A construção das relações internacionais do Movimento Sem Terra e a Nicarágua (1984-1989)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Alvarez, Camilo Monteiro Do Amaral [UNIFESP]
Orientador(a): Welch, Clifford Andrew [UNIFESP]
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8555518
https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64912
Resumo: Fruto de uma crise profunda do capitalismo, as condições desesperadas centro-americana e sul-americana possibilitaram a aproximação dos sem-terra brasileiros com os trabalhadores do campo nicaraguense e com a revolução sandinista. Em diversas medidas esta relação determinou a construção inicial do internacionalismo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Este é o tema do presente trabalho dissertativo, cujos objetivos são de compreender como se deu a solidariedade internacionalista do MST frente a revolução sandinista e como esta relação influenciou na institucionalização das relações internacionais do movimento e em sua prática internacionalista. Para alcançar este fim foram usados como fontes principais o Jornal Sem Terra e os documentos políticos dos órgãos deliberativos do MST, do 1° Congresso Nacional, Encontros Nacionais, Direção Política (posteriormente denominada Direção Nacional), Coordenação Nacional e do Setor de Relações Internacionais do movimento. Como resultado, pode-se perceber como as transformações do liberalismo, da realidade do capitalismo no campo, a ação imperialista estadunidense e o surgimento de novos movimentos sociais criaram as condições para a relação entre o Movimento Sem Terra e Revolução Sandinista. Os objetivos do MST e a concepção de mundo expressa por suas lideranças propiciaram uma forma específica de aproximação e o engajamento na solidariedade à Nicarágua. O desenvolvimento das atividades internacionais e a experiência na Nicarágua promoveram uma elaboração maior do internacionalismo do MST e, por fim, o ocaso das relações com a revolução sandinista se criou oportunidades para o MST construir outras relações internacionais.
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Este é o tema do presente trabalho dissertativo, cujos objetivos são de compreender como se deu a solidariedade internacionalista do MST frente a revolução sandinista e como esta relação influenciou na institucionalização das relações internacionais do movimento e em sua prática internacionalista. Para alcançar este fim foram usados como fontes principais o Jornal Sem Terra e os documentos políticos dos órgãos deliberativos do MST, do 1° Congresso Nacional, Encontros Nacionais, Direção Política (posteriormente denominada Direção Nacional), Coordenação Nacional e do Setor de Relações Internacionais do movimento. Como resultado, pode-se perceber como as transformações do liberalismo, da realidade do capitalismo no campo, a ação imperialista estadunidense e o surgimento de novos movimentos sociais criaram as condições para a relação entre o Movimento Sem Terra e Revolução Sandinista. Os objetivos do MST e a concepção de mundo expressa por suas lideranças propiciaram uma forma específica de aproximação e o engajamento na solidariedade à Nicarágua. O desenvolvimento das atividades internacionais e a experiência na Nicarágua promoveram uma elaboração maior do internacionalismo do MST e, por fim, o ocaso das relações com a revolução sandinista se criou oportunidades para o MST construir outras relações internacionais.As a result of a deep crisis of capitalism, the desperate conditions in Central America and South America made it possible for Brazilian landless people to get closer to workers in the Nicaraguan countryside and the Sandinista revolution. In several measures, this relationship determined the initial construction of internationalism by the Landless Rural Workers Movement (MST). This is the theme of the present dissertation, whose objectives are to understand how the MST internationalist solidarity took place in the face of the Sandinista revolution and how this relationship influenced the institutionalization of the movement's international relations and its internationalist practice. To achieve this end, the main sources were the Jornal Sem Terra and the political documents of the deliberative bodies of the MST, of the 1st National Congress, National Meetings, Political Direction (later called National Direction), National Coordination and the International Relations Sector of the movement. As a result, one can see how the transformations of liberalism, the reality of capitalism in the countryside, the American imperialist action and the emergence of new social movements created the conditions for the relationship between the Landless Movement and the Sandinista Revolution. The objectives of the MST and the conception of the world expressed by its leaders provided a specific way of approaching and engaging in solidarity with Nicaragua. The development of international activities and the experience in Nicaragua promoted a greater elaboration of the MST's internationalism and, finally, the decline of relations with the Sandinista revolution created opportunities for the MST to build other international relations.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2020)119 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Movimentos Sociais Do CampoInternacionalismoSandinistasNeoliberalismoRural Social MovementsInternationalismSandinistaNoeliberalismA construção das relações internacionais do Movimento Sem Terra e a Nicarágua (1984-1989)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPGuarulhos, Escola de Filosofia, Letras e Ciências HumanasHistóriaHistória E HistoriografiaInstituições, Vida Material E ConflitoORIGINALCAMILO MONTEIRO DO AMARAL ALVAREZ.pdfCAMILO MONTEIRO DO AMARAL ALVAREZ.pdfapplication/pdf1255464${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64912/1/CAMILO%20MONTEIRO%20DO%20AMARAL%20ALVAREZ.pdff6bb71cecc74937aa236c72dc5721c08MD51open accessTEXTCAMILO MONTEIRO DO AMARAL ALVAREZ.pdf.txtCAMILO MONTEIRO DO AMARAL ALVAREZ.pdf.txtExtracted texttext/plain299404${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64912/5/CAMILO%20MONTEIRO%20DO%20AMARAL%20ALVAREZ.pdf.txtbc542fd310e7a2e3127855612bf692dcMD55open accessTHUMBNAILCAMILO MONTEIRO DO AMARAL ALVAREZ.pdf.jpgCAMILO MONTEIRO DO AMARAL ALVAREZ.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3480${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64912/7/CAMILO%20MONTEIRO%20DO%20AMARAL%20ALVAREZ.pdf.jpgc7170de569a3725d9c91165f1f321afaMD57open access11600/649122023-05-15 09:15:48.617open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/64912Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-15T12:15:48Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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