a maior parte dos falantes do português do Brasil, acham-se mais coincidências que diferenças no domínio da entoação.
publishDate 2000
dc.date.issued.fl_str_mv 2000-05-30
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-09-12T22:55:57Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-09-14T03:00:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11422/4964
url http://hdl.handle.net/11422/4964
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
bitstream.url.fl_str_mv http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4964/2/license.txt
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4964/1/412446.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255
231367bb3ac629883a7e63480d942881
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1766886478730756096