Associações entre obesidade abdominal e ritmo de filtração glomerular e albuminúria em pacientes hipertensos e não diabéticos
Ano de defesa: | 2020 |
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Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Resumo: | A doença renal associada à obesidade vem se tornando cada vez mais preocupante para os sistemas de saúde à medida que a prevalência de sobrepeso e obesidade vem aumentando em todo o mundo, particularmente em países em desenvolvimento, outrora acometidos por doenças associadas à desnutrição1-4. Embora exista inegável e forte associação entre excesso de tecido gorduroso e Diabetes Mellitus bem como com a hipertensão arterial, as quais tem efeito causal no desenvolvimento de doença renal, existem evidências ainda que conflitantes de que parte do impacto da obesidade na doença renal possa ser independente de alterações metabólicas ou de pressão arterial5-7. Enquanto alguns estudos sugerem que excesso de gordura esteja independentemente associado à albuminúria e à hiperfiltração e à aceleração do declínio de função renal relacionado à idade7.9, outros não encontraram resultados que possam sustentar esta teoria10,11. Também há divergências se o tipo de distribuição de gordura teria efeito deletério renal: a obesidade per se seria um fator de risco ou o fator de risco seria o acúmulo de gordura abdominal independente do excesso de peso? Os dados na literatura são conflitantes também neste ponto12,13. Soma-se a isto o padrão diferente de evolução de doença renal observado em cada gênero, bem como em portadores de diferentes condições clínicas14,15. Em nossos estudos, tivemos por objetivo a avaliação em uma população com pouca heterogeneidade, sem Diabetes Mellitus e com hipertensão arterial em tratamento. Em estudo transversal incluímos homens e mulheres para avaliação de associação entre albuminúria, marcador de lesão renal, e medidas de adiposidade. Em um segundo estudo, desta vez longitudinal, analisamos o comportamento da taxa de filtração glomerular em um grupo de mulheres com alta prevalência de obesidade ou sobrepeso frente a variações de peso e de gordura abdominal. Em ambos os projetos, avaliamos como um dos objetivos principais a interrelação de fatores metabólicos associados à resistência à insulina bem como o controle da pressão arterial com associações entre alterações sugestivas de lesão renal e adiposidade. Nosso outro objetivo foi tentar definir se a concentração abdominal de gordura prevalece ou não sobre o IMC quanto ao risco de alterações renais deletérias. |
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Lobo, Sylvia Madeira De Vergueiro [UNIFESP]Universidade Federal de São PauloZanella, Maria Teresa [UNIFESP]2022-07-22T13:50:44Z2022-07-22T13:50:44Z2020-11-13https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9968501https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64759SYLVIA MADEIRA DE VERGUEIRO LOBO.pdfA doença renal associada à obesidade vem se tornando cada vez mais preocupante para os sistemas de saúde à medida que a prevalência de sobrepeso e obesidade vem aumentando em todo o mundo, particularmente em países em desenvolvimento, outrora acometidos por doenças associadas à desnutrição1-4. Embora exista inegável e forte associação entre excesso de tecido gorduroso e Diabetes Mellitus bem como com a hipertensão arterial, as quais tem efeito causal no desenvolvimento de doença renal, existem evidências ainda que conflitantes de que parte do impacto da obesidade na doença renal possa ser independente de alterações metabólicas ou de pressão arterial5-7. Enquanto alguns estudos sugerem que excesso de gordura esteja independentemente associado à albuminúria e à hiperfiltração e à aceleração do declínio de função renal relacionado à idade7.9, outros não encontraram resultados que possam sustentar esta teoria10,11. Também há divergências se o tipo de distribuição de gordura teria efeito deletério renal: a obesidade per se seria um fator de risco ou o fator de risco seria o acúmulo de gordura abdominal independente do excesso de peso? Os dados na literatura são conflitantes também neste ponto12,13. Soma-se a isto o padrão diferente de evolução de doença renal observado em cada gênero, bem como em portadores de diferentes condições clínicas14,15. Em nossos estudos, tivemos por objetivo a avaliação em uma população com pouca heterogeneidade, sem Diabetes Mellitus e com hipertensão arterial em tratamento. Em estudo transversal incluímos homens e mulheres para avaliação de associação entre albuminúria, marcador de lesão renal, e medidas de adiposidade. Em um segundo estudo, desta vez longitudinal, analisamos o comportamento da taxa de filtração glomerular em um grupo de mulheres com alta prevalência de obesidade ou sobrepeso frente a variações de peso e de gordura abdominal. Em ambos os projetos, avaliamos como um dos objetivos principais a interrelação de fatores metabólicos associados à resistência à insulina bem como o controle da pressão arterial com associações entre alterações sugestivas de lesão renal e adiposidade. Nosso outro objetivo foi tentar definir se a concentração abdominal de gordura prevalece ou não sobre o IMC quanto ao risco de alterações renais deletérias.Obesity, a condition that has reached epidemic proportions in our century, is recognized as a risk factor for chronic kidney disease (CKD). However, it has not yet been completely clarified whether this association would be dependent on metabolic changes related to insulin resistance or if it could be also a consequence of visceral fat accumulation that, by mechanical compression, would lead to renal hemodynamic changes and increased albuminuria. The objective of our study was to evaluate, in a cohort of non-diabetic hypertensive patients, the association between anthropometric measures of obesity, such as body mass index (BMI) and waist circumference (WC), with the values of urinary albumin and creatinine ratio (UACR), as well as its relationship with metabolic factors related to insulin resistance. A total of 309 participants were included and stratified according to gender and the median of WC (98.5 cm in men and 94.0 cm in women). We observed an association between higher WC and higher UACR, both in men (5.6 [2.7-10.3] vs 8.2 [5.4-22.0] mg/g; p= 0.011) and in women (4.3 [3.0-7.6] vs 6.1 [3.9 -9.0] mg/g; p= 0.005). In a model with log UACR as the dependent variable, the independent variables tested, including WC, male gender, systolic blood pressure (SBP) and the ratio between serum triglycerides and HDL-cholesterol levels (logTG / HDL), taken as an index of insulin resistance, were all predictors of UACR, explaining 9.3% of its variance. However, in another multivariate linear regression model, when WC was replaced by BMI, male gender, SBP and logTG / HDL, but not BMI, remained as independent predictors of UACR. Conclusion: Excess of abdominal fat but not increased BMI, is associated with increases in urinary albumin excretion. Our results suggest that, although metabolic alterations and blood pressure may have a deleterious influence on albuminuria, abdominal fat accumulation may itself directly contribute to renal injury.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2020)51 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)AlbuminuriaObesidadeHipertensãoResistência A InsulinaAlbuminuriaCentral ObesityObesityHypertensionInsulin ResistenceAssociações entre obesidade abdominal e ritmo de filtração glomerular e albuminúria em pacientes hipertensos e não diabéticosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Medicina (Endocrinologia e Metabologia)Endocrinologia E MetabologiaDiagnóstico E TerapêuticaORIGINALSYLVIA MADEIRA DE VERGUEIRO LOBO.pdfSYLVIA MADEIRA DE VERGUEIRO LOBO.pdfapplication/pdf1542416${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64759/1/SYLVIA%20MADEIRA%20DE%20VERGUEIRO%20LOBO.pdf05f534919be208dcd1f02a3c1ff6c3e3MD51open accessTEXTSYLVIA MADEIRA DE VERGUEIRO LOBO.pdf.txtSYLVIA MADEIRA DE VERGUEIRO LOBO.pdf.txtExtracted texttext/plain74163${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64759/2/SYLVIA%20MADEIRA%20DE%20VERGUEIRO%20LOBO.pdf.txtf77f017653719ade226f1ca17aebd868MD52open accessTHUMBNAILSYLVIA MADEIRA DE VERGUEIRO LOBO.pdf.jpgSYLVIA MADEIRA DE VERGUEIRO LOBO.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3725${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64759/4/SYLVIA%20MADEIRA%20DE%20VERGUEIRO%20LOBO.pdf.jpg9c4a0b9e3aa67f636fbfb06128d0d012MD54open access11600/647592023-05-12 06:04:37.015open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/64759Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-12T09:04:37Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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A doença renal associada à obesidade vem se tornando cada vez mais preocupante para os sistemas de saúde à medida que a prevalência de sobrepeso e obesidade vem aumentando em todo o mundo, particularmente em países em desenvolvimento, outrora acometidos por doenças associadas à desnutrição1-4. Embora exista inegável e forte associação entre excesso de tecido gorduroso e Diabetes Mellitus bem como com a hipertensão arterial, as quais tem efeito causal no desenvolvimento de doença renal, existem evidências ainda que conflitantes de que parte do impacto da obesidade na doença renal possa ser independente de alterações metabólicas ou de pressão arterial5-7. Enquanto alguns estudos sugerem que excesso de gordura esteja independentemente associado à albuminúria e à hiperfiltração e à aceleração do declínio de função renal relacionado à idade7.9, outros não encontraram resultados que possam sustentar esta teoria10,11. Também há divergências se o tipo de distribuição de gordura teria efeito deletério renal: a obesidade per se seria um fator de risco ou o fator de risco seria o acúmulo de gordura abdominal independente do excesso de peso? Os dados na literatura são conflitantes também neste ponto12,13. Soma-se a isto o padrão diferente de evolução de doença renal observado em cada gênero, bem como em portadores de diferentes condições clínicas14,15. Em nossos estudos, tivemos por objetivo a avaliação em uma população com pouca heterogeneidade, sem Diabetes Mellitus e com hipertensão arterial em tratamento. Em estudo transversal incluímos homens e mulheres para avaliação de associação entre albuminúria, marcador de lesão renal, e medidas de adiposidade. Em um segundo estudo, desta vez longitudinal, analisamos o comportamento da taxa de filtração glomerular em um grupo de mulheres com alta prevalência de obesidade ou sobrepeso frente a variações de peso e de gordura abdominal. Em ambos os projetos, avaliamos como um dos objetivos principais a interrelação de fatores metabólicos associados à resistência à insulina bem como o controle da pressão arterial com associações entre alterações sugestivas de lesão renal e adiposidade. Nosso outro objetivo foi tentar definir se a concentração abdominal de gordura prevalece ou não sobre o IMC quanto ao risco de alterações renais deletérias. |
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