A violência institucional como método para lidar com a miséria social: a trajetória dos/as sem terra do assentamento Dom Hélder Câmara/PR no difícil percurso de luta até chegar em cima do lote

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Rodrigues, Adriana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Florianópolis, SC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/88213
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Psicologia
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spelling A violência institucional como método para lidar com a miséria social: a trajetória dos/as sem terra do assentamento Dom Hélder Câmara/PR no difícil percurso de luta até chegar em cima do lotePsicologiaAssentamentos humanosParanaViolenciaDireitos humanosDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em PsicologiaEsta dissertação traz a narrativa de alguns membros de uma comunidade sem terra sobre as violências sofridas, durante a maior onda de repressão organizada contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná. Estas violências cometidas na maioria das vezes pelo aparato repressivo do Estado, que guardava relações de cumplicidade com as violências cometidas também pelas milícias privadas, se concretizaram no período de 1998 a 2000, sob os auspícios do governador Jaime Lerner. Neste período foi desencadeada uma operação de guerra para a realização de dezenas de reintegrações de posse, contando com um modus operandi, que em sua execução violava uma série de direitos humanos. A discussão aqui apresentada foi desenvolvida numa perspectiva psicopolítica e interdisciplinar, que buscou contextualizar a trajetória da luta pela terra no Brasil e no Paraná, com enfoque especial sobre o final da década de 90, momento em que se intensificou a escalada de violência contra os agricultores sem terra neste Estado. A partir deste contexto, iniciou-se um diálogo entre os conceitos de violência de Estado em seus desdobramentos e a criminalização do MST, em interface com a psicanálise freudiana em seus conceitos de narcisismo das pequenas diferenças, amor, amparo e sentimento de culpa. Essas discussões foram realizadas a partir da fala de homens, mulheres, jovens e crianças sem terra, acerca das lembranças, vivências e significações, desses episódios marcados por dor e sofrimento. Foram trazidas também algumas questões relativas ao vínculo destes trabalhadores com o MST, um grupo político fortemente marcado por valores e ideais coletivos. O fato de pertencerem a uma comunidade onde puderam trocar experiências em nível psicopolítico com seus companheiros de infortúnio, colocou-os numa situação ímpar, que possibilitou canalizar de formas diferenciadas sentimentos como culpabilidade e agressividade, direcionando-os em favor da vida. This dissertation introduces a narrative of some members of a landless workers community about the violence they were submitted during the greatest wave of repression organized against the Landless Workers Movement (MST) in Paraná state. Those violences, undertaken most of times by the State repressive forces, who have carried on relations of complicity with the violences undertaken also by private militias, had been taking place from 1998 to 2000, under the auspices of governor Jaime Lerner. During that time was put in to work a warfare operation to take effect dozens of property recoveries, figuring on it a modus operandi that violated a number of human rights. The discussion presented here was developed in a psychopolitical and interdisciplinary perspective, which sought putting in context the historical course of land struggles in Brazil and Paraná, with a particular focalization on the end of 90's, when the violence against the landless peasants was intensified in the latter. From that context was introduced a discussion on the concepts of State violence in their outcomes and criminalization of MST, having as interface the freudian psychoanalysis and its concepts of narcissism of small differences, love, support and guiltiness. Those discussions were based on the speeches of landless men, women, youth and children about the memories, lived experiences and meanings from those episodes marked with pain and suffering. It were also introduced some topics related to the bond of those workers with MST, a political group strongly connected to collective values and ideals. The fact of those people have been living in a community where they could exchange experiences at a psychopolitical level with their partners in misfortune, have situate them in an unpaired position, which have enabled to channel different forms of feelings, such as guiltiness and aggressiveness, directing them for the benefit of life.Florianópolis, SCLago, Mara Coelho de SouzaUniversidade Federal de Santa CatarinaRodrigues, Adriana2012-10-22T06:40:18Z2012-10-22T06:40:18Z20062006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisxii, 201 f.| il., tabs.application/pdf228100http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/88213porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-04T23:37:59Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/88213Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-04T23:37:59Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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