Perfil de genótipos do vírus da hepatite C no Brasil entre indivíduos monoinfectados e coinfectados pelo HIV: um levantamento representativo do país
Ano de defesa: | 2018 |
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Resumo: | Introdução: Para receber tratamento com Agentes Antivirais Diretos (DAAs), todos os pacientes infectados pelo HCV no Brasil precisam de uma determinação genotípica do HCV, teste esse que é fornecido pelo governo brasileiro logo após o diagnóstico inicial, assim como o próprio tratamento com DAAs. Avaliamos o perfil genético do HCV de acordo com a região geográfica brasileira, sexo, idade e coinfecção pelo HIV. Métodos: Foram avaliadas 29.071 amostras de pacientes infectados com HCV submetidos à determinação do genótipo (Abbott Real Time HCV Genotype) coletados de março de 2016 a março de 2018. Foram testadas 12.336 amostras selecionadas aleatoriamente para coinfecção pelo HIV, utilizando o kit de teste rápido EIA TR DPP HIV 1/2 BioManguinhos. Análises estatísticas descritivas foram realizadas utilizando o sistema estatístico R. Comparações de grupos de dados foram realizadas usando testes de quiquadrado. Resultados: A idade mediana global foi de 55 anos (de 18 a 90 anos); 58,7% sendo do sexo masculino. A distribuição geral do genótipo do HCV (G) foi de 40,9% G1a, 30,2% G1b, 23,8% G3, 3,8% G2, 0,7% G4, 0,1% G5 e 0,6% com múltiplos genótipos. A prevalência de G1a foi de 44,4% entre os homens e 35,8% entre as mulheres, e G1b e G2 foram mais prevalentes nas idades mais avançadas que os G1a e G3. O G3 foi mais prevalente na região Sul do que em outras regiões brasileiras. Entre as 12.336 amostras testadas para a coinfecção pelo HIV, 15% (IC 95% = 14,3 15,4%) eram HIV +, com uma mediana de idade de 50 entre os pacientes coinfectados em comparação com 57 entre os monoinfectados. 71,1% dos pacientes coinfectados eram do sexo masculino, em comparação com 58,7% dos indivíduos no total. A prevalência de coinfecção pelo HIV foi a seguinte: Sul do Brasil (19,1%), Sudeste (15,6%), Central (10,9%), Nordeste (7,8%) e Norte (4,3%). Conclusão: Este é um relato de prevalência dos genótipos do HCV que é verdadeiramente representativo de todo o país. A alta prevalência de G3 no sul do Brasil representa um desafio extra relacionado à progressão da doença e resposta ao tratamento do HCV, assim como a maior prevalência de G1A, especialmente entre o sexo masculino, genótipo este com menor barreira genética à resistência aos inibidores de protease. |
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Nutini, Mariana Fernanda Rodrigues [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)http://lattes.cnpq.br/4133591427804494http://lattes.cnpq.br/0846508761438062Diaz, Ricardo Sobhie [UNIFESP]São Paulo2020-03-25T12:11:03Z2020-03-25T12:11:03Z2018-11-30https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6794683https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/531612018-1106.pdfIntrodução: Para receber tratamento com Agentes Antivirais Diretos (DAAs), todos os pacientes infectados pelo HCV no Brasil precisam de uma determinação genotípica do HCV, teste esse que é fornecido pelo governo brasileiro logo após o diagnóstico inicial, assim como o próprio tratamento com DAAs. Avaliamos o perfil genético do HCV de acordo com a região geográfica brasileira, sexo, idade e coinfecção pelo HIV. Métodos: Foram avaliadas 29.071 amostras de pacientes infectados com HCV submetidos à determinação do genótipo (Abbott Real Time HCV Genotype) coletados de março de 2016 a março de 2018. Foram testadas 12.336 amostras selecionadas aleatoriamente para coinfecção pelo HIV, utilizando o kit de teste rápido EIA TR DPP HIV 1/2 BioManguinhos. Análises estatísticas descritivas foram realizadas utilizando o sistema estatístico R. Comparações de grupos de dados foram realizadas usando testes de quiquadrado. Resultados: A idade mediana global foi de 55 anos (de 18 a 90 anos); 58,7% sendo do sexo masculino. A distribuição geral do genótipo do HCV (G) foi de 40,9% G1a, 30,2% G1b, 23,8% G3, 3,8% G2, 0,7% G4, 0,1% G5 e 0,6% com múltiplos genótipos. A prevalência de G1a foi de 44,4% entre os homens e 35,8% entre as mulheres, e G1b e G2 foram mais prevalentes nas idades mais avançadas que os G1a e G3. O G3 foi mais prevalente na região Sul do que em outras regiões brasileiras. 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A alta prevalência de G3 no sul do Brasil representa um desafio extra relacionado à progressão da doença e resposta ao tratamento do HCV, assim como a maior prevalência de G1A, especialmente entre o sexo masculino, genótipo este com menor barreira genética à resistência aos inibidores de protease.Background: To receive treatment with Direct Antiviral Agents (DAAs), all HCV infected patients in Brazil need a genotype determination, which is provided by the Brazilian government soon after initial diagnosis as is the treatment. We assessed the HCV genotype profile according to Brazilian geographic region, gender, age and HIV coinfection. Methods: We assessed 29.071 samples from HCV infected patients subjected to HCV genotype (Abbott Real Time HCV Genotype) collected from March 2016 to March 2018. Samples which genotype assignment was unclear using qPCR, were subjected to sanger sequencing of either NS5B or 3´UTR regions. 12.336 randomly selected samples were tested for HIV coinfection using the EIA rapid test kit TR DPP HIV 1/2 BioManguinhos. Descriptive statistical analyses were performed using the R statistical system and language. Group comparisons of data was performed using chisquared tests. Results: Overall median age was 55 years old (from 18 to 90); 58,7% being males. Overall HCV genotype (G) distribution was 40.9% G1a, 30.2% G1b, 23.8% G3, 3.8% G2, 0.7% G4, 0.1% G5 and 0.6% with multiples genotypes. Prevalence of G1a was 44.4% among males and 35.8 among females, and G1b, and G2 were more prevalent in older ages than G1a and G3. G3 was more prevalent in the South region than in other Brazilian regions. Among 12.336 samples tested for HIV coinfection, 15% (95% CI = 14.3 – 15.4%) were HIV+, with a median age of 50 among coinfected patients as compared to 57 among monoinfected individuals. 71.1% of coinfected patients were male as compared to 58.7% of overall. The sample of HIV coinfection was: the South of Brazil (19.1%) South east (15.6%), Central (10.9%), Northeast (7.8%), and North (4.3%). Conclusion: This is a report of the genotype HCV that is truly representative of the entire country. High prevalence of G3 in the south of Brazil poses an extra challenge related to HCV disease progression and treatment response, as well as the higher prevalence of G1a especially among males, a genotype with lower genetic barrier to resistance to protease inhibitors.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2018)47 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)GenótipoDistribuição por idade e sexoEpidemiologia MolecularBrasilHCVHIVPerfil de genótipos do vírus da hepatite C no Brasil entre indivíduos monoinfectados e coinfectados pelo HIV: um levantamento representativo do paísHCV genotype profile in Brazil among mono infected and HIV co-infected individuals: a survey representative an entire countryinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de MedicinaInfectologiaCiências da SaúdeEstudo da Dinâmica das Doenças Infecciosas nas Populações AfetadasORIGINALMariana Fernanda Rodrigues Nutini - A.pdfMariana Fernanda Rodrigues Nutini - A.pdfTese de doutoradoapplication/pdf1541399${dspace.ui.url}/bitstream/11600/53161/1/Mariana%20Fernanda%20Rodrigues%20Nutini%20-%20A.pdf57e231cfa6ece818b5124aad8c0e25f7MD51open access11600/531612023-09-01 15:22:35.357open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/53161Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-09-01T18:22:35Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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