Aspectos sociais e de gênero da obesidade em mulheres no serviço de cirurgia bariátrica do HU/UFSC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gelsleichter, Mayara Zimmermann
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/204463
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Florianópolis, 2019.
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Partiu-se do pressuposto que o prevalente índice de realização de cirurgias bariátricas em mulheres aponta para aspectos sociais e de gênero. Embora as mulheres acessem mais o Serviço de Cirurgia Bariátrica, suas experiências são secundarizadas no tratamento, invisibilizando as condições sociais e de gênero durante o pré-operatório. Da mesma forma, há pouca projeção do fenômeno da obesidade e sua relação com os aspectos sociais e de gênero na literatura. A partir do feminismo interseccional, foi investigado a história da obesidade e do processo de saúde-doença narrados pelas mulheres. Os resultados demonstram quea obesidade se manifestou em meio à pobreza extrema, insegurança alimentar, violências de gênero, com destaque aos abusos sexuais, racismo, bem como, ao trabalho infantil e precarizado. Ao mesmo tempo que a obesidade se desencadeou em uma dinâmica de opressões, aprofundou tal dinâmica, ao agregar mais uma discriminação: a gordofobia. Logo, as opressões de gênero, classe, raça/etnia foram explicitadas em seu conjunto ou individualmente nas histórias de obesidade das entrevistadas. De modo geral, o acesso à cirurgia bariátrica, como um dos últimos recursos ao tratamento da obesidade, foi consequência de um conjunto de privações dos direitos humanos e das políticas públicas. Na perspectiva das mulheres, o acompanhamento pré-cirúrgico figurou como um importante acesso aos cuidados de saúde. As narrativas de destituições, aprofundadas pela dinâmica de violências de gênero e prestação dos cuidados doméstico-familiares, foram partilhadas e se constituíram em experiências de promoção do autocuidado. Suas expectativas em relação à cirurgia bariátrica visavam superar a gordofobia ao emagrecerem, e reduzir as comorbidades reconhecidamente associadas a obesidade. A pressão estética e a subvalorização dos corpos femininos explicitam a disparidade do acesso à cirurgia bariátrica. Entretanto, é a partir da gordofobia vivida pelas mulheres entrevistadas que foi possível apresentar as violações de direitos relativas ao trabalho, vestuário, arquitetura urbana, mobiliários e transporte coletivo público. Os acessos são dificultados para as mulheres gordas que convivem cotidianamente com os limites institucionais e estruturais que as marginalizam. A importância de novos estudos na área do tratamento cirúrgico da obesidade pela ótica do feminismo, partindo de uma escuta político-feminista das experiências e realidades sociais das mulheres, se impôs como um resultado.Abstract : This dissertation discuss gender and social aspects in women with obesity in a preoperative period at one Bariatric Surgery`s Service.The research is empiric, explorative descriptive and with a qualitative approach.The collect of data occurred in the Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC), attending the Brazilian`s public health system ( Sistema Único de Saúde SUS ) and had the participation of ten women that were waiting for the bariatric surgery.A previously made questionnaire, organized with content analysis, was used in data`s collect.We adopted a presupposition that the prevalent index of bariatric surgery in woman shows gender and social aspects.Thought women access more the Bariatric Surgery Service, their own experiences are thought out to be secondary in treatment process, having no eyes for gender and social conditions during the preoperative period.Furthermore, there is a lack of a literature`s projection in considering those aspects in the obesity`s phenomenon.The investigation over the obese women`s narrative was made from a intersectional feminism`s views taking in consideration the obesity`s history and it`s health-diseases process.The results showed that the obesity was developed in extreme poverty, food insecurity, gender violence (being highlighted sexual abuse), racism, as well as infant work or precariousness of work.At the same time obesities had triggered it self in midle of an opression dynamics, the oppression becomes deeper when consider another discrimination: fatphobia .Therefore, oppression of gender, social class and race/ethnicity were aproached in its individual or collective issues in history from those women with obesity interviewed.Generally, the bariatric surgery access, as a last resource on treatment of obesity, was consequence of a privation from human rights and public policy.On women perspective, the pre-operative follow-up mean to their selves an important way of health care access.The narratives of destitution, deepened by the gender violence dynamics and domestic/family care, were shared and this interview by it self configured an experience of self-care.The women`s expectations with bariatric surgery were to overcome the fatphobia and reduce their comorbidities associated with obesity. The esthetic pressure and the undervaluation from feminine bodies explain why there is a bigger access of women instead of man in bariatric surgery.However, is from fatphobia lived by the interviewed women that turns possible to show all the violations of working rights, costume, urban architeture, forniture and public transportation.The accesses were difficult to the fat women living day by day with intitutinal and structural limits that make them marginalized.This study showed the importance of new studies should be stablish in the obesity treatment field by the feminism point of view, with a political-feminist listening act of the women`s social realities and experiences.Zucco, Luciana PatríciaUniversidade Federal de Santa CatarinaGelsleichter, Mayara Zimmermann2020-02-28T18:05:32Z2020-02-28T18:05:32Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis279 p.| il., tabs.application/pdf362014https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/204463porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-02-28T18:05:32Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/204463Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-02-28T18:05:32Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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