Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Zanfra, Beatriz Viana de Araujo [UNIFESP]
Orientador(a): Carrasco, Alexandre de Oliveira Torres [UNIFESP]
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39250
Resumo: Na obra A estrutura do comportamento, de 1942, Maurice Merleau-Ponty, por meio da noção de estrutura, combate o naturalismo e o intelectualismo, mostrando que o corpo não é um agregado de músculos e de nervos que opera de acordo com a causalidade mecânica e funcional e que a consciência reflexiva não é a única forma da consciência e nem sua primeira manifestação, mas sim dependente da consciência perceptiva e indiscernível do corpo como princípio estruturante. Nesse sentido, no capítulo destinado à questão das relações da alma e do corpo, Merleau-Ponty mostra que todos os problemas a esse respeito se reduzem ao problema da percepção, entendida como "o ato que nos faz conhecer existências" e vê a necessidade da filosofia transcendental ser redefinida a fim de integrar nela o fenômeno do real, sendo tal filosofia a fenomenologia, com a investigação da percepção desempenhando um papel fundamental nela. Em Fenomenologia da Percepção, de 1945, Merleau-Ponty retoma o problema das relações da alma e do corpo abordado no livro anterior, mostrando que a temporalidade resolve tal problema, pois a ideia de subjetividade como temporalidade nos permite ver que o para-si, a revelação de si a si, é o vazio no qual o tempo se faz, e o mundo "em si", que é o horizonte de nosso presente, fazem o problema redundar em saber como um ser que é porvir e passado tenha também um presente, o que acaba suprimindo o problema, já que o porvir, o passado e o presente estão ligados no movimento de temporalização. Sendo assim, a solução de todos os problemas de transcendência se encontra na espessura do presente pré-objetivo, onde encontramos, entre outras coisas, o fundamento de nossa liberdade.
id UFSP_9b6a6488898ee33f7659162dc9fba913
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/39250
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str
spelling Zanfra, Beatriz Viana de Araujo [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Carrasco, Alexandre de Oliveira Torres [UNIFESP]2016-06-21T14:10:00Z2016-06-21T14:10:00Z2014-12-15ZANFRA, Beatriz Viana de Araujo. Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty. 2014. 159 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2014.http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39250Publico-39250.pdfNa obra A estrutura do comportamento, de 1942, Maurice Merleau-Ponty, por meio da noção de estrutura, combate o naturalismo e o intelectualismo, mostrando que o corpo não é um agregado de músculos e de nervos que opera de acordo com a causalidade mecânica e funcional e que a consciência reflexiva não é a única forma da consciência e nem sua primeira manifestação, mas sim dependente da consciência perceptiva e indiscernível do corpo como princípio estruturante. Nesse sentido, no capítulo destinado à questão das relações da alma e do corpo, Merleau-Ponty mostra que todos os problemas a esse respeito se reduzem ao problema da percepção, entendida como "o ato que nos faz conhecer existências" e vê a necessidade da filosofia transcendental ser redefinida a fim de integrar nela o fenômeno do real, sendo tal filosofia a fenomenologia, com a investigação da percepção desempenhando um papel fundamental nela. Em Fenomenologia da Percepção, de 1945, Merleau-Ponty retoma o problema das relações da alma e do corpo abordado no livro anterior, mostrando que a temporalidade resolve tal problema, pois a ideia de subjetividade como temporalidade nos permite ver que o para-si, a revelação de si a si, é o vazio no qual o tempo se faz, e o mundo "em si", que é o horizonte de nosso presente, fazem o problema redundar em saber como um ser que é porvir e passado tenha também um presente, o que acaba suprimindo o problema, já que o porvir, o passado e o presente estão ligados no movimento de temporalização. Sendo assim, a solução de todos os problemas de transcendência se encontra na espessura do presente pré-objetivo, onde encontramos, entre outras coisas, o fundamento de nossa liberdade.On the work The structure of behavior (1942) Maurice Merleau-Ponty, through the notion of structure, combats naturalism and intellectualism, showing that the body is not an aggregate of muscles and nerves that operates according to mechanical and functional causalities and showing that the reflective consciousness is not the only form of consciousness and is not its first manifestation, but dependent on perceptual consciousness and indiscernible of body as a structuring principle. Accordingly, on the chapter dedicated to the question of the relation between soul and body, Merleau-Ponty shows that all problems in this regard are reduced to the problem of perception, which is understood as "the act that makes us know existences" and sees the need for transcendental philosophy be redefined in order to integrate the phenomenon of reality. This philosophy is the phenomenology, with the research of perception playing a key role in it. On Phenomenology of Perception (1945) Merleau-Ponty takes up the question of the relation between soul and body covered in the previous book, showing that the temporality solves this problem because the idea of subjectivity as temporality allows us to see that the for-itself, the revelation of self to self, is the emptiness in which time is done, and the world "in itself", which is the horizon of our present, make the problem redound to know how a being that is future and past has also a present, eliminating the problem, because the future, the past and the present are linked in the movement of temporalization. Thus, the solution of all problems of transcendence is in the thickness of the pre-objective present, where we can find, among other things, the foundation of our liberty.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)159 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)EstruturaFenomenologiaPercepçãoLiberdadeTemporalidadeStructurePhenomenologyPerceptionLibertyTemporalityLiberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-PontyLiberty and temporality on Phenomenology of Perception by Maurice Merleau-Pontyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)Filosofia - GuarulhosFilosofiaORIGINALPublico-39250.pdfPublico-39250.pdfapplication/pdf1514376${dspace.ui.url}/bitstream/11600/39250/1/Publico-39250.pdfb02e965c00e708aae53caa5ca0d9893fMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82959${dspace.ui.url}/bitstream/11600/39250/2/license.txt8f476368b1feceee0304340501f23704MD52open accessTEXTPublico-39250.pdf.txtPublico-39250.pdf.txtExtracted texttext/plain459138${dspace.ui.url}/bitstream/11600/39250/4/Publico-39250.pdf.txt4f6946e3194d61dfcf910fda9a35f13fMD54open accessTHUMBNAILPublico-39250.pdf.jpgPublico-39250.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3639${dspace.ui.url}/bitstream/11600/39250/6/Publico-39250.pdf.jpg1669dd0e49ccdac4a690153392098984MD56open access11600/392502023-05-15 08:47:25.094open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/39250TElDRU7Dh0EgUEFSQSBBIERJU1BPTklCSUxJWkHDh8ODTyBPTkxJTkUgREUgRElTU0VSVEHDh8ODTyBPVSBERSBURVNFIFNVQk1FVElEQSBBTyBSRVBPU0lUw5NSSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBVTklGRVNQDQoNCjEuIEFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZXUsIEFuZHJlYSBIYXlhc2hpIChkZWFjaGFuQGdtYWlsLmNvbSksIHJlc3BvbnPDoXZlbCBwZWxvIHRyYWJhbGhvIOKAnExpYmVyZGFkZSBlIHRlbXBvcmFsaWRhZGUgbmEgZmVub21lbm9sb2dpYSBkYSBwZXJjZXDDp8OjbyBkZSBNYXVyaWNlIE1lcmxlYXUtUG9udHnigJ0gcG9yIG1pbSBzdWJtZXRpZG8gYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgVU5JRkVTUCBlIGRlc2Vudm9sdmlkbyBubyDDom1iaXRvIGRlIHVtIGRvcyBwcm9ncmFtYXMgZGUgcMOzcy1ncmFkdWHDp8OjbyBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTw6NvIFBhdWxvIChVTklGRVNQKToNCg0KYSkgYXRlc3RvIHNlciBvIHJlc3BvbnPDoXZlbCBsZWdhbCBwZWxvIHRyYWJhbGhvIHN1Ym1ldGlkbyBlIHBlbG9zIGRhZG9zIGluZm9ybWFkb3MgZHVyYW50ZSBhIHN1Ym1pc3PDo287DQoNCmIpIGF0ZXN0byBxdWUgbyB0cmFiYWxobyBzdWJtZXRpZG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBsZWlzIGRlIGRpcmVpdG8gYXV0b3JhbDsNCg0KYykgYXRlc3RvIHF1ZSBvIHRyYWJhbGhvIHN1Ym1ldGlkbyBuw6NvIGNvbnTDqW0gcXVhbHF1ZXIgaW5mb3JtYcOnw6NvIGNvbmZpZGVuY2lhbCBtaW5oYSBvdSBkZSB0ZXJjZWlyb3M7DQoNCmQpIGF0ZXN0byBxdWUsIHNlIG9idGl2ZSBmaW5hbmNpYW1lbnRvIHBhcmEgbyBkZXNlbnZvbHZpbWVudG8gZG8gdHJhYmFsaG8gc3VibWV0aWRvLCBpbmZvcm1laSBhIGFnw6puY2lhIGRlIGZvbWVudG8gZSBvIG7Dum1lcm8gZG8gZmluYW5jaWFtZW50byBkdXJhbnRlIGEgc3VibWlzc8OjbzsNCg0KZSkgYXRlc3RvIHF1ZSBhIHZlcnPDo28gZG8gdHJhYmFsaG8gcHJlc2VudGUgbm8gYXJxdWl2byBzdWJtZXRpZG8gw6kgYSB2ZXJzw6NvIGRlZmluaXRpdmEgcXVlIGluY2x1aSBhcyBhbHRlcmHDp8O1ZXMgZGVjb3JyZW50ZXMgZGEgZGVmZXNhLCBzZSBob3V2ZSBhbGd1bWE7DQoNCmYpIGF0ZXN0byBxdWUgYSB2ZXJzw6NvIGRvIHRyYWJhbGhvIHByZXNlbnRlIG5vIGFycXVpdm8gc3VibWV0aWRvIHNlcsOhIGEgbWVzbWEgdmVyc8OjbyBpbXByZXNzYSBlbnRyZWd1ZSBuYSBTZcOnw6NvIFTDqWNuaWNhIGRlIFDDs3MtR3JhZHVhw6fDo28gY29tIGEgcXVhbCBvIHByb2dyYW1hIGRlIHDDs3MtZ3JhZHVhw6fDo28gZW0gcXVlIG8gdHJhYmFsaG8gZm9pIGRlc2Vudm9sdmlkbyBlc3TDoSB2aW5jdWxhZG87DQoNCmcpIGNvbmNlZG8gw6AgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gZXhjbHVzaXZvIGRlIGRpc3BvbmliaWxpemFyLCBkZSBjb3BpYXIgZSBkZSBkaXN0cmlidWlyLCBwb3IgbWVpbyBkZSBzZXVzIGFtYmllbnRlcyBpbnN0aXR1Y2lvbmFpcyBkZSBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8gb3UgYWJlcnRvIGFvIHDDumJsaWNvIGdlcmFsLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbyB0cmFiYWxobyBzdWJtZXRpZG8gZSBvcyBkYWRvcyBpbmZvcm1hZG9zIGR1cmFudGUgYSBzdWJtaXNzw6NvOw0KDQpoKSBjb25jZWRvIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBkZSByZWFsaXphciBxdWFpc3F1ZXIgYWx0ZXJhw6fDtWVzIG5hIG3DrWRpYSBvdSBubyBmb3JtYXRvIGRvIGFycXVpdm8gcGFyYSBwcm9ww7NzaXRvcyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIGRpZ2l0YWwsIGRlIGFjZXNzaWJpbGlkYWRlIGUgZGUgbWVsaG9yIGlkZW50aWZpY2HDp8OjbyBkbyB0cmFiYWxobyBzdWJtZXRpZG8sIGRlc2RlIHF1ZSBuw6NvIHNlamEgYWx0ZXJhZG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbyBpbnRlbGVjdHVhbC4NCg0KMi4gQSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTw6NvIFBhdWxvIChVTklGRVNQKSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGE6DQoNCmEpIGZvcm5lY2VyIHVtYSBpZGVudGlmaWNhw6fDo28gY2xhcmEgZG8gbm9tZSBkbyBhdXRvciBkdXJhbnRlIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvLCBlbSBhbWJpZW50ZSBpbnN0aXR1Y2lvbmFsLCBkbyB0cmFiYWxobyBzdWJtZXRpZG87DQoNCmIpIHNlIG5lY2Vzc8OhcmlvLCByZWFsaXphciBhbHRlcmHDp8O1ZXMgbm9zIGRhZG9zIGluZm9ybWFkb3MgZHVyYW50ZSBhIHN1Ym1pc3PDo28gcGFyYSBxdWUgbWVsaG9yIHJlcHJlc2VudGVtIGUgaWRlbnRpZmlxdWVtIG8gdHJhYmFsaG8gc2VtLCBubyBlbnRhbnRvLCBjb21wcm9tZXRlciBzZXUgY29udGXDumRvIGludGVsZWN0dWFsOw0KDQpjKSByZXNwZWl0YXIgYSBkZWNpc8OjbyBkbyBhdXRvciBzb2JyZSBhIHZlcnPDo28gcXVlIGRldmVyw6Egc2VyIGRpc3BvbmliaWxpemFkYSBpbWVkaWF0YW1lbnRlIGFww7NzIG8gYWNlaXRlIGRhIHN1Ym1pc3PDo28sIHNlamEgZWxhIGEgdmVyc8OjbyBpbnRlZ3JhbCBvdSBwYXJjaWFsOw0KDQpkKSByZXNwZWl0YXIgbyBwcmF6byBkZWZpbmlkbyBwZWxvIGF1dG9yIHBhcmEgYSBkaXNwb25pYmlsaXphw6fDo28gZG8gY29udGXDumRvIGludGVncmFsLCBjYXNvIG8gYXV0b3IgdGVuaGEgb3B0YWRvIHBlbGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGltZWRpYXRhIGFwZW5hcyBkbyBjb250ZcO6ZG8gcGFyY2lhbCBlIG8gcHJhem8gZGVmaW5pZG8gZXN0ZWphIGRlbnRybyBkZSAyIChkb2lzKSBhbm9zIGFww7NzIGEgZGVmZXNhOw0KDQplKSBuw6NvIHJlYWxpemFyIGFsdGVyYcOnw7VlcyBubyBhcnF1aXZvIGVudmlhZG8gYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgZGVzY3JpdGFzIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLg0KDQpTw6NvIFBhdWxvLCBUdWUgSnVuIDIxIDExOjA5OjE0IEJSVCAyMDE2Lg==Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-15T11:47:25Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Liberty and temporality on Phenomenology of Perception by Maurice Merleau-Ponty
title Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty
spellingShingle Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty
Zanfra, Beatriz Viana de Araujo [UNIFESP]
Estrutura
Fenomenologia
Percepção
Liberdade
Temporalidade
Structure
Phenomenology
Perception
Liberty
Temporality
title_short Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty
title_full Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty
title_fullStr Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty
title_full_unstemmed Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty
title_sort Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty
author Zanfra, Beatriz Viana de Araujo [UNIFESP]
author_facet Zanfra, Beatriz Viana de Araujo [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.institution.pt.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Zanfra, Beatriz Viana de Araujo [UNIFESP]
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Carrasco, Alexandre de Oliveira Torres [UNIFESP]
contributor_str_mv Carrasco, Alexandre de Oliveira Torres [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Estrutura
Fenomenologia
Percepção
Liberdade
Temporalidade
topic Estrutura
Fenomenologia
Percepção
Liberdade
Temporalidade
Structure
Phenomenology
Perception
Liberty
Temporality
dc.subject.eng.fl_str_mv Structure
Phenomenology
Perception
Liberty
Temporality
description Na obra A estrutura do comportamento, de 1942, Maurice Merleau-Ponty, por meio da noção de estrutura, combate o naturalismo e o intelectualismo, mostrando que o corpo não é um agregado de músculos e de nervos que opera de acordo com a causalidade mecânica e funcional e que a consciência reflexiva não é a única forma da consciência e nem sua primeira manifestação, mas sim dependente da consciência perceptiva e indiscernível do corpo como princípio estruturante. Nesse sentido, no capítulo destinado à questão das relações da alma e do corpo, Merleau-Ponty mostra que todos os problemas a esse respeito se reduzem ao problema da percepção, entendida como "o ato que nos faz conhecer existências" e vê a necessidade da filosofia transcendental ser redefinida a fim de integrar nela o fenômeno do real, sendo tal filosofia a fenomenologia, com a investigação da percepção desempenhando um papel fundamental nela. Em Fenomenologia da Percepção, de 1945, Merleau-Ponty retoma o problema das relações da alma e do corpo abordado no livro anterior, mostrando que a temporalidade resolve tal problema, pois a ideia de subjetividade como temporalidade nos permite ver que o para-si, a revelação de si a si, é o vazio no qual o tempo se faz, e o mundo "em si", que é o horizonte de nosso presente, fazem o problema redundar em saber como um ser que é porvir e passado tenha também um presente, o que acaba suprimindo o problema, já que o porvir, o passado e o presente estão ligados no movimento de temporalização. Sendo assim, a solução de todos os problemas de transcendência se encontra na espessura do presente pré-objetivo, onde encontramos, entre outras coisas, o fundamento de nossa liberdade.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-12-15
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-06-21T14:10:00Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-06-21T14:10:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ZANFRA, Beatriz Viana de Araujo. Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty. 2014. 159 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2014.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39250
dc.identifier.file.none.fl_str_mv Publico-39250.pdf
identifier_str_mv ZANFRA, Beatriz Viana de Araujo. Liberdade e temporalidade na fenomenologia da percepção de Maurice Merleau-Ponty. 2014. 159 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2014.
Publico-39250.pdf
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39250
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 159 f.
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/39250/1/Publico-39250.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/39250/2/license.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/39250/4/Publico-39250.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/39250/6/Publico-39250.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv b02e965c00e708aae53caa5ca0d9893f
8f476368b1feceee0304340501f23704
4f6946e3194d61dfcf910fda9a35f13f
1669dd0e49ccdac4a690153392098984
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1785105830740230144