Uma vila e seu povo: relações hierárquicas e poder local (Olinda, século XVII)
Ano de defesa: | 2017 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26301 |
Resumo: | Busca-se, neste trabalho, analisar as hierarquias espaciais no contexto de retomada do domínio sobre a capitania de Pernambuco pelos portugueses, assim como o período da presença propriamente dita de autoridades régias detentores de ofícios e do status que Olinda possuía, em paralelo com a posição social de seus moradores mais ilustres, e sua relação com as disputas pelo controle político e administrativo da capitania de Pernambuco, na segunda metade do século XVII. Um ponto importante para a elite de Olinda, principalmente para as pessoas que estavam na câmara, foi a reestruturação da economia e do espaço físico da capitania. Dessa maneira, emerge uma retórica de recuperação do “antigo estado”, em alusão à condição de centro político e administrativo de Olinda. Apesar das dificuldades enfrentadas, esse grupo permaneceu politicamente dominante durante boa parte do período compreendido entre 1654 e 1711. As divergências entre autoridades coloniais e locais representaram entraves para a reestruturação e reocupação da vila após 1654. A Coroa portuguesa, representada pelo Conselho Ultramarino e pelos governadores da capitania, tinha interesses que divergiam da câmara de Olinda, provocando tensões no equilíbrio das relações desta vila com o centro de poder. Nesse sentido, o local de assistência dos governadores é um tema de debate durante o período estudado, assim como a condição de “capital” de Olinda, tendo em vista a sua estrutura física. A câmara buscou, então, realizar melhoramentos que eram considerados condizentes com sua posição, com argumentos que ressaltavam sua “qualidade” e “capacidade”. |
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Dantas, Aledson Manoel SilvaSouza, George Felix Cabral deArrais, Raimundo Pereira AlencarAlveal, Carmen Margarida Oliveira2018-12-10T23:15:46Z2018-12-10T23:15:46Z2017-08-29DANTAS, Aledson Manoel Silva. Uma vila e seu povo: relações hierárquicas e poder local (Olinda, século XVII). 2017. 117f. Dissertação (Mestrado em História) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26301Busca-se, neste trabalho, analisar as hierarquias espaciais no contexto de retomada do domínio sobre a capitania de Pernambuco pelos portugueses, assim como o período da presença propriamente dita de autoridades régias detentores de ofícios e do status que Olinda possuía, em paralelo com a posição social de seus moradores mais ilustres, e sua relação com as disputas pelo controle político e administrativo da capitania de Pernambuco, na segunda metade do século XVII. Um ponto importante para a elite de Olinda, principalmente para as pessoas que estavam na câmara, foi a reestruturação da economia e do espaço físico da capitania. Dessa maneira, emerge uma retórica de recuperação do “antigo estado”, em alusão à condição de centro político e administrativo de Olinda. Apesar das dificuldades enfrentadas, esse grupo permaneceu politicamente dominante durante boa parte do período compreendido entre 1654 e 1711. As divergências entre autoridades coloniais e locais representaram entraves para a reestruturação e reocupação da vila após 1654. A Coroa portuguesa, representada pelo Conselho Ultramarino e pelos governadores da capitania, tinha interesses que divergiam da câmara de Olinda, provocando tensões no equilíbrio das relações desta vila com o centro de poder. Nesse sentido, o local de assistência dos governadores é um tema de debate durante o período estudado, assim como a condição de “capital” de Olinda, tendo em vista a sua estrutura física. A câmara buscou, então, realizar melhoramentos que eram considerados condizentes com sua posição, com argumentos que ressaltavam sua “qualidade” e “capacidade”.In this dissertation, we analyze the captaincy of Pernambuco’s spatial hierarchies in the late 17th century, as well as the presence of royal officials and the parallel between Olinda’s status and noble people which served in the current municipal council. Therefore, the conflict for controlling municipal budget included both regional elites as colonial governors and others royal authorities. An important point for the local elite was the restructuring of the economy and the town space, a wishful desire to revive the previous situation, before socially and politically Netherland’s domination. Thus, a rhetoric of recovery of the “ancient state” emerges, by the previous conditions of political and administrative center of Olinda, now ruined. Despite the difficulties faced by the locals, the regional elite remained dominant for much of the period between 1654 and 1711. Disagreements between Portuguese colonial control and local authorities represented obstacles for the restructuring and reoccupation of the village after 1654. Portuguese Crown, represented by the Overseas Council, and the governors of the captaincy, had interests that diverged from the Olinda’s municipal council, provoking tensions in the balance of the center of power. Thus, the place of assistance of the governors is a topic of debate during the studied period, as well as the condition of "capital" of Olinda, due to its physical structure. The municipal council, then, sought to make improvements that were considered consistent with its position, with arguments that emphasized its "quality" and "capacity".Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIAHierarquias espaciaisOlindaCâmara municipalVilaCidadeSéculo XVIIAntigo estadoUma vila e seu povo: relações hierárquicas e poder local (Olinda, século XVII)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALVilapovorelações_Dantas_2018.pdfapplication/pdf1491697https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26301/1/Vilapovorela%c3%a7%c3%b5es_Dantas_2018.pdf89ac7bd49e5d94c32db8bd8fa4efad85MD51TEXTVilapovorelações_Dantas_2018.pdf.txtVilapovorelações_Dantas_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain303865https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26301/2/Vilapovorela%c3%a7%c3%b5es_Dantas_2018.pdf.txt455ce9f1c284dc7bf45bb9461d5a8908MD52THUMBNAILVilapovorelações_Dantas_2018.pdf.jpgVilapovorelações_Dantas_2018.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1498https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26301/3/Vilapovorela%c3%a7%c3%b5es_Dantas_2018.pdf.jpg1d98547d9f154f0f739a68226f32bde2MD53TEXTVilapovorelações_Dantas_2018.pdf.txtVilapovorelações_Dantas_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain303865https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26301/2/Vilapovorela%c3%a7%c3%b5es_Dantas_2018.pdf.txt455ce9f1c284dc7bf45bb9461d5a8908MD52THUMBNAILVilapovorelações_Dantas_2018.pdf.jpgVilapovorelações_Dantas_2018.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1498https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26301/3/Vilapovorela%c3%a7%c3%b5es_Dantas_2018.pdf.jpg1d98547d9f154f0f739a68226f32bde2MD53123456789/263012019-01-30 04:28:03.289oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/26301Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-30T07:28:03Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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