Plasticidade morfológica de árvores e sua aplicação na restauração da Caatinga
Ano de defesa: | 2016 |
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Resumo: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) |
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Pinheiro, Cíntia Cardosohttp://lattes.cnpq.br/5903048538050220http://lattes.cnpq.br/3024078007563102Fonseca, Carlos Roberto Sorensen Dutra dahttp://lattes.cnpq.br/2567786500828682Venticinque, Eduardo Martinshttp://lattes.cnpq.br/3582966116563351Darrigo, Maria Rosahttp://lattes.cnpq.br/8098101502317380Lion, Marília Bruzzihttp://lattes.cnpq.br/71867440298805852017-03-30T18:38:39Z2017-03-30T18:38:39Z2016-09-23PINHEIRO, Cíntia Cardoso. Plasticidade morfológica de árvores e sua aplicação na restauração da Caatinga. 2016. 75f. Tese (Doutorado em Ecologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22538Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)A Plasticidade fenotípica em espécies de plantas tem se demonstrado um bom mecanismo para explicar parte da distribuição e ocorrência de espécies no planeta. Estudos vêm sendo desenvolvidos para testar o papel da plasticidade em processos como invasão de espécies exóticas e expansão geográfica de espécies para locais heterogêneos, perturbados ou estressantes. Para tal, leva-se em consideração a capacidade de uma espécie em modificar suas estruturas frente à um ambiente independente do genótipo. Dentro do contexto da biologia do desenvolvimento, a literatura tem utilizado uma abordagem com linhagens de genótipos conhecidos, o que chamamos de plasticidade fenotípica strictu sensu. Por outro lado, estudos que tenham como foco aspectos ecológicos, tendem a assumir como plasticidade qualquer modificação do fenótipo frente a mudanças no recurso ambiental. Para esta abordagem ecológica, o termo utilizado é a Plasticidade fenotípica latu sensu, onde são incluídos e assumidos como mecanismos: normas de reação, variabilidade genética e a própria plasticidade strictu sensu, intra e interespecífica. Neste caso específico, um bom delineamento na coleta de dados é fundamental para que não ocorra algum viés interpretativo. As características plásticas possuem uma grande importância adaptativa. Através delas é possível compreender quais estratégias morfológicas e fisiológicas permitem com que as plantas lidem com perturbações pontuais e com ambientes altamente estressantes. A compreensão destas estratégias pode trazer, além do melhor entendimento das comunidades naturais, uma ferramenta útil em programas de restauração. O semiárido brasileiro é um bioma altamente estressante, caracterizado por um forte filtro ambiental de estresse hídrico e altas temperaturas. Ademais, 53% de seu território já foi desmatado, e os métodos de restauração utilizados possuem baixa efetividade. A compreensão das estratégias de alocação de biomassa das plantas neste sistema é urgente para que esses métodos de restauração possam ser mais efetivos. Neste sentido, o primeiro capítulo desta tese busca compreender as possíveis relações entre padrões de plasticidade e a capacidade de espécies arbóreas serem bem sucedidas em programas de restauração. Pôde-se observar que espécies diferiram significativamente em sua capacidade plástica no que diz respeito à alocação de biomassa em raiz versus parte aérea. As espécies mais plásticas apresentaram em geral um maior potencial de sobrevivência em campo, demonstrando que a flexibilidade na alocação de biomassa, desempenha um importante papel em ambientes estressantes. Grime (1977) em seu trabalho clássico aponta 3 principais estratégias de captação e uso de recursos que plantas utilizam para lidar com diversas pressões ambientais: Ruderais, Competidoras e Estresse-tolerantes. Sabe-se que plantas Competidoras tendem a apresentar maior plasticidade fenotípica enquanto que em plantas Estresse-tolerantes a plasticidade é menos expressiva. Pouco se compreende sobre como estas estratégias de captação de recurso funcionam no semiárido brasileiro. Da mesma forma, ainda permanece como uma lacuna entender se existe variação plástica das espécies com estratégias distintas em diferentes situações de disponibilidade de recurso. Por isto, no segundo capítulo buscou-se testar se características morfofuncionais dessas espécies vegetais estariam correlacionadas com suas estratégias de resposta à seca e se espécies arbóreas diferem nas suas estratégias de alocação em raiz e parte aérea quando enfrentam situações de estresse hídrico. Espera-se que as espécies “Competidoras” tendam a apresentar maior capacidade de realocação de biomassa frente as alterações abióticas do que as espécies com características “Estresse-tolerantes”. As estratégias de crescimento e alocação em raiz e parte aérea das espécies lenhosas estudadas diferiram de acordo com as disponibilidades de recursos. Algumas espécies apresentaram respostas de maior acúmulo de biomassa em raiz em relação à parte aérea quando irrigadas, outras apresentaram maior investimento em biomassa em raiz quando em tratamentos de seca. Em geral, a relação do investimento em raiz e parte aérea não demonstrou estar correlacionadas com características morfofuncionais de altura, SLA e densidade de madeira, no entanto, árvores mais altas se mostraram mais propensas a alongarem suas raízes em situações de seca. A diversidade de estratégias que possuem as espécies da Caatinga pode ser atribuída aos seus diferentes históricos de pressões, aliado ao filtro ambiental que a Caatinga exerce, modulando um grupo de estratégias que não podem ser completamente explicadas pelo modelo do triângulo do Grime (1977). A compreensão em larga escala de como os tipos de plasticidades morfológicas e fisiológicas e de parte aérea e raiz variam de acordo com fatores abióticos ainda não é clara. Por isto, no terceiro capítulo testamos se espécies que apresentam maior plasticidade fisiológica apresentam também maior plasticidade morfológica, se plantas são mais plásticas em atributos fisiológicos ou morfológicos e se o tipo de recurso disponível, seja este acima ou abaixo do solo poderia influenciar diferencialmente a plasticidade de alocação em raiz e parte aérea. Vimos que de modo geral não há diferença entre investimento de plasticidade entre atributos fisiológicos e morfológicos. Pode-se também verificar que existe diferença nos níveis de plasticidade entre espécies, porém aquelas que são mais plásticas em atributos morfológicos também o são em atributos fisiológicos. Adicionalmente, verificou-se que a alteração de um recurso de solo como água e nutrientes leva a uma maior alocação em raízes, enquanto que a alteração em recursos acima do solo como luz e CO2 leva a uma maior alocação de biomassa em folhas e galhos. Esses resultados demonstram que plantas não só diferem em sua capacidade de serem plásticas frente às alterações ambientais, mas que também o seu maquinário fisiológico e morfológico evolui conjuntamente para expressar características plásticas. Adicionalmente, a plasticidade em plantas é usada como um meio de intensificar a captura de um recurso quando este se torna disponível.porCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIACaatingaRestauraçãoPlasticidadeÁrvoresPlasticidade morfológica de árvores e sua aplicação na restauração da Caatingainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALPlasticidadeMorfológicaArvores_Pinheiro_2016.pdfPlasticidadeMorfológicaArvores_Pinheiro_2016.pdfapplication/pdf969739https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22538/1/PlasticidadeMorfol%c3%b3gicaArvores_Pinheiro_2016.pdf059f107be21000567aac5d66824d09b3MD51TEXTCintiaCardosoPinheiro_TESE.pdf.txtCintiaCardosoPinheiro_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain101070https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22538/4/CintiaCardosoPinheiro_TESE.pdf.txtb44c0e4be714b2f7fffc549d9ba9ab8fMD54PlasticidadeMorfológicaArvores_Pinheiro_2016.pdf.txtPlasticidadeMorfológicaArvores_Pinheiro_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain101242https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22538/6/PlasticidadeMorfol%c3%b3gicaArvores_Pinheiro_2016.pdf.txt29a237accc41ad5a502fd326dce6eae5MD56THUMBNAILCintiaCardosoPinheiro_TESE.pdf.jpgCintiaCardosoPinheiro_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1805https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22538/5/CintiaCardosoPinheiro_TESE.pdf.jpge7f2ca114d495ccde67f83978e6efb45MD55PlasticidadeMorfológicaArvores_Pinheiro_2016.pdf.jpgPlasticidadeMorfológicaArvores_Pinheiro_2016.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1199https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22538/7/PlasticidadeMorfol%c3%b3gicaArvores_Pinheiro_2016.pdf.jpgf60d5b3fa75af828d3501d2f0d8f1840MD57123456789/225382019-06-02 02:16:46.427oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/22538Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-06-02T05:16:46Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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