Sexualidades E Identidades De Gênero No Contexto Do Cárcere: Representações Sociais De Jovens Presidiárias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moraes, Silvia Piedade De [UNIFESP]
Orientador(a): Bretas, Jose Roberto Da Silva [UNIFESP]
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5207261
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50857
Resumo: Esta pesquisa qualitativa teve como objetivo conhecer as Representações Sociais de jovens do sistema prisional feminino sobre a sexualidade, identidades de gênero, orientação afetivo-sexual, práticas e comportamentos sexuais associados à vivência do desejo e da sexualidade no sistema prisional. Participaram do estudo 30 mulheres com idades entre 18 e 29 anos em cumprimento de pena na Penitenciária Feminina de Santana em São Paulo. Como aporte teórico-metodológico utilizou-se a Teoria das Representações Sociais e a Teoria Queer. As narrativas foram organizadas em dez mapas temáticos e um perfil das participantes em breves relatos. O estudo conclui que as mulheres vivem relações de vulnerabilidade antes de ir para o cárcere, mas não se sujeitam ao papel de vítima. É perceptível como se apropriam da autonomia e como isso impacta nas relações íntimas que tem na prisão. A maioria tem relacionamentos afetivo-sexuais com outras mulheres sem que atribuam para si mesmas uma orientação sexual ou uma identidade de gênero. A sexualidade se mostrou um campo fluido e aberto de amplas possibilidades e repleto de estratégias de resiliência e prazer. As relações entre elas são organizadas de forma binária destacando que os sujeitos que carregam expressões de masculinidades detém maior decisão sobra a intimidade do casal. Para muitas, a prisão foi a oportunidade para conhecer o orgasmo e abrir-se a novas possibilidades de desejo. O Estado foi apontado como falho em estabelecer a sexualidade como um Direito Humano assegurado por lei.
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