Efeitos antinociceptivo e antiprurido do extrato bruto aquoso obtido das folhas da planta Acca sellowiana em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Aquino, Rosane Schenkel de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/192814
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2018.
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spelling Efeitos antinociceptivo e antiprurido do extrato bruto aquoso obtido das folhas da planta Acca sellowiana em camundongosNeurociênciasGoiabeira-serranaPlantas medicinaisPolifenóisTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2018.No Planalto Serrano de Santa Catarina, Brasil, chá de folhas de Acca sellowiana (Berg.) (Myrtaceae), conhecida como Feijoa sellowiana (Berg.) ou guava, é usado na medicina popular para o tratamento de dor de garganta, gastroenterite, diarreia e problemas estomacais. Este trabalho se propôs a investigar os componentes químicos, toxicidade, atividade antinociceptiva e antiprurido do extrato aquoso bruto das folhas de Acca sellowiana (EBAAs) proveniente da Fazenda Bela Vista (EBAAs-BV), Painel, SC, e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, Lages, SC (EBAAs-E). A análise química dos extratos mostrou que os mesmos são compostos por uma mistura de polifenóis e sesquiterpenos. Os testes toxicológicos dos extratos com Artemia salina e do EBAAs-E em camundongos Swiss segundo guia 407 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) não demonstraram nenhuma toxicidade. O tratamento intragástrico (i.g.) com EBAAs-BV e EBAAs-E (1-30 mg/kg) reduziu significativamente a nocicepção causada pelo ácido acético em camundongos. A dose de 30 mg/kg, i.g. do EBAAs-BV foi capaz de diminuir a nocicepção causada por capsaicina, cinamaldeído e mentol, mas não por glutamato e salina ácida (agonista ASICs) bem como, de diminuir o prurido causado por histamina e tripsina. O tratamento de camundongos com o EBAAs-E (3-10 mg/kg, i.g.) diminuiu drasticamente o comportamento de coçar causado por substância P, tripsina e histamina. O tempo (30 min) e concentração de capsaicina (2.5 ?g/site) e cinamaldeído (750 nmol/site) foram definidos como novos protocolos de prurido, nos quais EBAAs-E foi capaz de diminuir o comportamento de coçar dos animais. EBAAs-E reduziu o comportamento de coçar desencadeado por forbol 12-miristato 13-acetato (PMA), um ativador de PKC. Assim, o efeito antiprurido deste extrato possivelmente envolva a ação do mesmo sobre receptores NK-1, PAR-2/PAR-4, H1/H4, TRPV1 e TRPA1 e, também de PKC. O tratamento agudo e de doses repetidas com o extrato EBAAs-E foi capaz de diminuir significativamente o prurido crônico induzido pelo modelo de pele seca. Citocinas (IL-10, IL-17), fator de crescimento neuronal (NGF), e a atividade das enzimas antioxidantes (superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase e glutationa redutase), na pele e medula espinal não parecem estar associados ao efeito antiprurido do EBAAs-E no modelo de pele seca. O comportamento tipo depressivo está associado ao modelo de pele seca, mas não o tipo ansioso. Tratamento com doses repetidas de EBAAs-E não foi capaz de prevenir o comportamento tipo depressivo no modelo de pele seca e induziu comportamento tipo ansioso em camundongos. Este é o primeiro trabalho mostrando a ação do EBAAs sobre dor e prurido em camundongos e seus possíveis mecanismos de ação. Estas ações aliadas a ausência de toxicidade tornam a planta Acca sellowiana uma promessa no desenvolvimento de um novo fitoterápico e contribui na validação e valorização do conhecimento etnofarmacológico das plantas medicinais do Sul do Brasil.Abstract : Acca sellowiana (O. Berg) Burret (Myrtaceae), also known as Feijoa sellowiana, is used in folk medicine in the Serrano Plateau of Santa Catarina State, Brazil, for the treatment of sore throat, gastroenteritis, stomach cramps and diarrhea. The aim of this study was to investigate the chemical composition and use of the aqueous crude extract from Acca sellowiana (ACEAs) leaves as a potential therapeutic agent for pain and itch on mice Swiss. Leaves from Bela Vista farm (ACEAs-BV) and from Research and extension agricultural company (ACEAs-E) were sampled in 2015 january. The both ACEAs chemical analysis identified sesquiterpenes and polyphenols. Toxicological tests with Artemia salina did not present toxic effects for ACEAs-BV and ACEAs-E, and did not present toxic effects for ACEAs-E according to 407 guide from Organization for Economic Co-operation and Development (OECD). ACEAs-BV and ACEAs-E (1-30 mg/kg) treatment alleviated the nocifensive behavior caused by acetic acid. ACEAs-BV (30 mg/kg) decrease the nocifensive behavior caused by capsaicin (TRPV1 agonist), cinnamaldehyde (TRPA1 agonist), and menthol (TRPM8 agonist), but not glutamate and acidified saline (ASICs agonist). ACEAs-BV abolished itching behavior triggered by trypsin and histamine. ACEAs-E treatment clearly diminished scratching behavior induced by SP, trypsin, histamine. The time (30 min) and concentration of capsaicin (2.5 ?g/site) and cinnamaldehyde (750 nmol/site) were established as a new acute itch protocol, wherein ACEAs-E was effective in decreasing scratching behavior. Scratching behavior induced by phorbol 12-myristate 13-acetato (PMA), a PKC activator, was decreased by ACEAs-E. Based on results, the anti-scratching effect of EBAAs-E possibly involves the inhibition of NK-1, PAR-2/PAR-4, H1/H4, TRPV1 and TRPA1 receptors, as well as PKC. ACEAs drastically decreased the scratching behavior in the acetone/ether/water (AEW) dry skin model. Cytokines (IL-10, IL-17), NGF, antioxidant enzymes (superoxide dismutase, catalase, glutathione peroxidase and glutathione reductase), measured in the skin and spinal cord, and anxious- and depression-like behaviors were not clearly associated to ACEAs anti-scratching effect. This is the first report showing the action mechanisms of ACEAs in acute and chronic experimental models of itch in mice, which is a non-toxic potential source of new phytomedicines. Moreover, this work contribute in validation and valorization of ethnopharmacology knowledge of medicinal plants in southern Brazil.Santos, Adair Roberto Soares dosUniversidade Federal de Santa CatarinaAquino, Rosane Schenkel de2019-01-05T03:02:44Z2019-01-05T03:02:44Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis140 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf355124https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/192814porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-01-05T03:02:44Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/192814Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732019-01-05T03:02:44Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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