O amor na teoria de John Stuart Mill

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mendes, Ana Carolina Raposo Leandro
Orientador(a): Dias, Maria Cristina Longo Cardoso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24733
Resumo: Este trabalho tem por objetivo evidenciar o conceito e a função do amor na teoria moral de John Stuart Mill. Veremos que nesse sistema moral, o amor é sinônimo de simpatia. A simpatia é considerada um sentimento moral de ordem elevada e um prazer de qualidade superior que atende aos preceitos do princípio da utilidade. Referido princípio, que possui seu fundamento na tese hedonista, recomenda que os homens maximizem felicidade e se afastem da dor. O sentimento de simpatia (amor) é a disposição que os homens possuem naturalmente para considerarem a felicidade dos outros como sendo parte da sua própria felicidade. Esse sentimento funciona como uma poderosa sanção moral que efetivamente impele os indivíduos a agirem de acordo com o padrão da moralidade utilitarista. Para que consigamos compreender melhor as implicações que giram em torno da discussão sobre o amor na teoria de Mill, iremos analisar os pilares do sistema filosófico do autor que são: o empirismo, o hedonismo, o associacionismo, os cânones da psicologia, da etologia e a noção de aprimoramento da natureza humana e das instituições sociais. Referidos pilares fazem surgir uma série de complexificações na teoria da utilidade, quando comparamos o legado filosófico de Mill com a tradição utilitarista anterior ao autor, tais como a noção de princípios secundários da moral e de subteses da tese hedonista. Também analisaremos através dos relatos da Autobiografia como alguns eventos da trajetória da vida de Mill foram decisivos para a elaboração do seu sistema moral mais complexo e para que o amor ganhasse destaque em sua teoria. Questões relacionadas à justiça e a liberdade também serão analisadas sob a luz do conceito do amor na teoria de Mill.
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Referido princípio, que possui seu fundamento na tese hedonista, recomenda que os homens maximizem felicidade e se afastem da dor. O sentimento de simpatia (amor) é a disposição que os homens possuem naturalmente para considerarem a felicidade dos outros como sendo parte da sua própria felicidade. Esse sentimento funciona como uma poderosa sanção moral que efetivamente impele os indivíduos a agirem de acordo com o padrão da moralidade utilitarista. Para que consigamos compreender melhor as implicações que giram em torno da discussão sobre o amor na teoria de Mill, iremos analisar os pilares do sistema filosófico do autor que são: o empirismo, o hedonismo, o associacionismo, os cânones da psicologia, da etologia e a noção de aprimoramento da natureza humana e das instituições sociais. Referidos pilares fazem surgir uma série de complexificações na teoria da utilidade, quando comparamos o legado filosófico de Mill com a tradição utilitarista anterior ao autor, tais como a noção de princípios secundários da moral e de subteses da tese hedonista. Também analisaremos através dos relatos da Autobiografia como alguns eventos da trajetória da vida de Mill foram decisivos para a elaboração do seu sistema moral mais complexo e para que o amor ganhasse destaque em sua teoria. Questões relacionadas à justiça e a liberdade também serão analisadas sob a luz do conceito do amor na teoria de Mill.This paper aims to point the concept and function of love in John Stuart Mill's moral theory. We will see that in this moral system, love is synonymous with sympathy. Sympathy is considered a moral feeling of high order and a pleasure of superior quality that answer the precepts of the principle of utility. This principle, which has its foundation in the hedonist thesis, recommends that men maximize happiness and move away from pain. The feeling of sympathy (love) is the disposition that men naturally possess to consider the happiness of others as being part of their own happiness. This feeling functions as a powerful moral sanction that effectively impels individuals to act according to the standard of utilitarian morality. In order to better understand the implications that surround the discussion of love in Mill's theory, we will analyze the pillars of the author's philosophical system: empiricism, hedonism, associationism, the canons of psychology, ethology, and the notion of enhancement of human nature and social institutions. These pillars give rise to a series of complexities in the theory of utility, when we compare Mill's philosophical legacy with the utilitarian tradition before the author, such as the notion of secondary principles of morality and sub-theses of the hedonist thesis. We will also analyze through the Autobiography reports how some events in the trajectory of Mill's life were decisive for the elaboration of his more complex moral system and for the love to gain prominence in his theory. Issues related to justice and freedom will also be analyzed in the light of the concept of love in Mill's theory.porCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAAmorUtilitarismoSimpatiaO amor na teoria de John Stuart Millinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTAnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.txtAnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain284455https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24733/2/AnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.txtd6bc013739a7f48d51263cd6af0593caMD52THUMBNAILAnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.jpgAnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2336https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24733/3/AnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.jpg1d4804ce1fa5e586958c901a52e922f2MD53TEXTAnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.txtAnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain284455https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24733/2/AnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.txtd6bc013739a7f48d51263cd6af0593caMD52THUMBNAILAnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.jpgAnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2336https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24733/3/AnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdf.jpg1d4804ce1fa5e586958c901a52e922f2MD53ORIGINALAnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdfAnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdfapplication/pdf1095290https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24733/1/AnaCarolinaRaposoLeandroMendes_DISSERT.pdfbd592f586086d8aaaecc59b6e4480583MD51123456789/247332022-10-13 19:22:30.195oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/24733Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-10-13T22:22:30Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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