Estilos parentais, comportamentos de mães e pais em relação à alimentação dos filhos e fatores associados à dificuldades alimentares em crianças
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.unifesp.br/11600/65862 |
Resumo: | Objetivo: Identificar estilos parentais, comportamentos de pais e mães em relação à alimentação dos filhos e fatores associados à percepção dos responsáveis sobre dificuldades alimentares (DA) nas crianças, investigar diferenças conforme o sexo dos responsáveis e avaliar casais. Método: Estudo transversal quantitativo realizado com 396 responsáveis (pais ou mães) por crianças de 1 ano e 6 meses a 8 anos e 11 meses no pronto atendimento de um hospital infantil particular em São Paulo. Dados referentes aos estilos parentais na alimentação e comportamentos em relação à alimentação dos filhos foram avaliados por instrumentos validados para população brasileira e variáveis sociodemográficas, dados das crianças, dos pais e mães e práticas de rotina na alimentação por questionário semiestruturado. A pesquisa foi autopreenchida em plataforma online. Foram realizadas análises descritivas e utilizouse teste de Qui-quadrado, teste t de Student e Mann-Whitney. A associação entre as variáveis foi testada pela Regressão Logística e concordância entre casais pela estatística Kappa. Considerou-se nível de significância inferior a 5% (p<0,05). Resultados: A amostra dos artigos 1 e 2 (N=333) foi composta majoritariamente por indivíduos brancos (80%), com alto nível de escolaridade (49%), renda familiar superior a 10 salários-mínimos (46,2%). 1) A prevalência de DA relatada pelos responsáveis foi 26,4% (N=88). As crianças apresentaram média de idade 3,5±1,7, sendo maioria do sexo masculino (51,4%) e eutróficas (72,3%). O estilo parental permissivo foi o mais frequente (44,8%) seguido do controlador (24,7%), responsivo (23,8%) e não envolvido (6,7%). Identificou-se como fatores associados à percepção de DA, crianças do sexo feminino, responsáveis com diagnóstico de depressão e histórico de DA e o comportamento de oferta de muitas opções alimentares. A criança compartilhar o cardápio familiar e a prática de estabelecer limites para guloseimas se associaram inversamente à DA. Responsáveis com estilos permissivos e não envolvidos apresentaram chances diminuídas de relatar a DA nos filhos. 2) O estilo permissivo foi o mais prevalente entre pais e mães (44,8%), sendo mais frequente nas mães (47,6%), comparado aos pais (38,6%), assim como o estilo responsivo (mães=25,6%; pais=19,8%). Pais apresentaram maior frequência o estilo controlador (30,7%) e não envolvido (10,9%) (mães=22%; 4.9%). Práticas responsivas e permissivas foram ressaltadas entre as mães, assim como maior número de refeições semanais compartilhadas com as crianças e diferenças no status de trabalho. 3) Entre casais (N=58), no artigo 3, identificou-se variação do grau de concordância das repostas sobre estilos parentais, rotinas na alimentação e percepção de DA. A oferta de refeições especiais foi ressaltada entre mães. Entre 17 crianças que foram apontadas com DA pelos seus responsáveis, 7 casais foram consonantes quanto à queixa, enquanto 10 casais apenas um dos responsáveis apontou problemas. Um casal formado por mães apresentou estilos parentais e frequência de comportamentos distintos. Conclusão: Aspectos relacionados às crianças, aos estilos parentais, comportamentos na alimentação e fatores dos pais e mães foram associados à percepção de DA nas crianças indicando associações positivas e negativas. Além disso, observou-se similaridades e diferenças relacionadas ao sexo dos responsáveis, à concordância entre as respostas de casais para percepção de DA, estilo parental e práticas de rotina na alimentação dos filhos. |
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Hasbani, Evelin Czarny [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/0070316066236109http://lattes.cnpq.br/2084196778725842Fisberg, Mauro [UNIFESP]São Paulo2022-11-10T13:47:22Z2022-11-10T13:47:22Z2021-05-11https://repositorio.unifesp.br/11600/65862Objetivo: Identificar estilos parentais, comportamentos de pais e mães em relação à alimentação dos filhos e fatores associados à percepção dos responsáveis sobre dificuldades alimentares (DA) nas crianças, investigar diferenças conforme o sexo dos responsáveis e avaliar casais. Método: Estudo transversal quantitativo realizado com 396 responsáveis (pais ou mães) por crianças de 1 ano e 6 meses a 8 anos e 11 meses no pronto atendimento de um hospital infantil particular em São Paulo. Dados referentes aos estilos parentais na alimentação e comportamentos em relação à alimentação dos filhos foram avaliados por instrumentos validados para população brasileira e variáveis sociodemográficas, dados das crianças, dos pais e mães e práticas de rotina na alimentação por questionário semiestruturado. A pesquisa foi autopreenchida em plataforma online. Foram realizadas análises descritivas e utilizouse teste de Qui-quadrado, teste t de Student e Mann-Whitney. A associação entre as variáveis foi testada pela Regressão Logística e concordância entre casais pela estatística Kappa. Considerou-se nível de significância inferior a 5% (p<0,05). Resultados: A amostra dos artigos 1 e 2 (N=333) foi composta majoritariamente por indivíduos brancos (80%), com alto nível de escolaridade (49%), renda familiar superior a 10 salários-mínimos (46,2%). 1) A prevalência de DA relatada pelos responsáveis foi 26,4% (N=88). As crianças apresentaram média de idade 3,5±1,7, sendo maioria do sexo masculino (51,4%) e eutróficas (72,3%). O estilo parental permissivo foi o mais frequente (44,8%) seguido do controlador (24,7%), responsivo (23,8%) e não envolvido (6,7%). Identificou-se como fatores associados à percepção de DA, crianças do sexo feminino, responsáveis com diagnóstico de depressão e histórico de DA e o comportamento de oferta de muitas opções alimentares. A criança compartilhar o cardápio familiar e a prática de estabelecer limites para guloseimas se associaram inversamente à DA. Responsáveis com estilos permissivos e não envolvidos apresentaram chances diminuídas de relatar a DA nos filhos. 2) O estilo permissivo foi o mais prevalente entre pais e mães (44,8%), sendo mais frequente nas mães (47,6%), comparado aos pais (38,6%), assim como o estilo responsivo (mães=25,6%; pais=19,8%). Pais apresentaram maior frequência o estilo controlador (30,7%) e não envolvido (10,9%) (mães=22%; 4.9%). Práticas responsivas e permissivas foram ressaltadas entre as mães, assim como maior número de refeições semanais compartilhadas com as crianças e diferenças no status de trabalho. 3) Entre casais (N=58), no artigo 3, identificou-se variação do grau de concordância das repostas sobre estilos parentais, rotinas na alimentação e percepção de DA. A oferta de refeições especiais foi ressaltada entre mães. Entre 17 crianças que foram apontadas com DA pelos seus responsáveis, 7 casais foram consonantes quanto à queixa, enquanto 10 casais apenas um dos responsáveis apontou problemas. Um casal formado por mães apresentou estilos parentais e frequência de comportamentos distintos. Conclusão: Aspectos relacionados às crianças, aos estilos parentais, comportamentos na alimentação e fatores dos pais e mães foram associados à percepção de DA nas crianças indicando associações positivas e negativas. Além disso, observou-se similaridades e diferenças relacionadas ao sexo dos responsáveis, à concordância entre as respostas de casais para percepção de DA, estilo parental e práticas de rotina na alimentação dos filhos.Objective: To identify fathers and mother’s feeding styles’, mealtime behaviour in a child-feeding context and factors associated with parental perception of feeding difficulties (FD) in children and to investigate parents’ sex differences related to feeding styles and mealtime behaviour in a child-feeding context as well to verify the agreement of couple’s responses. Method: Cross-sectional study with 396 caregivers of children ranging from 1 year and 6 months to 8 years and 11 months recruited in the waiting room at a private children hospital in São Paulo, Brazil. Feeding styles and parents’ mealtime behaviour were evaluated through validated instruments to the Brazilian population while sociodemographic, parents and children details and meal routines were assessed by a semi-structured questionnaire. All queries were answered through online self-administered platform. Descriptive analyses were performed, and ChiSquare test, T-Student test and Mann-Whitney were used to evaluate differences among variables. Logistic regression models were applied to assess the associated factors and kappa statistic to verify couples’ responses. Significance level below 5% (p<.005) was considered. Results: The sample of articles 1 and 2 (N=333) was composed mostly by white individuals (80%), with high scholarship levels (49%) and income above 10 minimum wages (46,2%). 1) The prevalence of FD according to parents’ perception was 26,4% (n=88). Children’s average age was 3,5±1,7 years old, in which 51,4% were boys and eutrophic (72,3%). The indulgent parent style was more frequent (44.8%), followed by authoritarian (24.7%), authoritative (23.8%) and uninvolved (6.7%). The associated factors with parents’ perception of FD were female children, parents with depression diagnosis, FD history, and many food choices behaviour’s domain. Furthermore, the child’s consumption of family meal (OR= 0.45; CI95%=0.21-0.95) and setting snack limits (OR= 0.46; CI95%=0.24-0.87) were inversely associated with FD. Indulgent or uninvolved styles were less likely to notice FD in their children. 2) The most prevalent parents’ feeding style was indulgent (44.8%) and mothers presented greater frequency (47,6%) compared to fathers (38.6%) as well as for the authoritative style (mothers=25.6%; fathers=19.8%). The fathers had greater xi frequency of authoritarian style (30.7%) and uninvolved (10.9%) in comparison to mothers respectively (22%; 4.9%). The mothers presented responsive and permissive mealtime behaviour and greater number of shared meals with children and a difference was found in the parents’ working status. 3) Different levels of agreement were found in couple’s (N=58) responses on article 3. Greater values of special meals domain were observed among mothers. Considering 17 children identified with FD, 7 couples were consonant about the complaint and in 10 couples, only one of the caregivers pointed out the problem. The couple formed by mothers presented different feeding styles and frequencies of mealtime behaviour and use of distractions during mealtime. Conclusion: The results allowed to identify children’s and parents’ aspects as well as feeding styles and parents’ mealtime behaviour associated with parents’ perception of FD, showing positive and negative relations. Furthermore, it was observed similarities and differences according to parents’ sex and levels of agreement among couples.porUniversidade Federal de São PauloEstilo parental na alimentaçãoPráticas alimentares parentaisDificuldades alimentaresCriançasRefeições familiaresEstilos parentais, comportamentos de mães e pais em relação à alimentação dos filhos e fatores associados à dificuldades alimentares em criançasParental feeding styles, feeding practices and factors associated with children's feeding difficulties.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)Pediatria e Ciências Aplicadas à PediatriaTEXTDissertação Evelin Czarny Hasbani.pdf.txtDissertação Evelin Czarny Hasbani.pdf.txtExtracted 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Objetivo: Identificar estilos parentais, comportamentos de pais e mães em relação à alimentação dos filhos e fatores associados à percepção dos responsáveis sobre dificuldades alimentares (DA) nas crianças, investigar diferenças conforme o sexo dos responsáveis e avaliar casais. Método: Estudo transversal quantitativo realizado com 396 responsáveis (pais ou mães) por crianças de 1 ano e 6 meses a 8 anos e 11 meses no pronto atendimento de um hospital infantil particular em São Paulo. Dados referentes aos estilos parentais na alimentação e comportamentos em relação à alimentação dos filhos foram avaliados por instrumentos validados para população brasileira e variáveis sociodemográficas, dados das crianças, dos pais e mães e práticas de rotina na alimentação por questionário semiestruturado. A pesquisa foi autopreenchida em plataforma online. Foram realizadas análises descritivas e utilizouse teste de Qui-quadrado, teste t de Student e Mann-Whitney. A associação entre as variáveis foi testada pela Regressão Logística e concordância entre casais pela estatística Kappa. Considerou-se nível de significância inferior a 5% (p<0,05). Resultados: A amostra dos artigos 1 e 2 (N=333) foi composta majoritariamente por indivíduos brancos (80%), com alto nível de escolaridade (49%), renda familiar superior a 10 salários-mínimos (46,2%). 1) A prevalência de DA relatada pelos responsáveis foi 26,4% (N=88). As crianças apresentaram média de idade 3,5±1,7, sendo maioria do sexo masculino (51,4%) e eutróficas (72,3%). O estilo parental permissivo foi o mais frequente (44,8%) seguido do controlador (24,7%), responsivo (23,8%) e não envolvido (6,7%). Identificou-se como fatores associados à percepção de DA, crianças do sexo feminino, responsáveis com diagnóstico de depressão e histórico de DA e o comportamento de oferta de muitas opções alimentares. A criança compartilhar o cardápio familiar e a prática de estabelecer limites para guloseimas se associaram inversamente à DA. Responsáveis com estilos permissivos e não envolvidos apresentaram chances diminuídas de relatar a DA nos filhos. 2) O estilo permissivo foi o mais prevalente entre pais e mães (44,8%), sendo mais frequente nas mães (47,6%), comparado aos pais (38,6%), assim como o estilo responsivo (mães=25,6%; pais=19,8%). Pais apresentaram maior frequência o estilo controlador (30,7%) e não envolvido (10,9%) (mães=22%; 4.9%). Práticas responsivas e permissivas foram ressaltadas entre as mães, assim como maior número de refeições semanais compartilhadas com as crianças e diferenças no status de trabalho. 3) Entre casais (N=58), no artigo 3, identificou-se variação do grau de concordância das repostas sobre estilos parentais, rotinas na alimentação e percepção de DA. A oferta de refeições especiais foi ressaltada entre mães. Entre 17 crianças que foram apontadas com DA pelos seus responsáveis, 7 casais foram consonantes quanto à queixa, enquanto 10 casais apenas um dos responsáveis apontou problemas. Um casal formado por mães apresentou estilos parentais e frequência de comportamentos distintos. Conclusão: Aspectos relacionados às crianças, aos estilos parentais, comportamentos na alimentação e fatores dos pais e mães foram associados à percepção de DA nas crianças indicando associações positivas e negativas. Além disso, observou-se similaridades e diferenças relacionadas ao sexo dos responsáveis, à concordância entre as respostas de casais para percepção de DA, estilo parental e práticas de rotina na alimentação dos filhos. |
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