Liberdade, causalidade e natureza humana em Immanuel Kant
Ano de defesa: | 2019 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27428 |
Resumo: | A presente dissertação tem por objetivo percorrer três caminhos básicos na obra de Immanuel Kant (1724-1804): a) na Crítica da razão pura (1781/1787), investigar o problema da conciliação entre liberdade e natureza na terceira antinomia, buscando provar como, a partir de uma solução crítica enraizada no Idealismo Transcendental (sobretudo por meio da distinção fenômeno/coisa-em-si), pode o sistema da crítica admitir a possibilidade teórica do conceito de liberdade; b) na Fundamentação da metafísica dos costumes (1785), examinar em que medida esse mesmo conceito de liberdade é considerado de um ponto de vista prático, contribuindo, assim, para o estabelecimento de uma analítica da moralidade com base na razão; c) na Crítica da razão prática (1788), reconstruir os principais argumentos que avaliam a hipótese de uma razão prática pura, cuja lei, que orienta o agir, é reputada como um fato imediatamente reconhecido pela consciência moral. A dissertação também ensaia a relação entre uma filosofia moral pura (expressa nos termos da Fundamentação e da segunda Crítica) e aquilo que seria uma segunda parte da ética, denominada por Kant de antropologia prática (ou, simplesmente, filosofia moral aplicada), cuja tarefa seria, sobretudo, a de estudar as condições subjetivas (pertencentes à natureza humana, interpretada sensivelmente), contrárias ou favoráveis à execução das leis da razão prática. Desse modo, não seria o conceito de liberdade mera condição de possibilidade de uma determinação imediata (isto é, a priori) da vontade por meio da razão, mas, também, aquilo que permitiria a própria experiência moral, tomada em sentido concreto (esta, objeto da antropologia). |
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Simões, Felipe RodriguesAraújo, Alexandre Medeiros deSilva, Reginaldo OliveiraFernandes, Edrisi de Araújo2019-08-06T21:45:56Z2019-02-01SIMÕES, Felipe Rodrigues. Liberdade, causalidade e natureza humana em Immanuel Kant. 2019. 148f. 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A dissertação também ensaia a relação entre uma filosofia moral pura (expressa nos termos da Fundamentação e da segunda Crítica) e aquilo que seria uma segunda parte da ética, denominada por Kant de antropologia prática (ou, simplesmente, filosofia moral aplicada), cuja tarefa seria, sobretudo, a de estudar as condições subjetivas (pertencentes à natureza humana, interpretada sensivelmente), contrárias ou favoráveis à execução das leis da razão prática. Desse modo, não seria o conceito de liberdade mera condição de possibilidade de uma determinação imediata (isto é, a priori) da vontade por meio da razão, mas, também, aquilo que permitiria a própria experiência moral, tomada em sentido concreto (esta, objeto da antropologia).The present dissertation aims to explore three basic paths in Immanuel Kant's work (1724- 1804): a) in the Critique of Pure Reason (1781/1787), investigating the problem of the conciliation between freedom and nature in the third antinomy, trying to prove how, from a critical solution rooted in Transcendental Idealism (above all through the phenomenon/thingin-itself distinction), can the criticism's system admit the theoretical possibility of the concept of freedom; b) in the Groundwork of the Metaphysics of Morals (1785), examining to what extent this same concept of freedom is considered from a practical point of view, thus contributing to the establishment of a reason-based analytic of morality; c) in the Critique of Practical Reason (1788), reconstructing the main arguments that evaluate the hypothesis of a pure practical reason, whose law, which guides acting, is considered as a fact immediately recognized by the moral conscience. The dissertation also essays the relationship between a pure moral philosophy (as sustained in the Groundwork and in the second Critique) and what would be a second part of the ethics, called by Kant Practical Anthropology (or, simply, applied moral philosophy), whose task would be mainly to study the subjective conditions (belonging to sensibly based human nature), contrary or favorable to the implementation of the laws of practical reason. In this way, would not be the concept of freedom mere possibility of an immediate (that is, a priori) determination of the will by means of reason, but also that which would allows the moral experience, taken in a concrete sense (this, the object of Anthropology).2024-06-17CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIALiberdadeCausalidadeRazãoVontadeAntropologiaLiberdade, causalidade e natureza humana em Immanuel Kantinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTLiberdadecausalidadenatureza_Simões_2019.pdf.txtLiberdadecausalidadenatureza_Simões_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain418257https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27428/2/Liberdadecausalidadenatureza_Sim%c3%b5es_2019.pdf.txt95c1638a070252bc822ccf3bf87a5ef5MD52THUMBNAILLiberdadecausalidadenatureza_Simões_2019.pdf.jpgLiberdadecausalidadenatureza_Simões_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1171https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27428/3/Liberdadecausalidadenatureza_Sim%c3%b5es_2019.pdf.jpgbf9ad73f775d4b6fef19e60062ab3becMD53ORIGINALLiberdadecausalidadenatureza_Simões_2019.pdfapplication/pdf1414668https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27428/1/Liberdadecausalidadenatureza_Sim%c3%b5es_2019.pdf05ba117787fe7a5965fcf69e41a824a8MD51123456789/274282024-03-19 01:07:06.227oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/27428Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2024-03-19T04:07:06Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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