Ironia e subjetividade: Kierkegaard e a crítica ao romantismo alemão
Ano de defesa: | 2021 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Resumo: | Esta pesquisa tem por objetivo analisar a relação existente entre os conceitos de ironia e de subjetividade segundo o pensamento do filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard. Examinaremos como Kierkegaard interpretou a ironia romântica tendo como base sua obra O conceito de ironia constantemente referido a Sócrates (1841). Nesta obra, que é sua primeira obra de destaque, também sua dissertação de mestrado, Kierkegaard apresenta uma análise do conceito de ironia em sua gênese, partindo da caracterização da figura do filósofo Sócrates através dos relatos de seus biógrafos: Xenofonte, Platão e Aristófanes. Para alcançar o nosso objetivo iremos analisar a crítica que ele empreende ao Romantismo alemão - pós Fichte - quando compara a ironia socrática com a ironia romântica utilizada pela filosofia alemã de seu tempo; nessa direção, veremos como ele se vale também da interpretação que Hegel deu a ironia como forma de superação da vertente romântica por tê-la estabelecido como um momento no desenvolvimento da dialética. A partir desta abordagem observaremos como a ênfase kierkegaardiana nos conceitos de ironia e de subjetividade, bem como seu distanciamento da visão hegeliana, contrapõe-se à visão romântica de filósofos/poetas como Schlegel, Tieck e Solger, os quais teriam, para ele, tentado reduzir a realidade a processos racionais de uma subjetividade abstrata, enquanto negação radical de uma realidade efetiva. Desta forma, Kierkegaard propõe um uso da ironia que ele denomina de “ironia dominada”, como resposta aos românticos. |
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Silva, Renato Alexandre Laurentino Da [UNIFESP]Universidade Federal de São PauloSilva, Arlenice Almeida Da [UNIFESP]2023-06-27T12:32:50Z2023-06-27T12:32:50Z2021https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=11097478https://repositorio.unifesp.br/11600/68254RENATO ALEXANDRE LAURENTINO DA SILVA-A.pdfEsta pesquisa tem por objetivo analisar a relação existente entre os conceitos de ironia e de subjetividade segundo o pensamento do filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard. Examinaremos como Kierkegaard interpretou a ironia romântica tendo como base sua obra O conceito de ironia constantemente referido a Sócrates (1841). Nesta obra, que é sua primeira obra de destaque, também sua dissertação de mestrado, Kierkegaard apresenta uma análise do conceito de ironia em sua gênese, partindo da caracterização da figura do filósofo Sócrates através dos relatos de seus biógrafos: Xenofonte, Platão e Aristófanes. Para alcançar o nosso objetivo iremos analisar a crítica que ele empreende ao Romantismo alemão - pós Fichte - quando compara a ironia socrática com a ironia romântica utilizada pela filosofia alemã de seu tempo; nessa direção, veremos como ele se vale também da interpretação que Hegel deu a ironia como forma de superação da vertente romântica por tê-la estabelecido como um momento no desenvolvimento da dialética. A partir desta abordagem observaremos como a ênfase kierkegaardiana nos conceitos de ironia e de subjetividade, bem como seu distanciamento da visão hegeliana, contrapõe-se à visão romântica de filósofos/poetas como Schlegel, Tieck e Solger, os quais teriam, para ele, tentado reduzir a realidade a processos racionais de uma subjetividade abstrata, enquanto negação radical de uma realidade efetiva. Desta forma, Kierkegaard propõe um uso da ironia que ele denomina de “ironia dominada”, como resposta aos românticos.This research aims to analyze the relationship between the concepts of irony and subjectivity according to the thinking of the Danish philosopher Søren Kierkegaard. We will examine how Kierkegaard interpreted romantic irony based on his work The concept of irony constantly referred to by Socrates (1841). In this work, which is his first outstanding work, also his master's dissertation, Kierkegaard presents an analysis of the concept of irony in its genesis, starting from the characterization of the figure of the philosopher Socrates through the accounts of his biographers: Xenophon, Plato and Aristophanes. In order to achieve our objective, we will analyze the criticism he undertakes of German Romanticism - post Fichte - when he compares Socratic irony with the romantic irony used by the German philosophy of his time; in this direction, we will see how he also uses the interpretation that Hegel gave irony as a way of overcoming the romantic aspect for having established it as a moment in the development of dialectics. From this approach, we will observe how the Kierkegaardian emphasis on the concepts of irony and subjectivity, as well as their distance from the Hegelian view, contrasts with the romantic view of philosophers / poets such as Schlegel, Tieck and Solger, who would have tried for him reducing reality to rational processes of abstract subjectivity, as a radical negation of an effective reality. In this way, Kierkegaard proposes a use of the irony that he calls “controlled irony”, in response to the romantics.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2021)202 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)IroniaSubjetividadeSócratesRomantismoRomânticosIronySubjectivitySócratesRomanticismRomanticIronia e subjetividade: Kierkegaard e a crítica ao romantismo alemãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPGuarulhos, Escola de Filosofia, Letras e Ciências HumanasFilosofiaFilosofiaSubjetividade, Arte E CulturaORIGINALRENATO ALEXANDRE LAURENTINO DA SILVA-A.pdfRENATO ALEXANDRE LAURENTINO DA SILVA-A.pdfapplication/pdf1309525${dspace.ui.url}/bitstream/11600/68254/1/RENATO%20ALEXANDRE%20LAURENTINO%20DA%20SILVA-A.pdf96058ac4df214ec285fdb799c4af0811MD51open accessTEXTRENATO ALEXANDRE LAURENTINO DA SILVA-A.pdf.txtRENATO ALEXANDRE LAURENTINO DA SILVA-A.pdf.txtExtracted texttext/plain533876${dspace.ui.url}/bitstream/11600/68254/2/RENATO%20ALEXANDRE%20LAURENTINO%20DA%20SILVA-A.pdf.txt56beeed2cfa6b730a96be81d4d88ea27MD52open accessTHUMBNAILRENATO ALEXANDRE LAURENTINO DA SILVA-A.pdf.jpgRENATO ALEXANDRE LAURENTINO DA SILVA-A.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg4360${dspace.ui.url}/bitstream/11600/68254/4/RENATO%20ALEXANDRE%20LAURENTINO%20DA%20SILVA-A.pdf.jpga0073c1004d7e7a69ce27e6ab1194978MD54open access11600/682542023-07-20 01:01:13.294open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/68254Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-07-20T04:01:13Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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