A violência relacionada ao trabalho nas equipes de saúde da família de Uberlândia-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Lorena Peres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/163
Resumo: A violência relacionada ao trabalho é um problema social e de saúde pública de grande magnitude tanto na esfera nacional quanto internacional e tem provocado forte impacto nos profissionais de saúde, gerando diferentes riscos em relação ao sexo, raça, cor, idade e espaço social. Este estudo tem-se como objetivo descrever a violência relacionada ao trabalho dos trabalhadores das equipes de saúde da família. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. Realizado nos locais de atuação das equipes de saúde da família do município de Uberlândia-MG. A coleta de dados ocorreu de março a julho de 2011. Foi utilizado um questionário semiestruturado, baseado no roteiro utilizado por Cezar (2005). A população foi constituída por 198 trabalhadores, sendo 118 agentes comunitários de saúde, 25 enfermeiros, 25 técnicos de enfermagem, 16 médicos e seis dentistas. Dentre os trabalhadores que sofreram violência 62,1% eram agentes comunitários de saúde, 13,2% enfermeiros, 8,4% médicos, 13,2% técnicos de enfermagem e 3,1% dentistas. Os tipos de violência mais sofrida pelos trabalhadores foram ameaça ou agressão verbal (80,2%). Os maiores agressores foram as pessoas da comunidade e usuários (58,1%), do sexo feminino (69,8%) e adultos (83,7%). Os sentimentos de tristeza (41,9%), raiva (38,4%) e humilhação (36,1%) foram os mais citados após a violência. E a consequência da violência mais citada foi a perda da satisfação no trabalho (54,6%). A maioria dos trabalhadores (64,2%) relatou ter informado o ato de violência à chefia, 57,8% disseram não se sentirem seguros no ambiente de trabalho, 59,5% considera que o ambiente físico contribui para a ocorrência da violência, 64,7% considera o local de trabalho inseguro, 56,3% sentem-se seguros no trajeto para o trabalho, 95,8% relataram a importância do registro, de qualquer tipo de violência, 66,8% referiram receber orientações a respeito de quando e como lidar com conflitos entre usuários e trabalhadores e 43,7% não receberam assistência médica e psicológica após o ato de violência. Os fatores de risco mais citados foram: pacientes violentos (71,2%), falta de pessoal treinado para lidar com situações violentas (43,4%) e sobrecarga de trabalho (37,9%). A maioria das unidades não possui sistema de alarme e guardas de segurança. Conhecer o fenômeno violência relacionada ao trabalho é importante para implementar medidas preventivas para redução da violência e melhorar a assistência a ser prestada aos usuários.
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Foi utilizado um questionário semiestruturado, baseado no roteiro utilizado por Cezar (2005). A população foi constituída por 198 trabalhadores, sendo 118 agentes comunitários de saúde, 25 enfermeiros, 25 técnicos de enfermagem, 16 médicos e seis dentistas. Dentre os trabalhadores que sofreram violência 62,1% eram agentes comunitários de saúde, 13,2% enfermeiros, 8,4% médicos, 13,2% técnicos de enfermagem e 3,1% dentistas. Os tipos de violência mais sofrida pelos trabalhadores foram ameaça ou agressão verbal (80,2%). Os maiores agressores foram as pessoas da comunidade e usuários (58,1%), do sexo feminino (69,8%) e adultos (83,7%). Os sentimentos de tristeza (41,9%), raiva (38,4%) e humilhação (36,1%) foram os mais citados após a violência. E a consequência da violência mais citada foi a perda da satisfação no trabalho (54,6%). A maioria dos trabalhadores (64,2%) relatou ter informado o ato de violência à chefia, 57,8% disseram não se sentirem seguros no ambiente de trabalho, 59,5% considera que o ambiente físico contribui para a ocorrência da violência, 64,7% considera o local de trabalho inseguro, 56,3% sentem-se seguros no trajeto para o trabalho, 95,8% relataram a importância do registro, de qualquer tipo de violência, 66,8% referiram receber orientações a respeito de quando e como lidar com conflitos entre usuários e trabalhadores e 43,7% não receberam assistência médica e psicológica após o ato de violência. Os fatores de risco mais citados foram: pacientes violentos (71,2%), falta de pessoal treinado para lidar com situações violentas (43,4%) e sobrecarga de trabalho (37,9%). A maioria das unidades não possui sistema de alarme e guardas de segurança. Conhecer o fenômeno violência relacionada ao trabalho é importante para implementar medidas preventivas para redução da violência e melhorar a assistência a ser prestada aos usuários.The work-related violence is a social problem and public health magnitude both nationally and internationally and has caused a major impact on health professionals, generating different risks in relation to sex, race, color, age and social space. This study aims to describe work-related violence experienced by workers in the family health team. It is a descriptive, cross-sectional quantitative approach. Held at the sites of action of family health teams in the city of Uberlândia, MG. Data collection occurred from March to July 2011. We used a semi structured questionnaire, based on the script used by Caesar (2005). The population consisted of 198 workers, 118 community health workers, 25 nurses, 25 nursing technicians, 16 physicians and six dentists. Among workers who have experienced violence were 62.1% community health workers, nurses 13.2%, 8.4% doctors, 13.2% nursing technicians and dentists 3.1%. The types of violence experienced by workers were more threats or verbal aggression (80.2%). The biggest offenders were people in the community and / or users (58.1%), female (69.8%) and adults (83.7%). The feelings of sadness (41.9%), anger (38.4%) and humiliation (36.1%) were the most frequent after the violence. And the result of violence most often cited was the loss of job satisfaction (54.6%). Most workers (64.2%) reported having informed the act of violence to the head, 57.8% said they feel safe in the workplace, 59.5% consider that the physical environment contributes to the occurrence of violence, 64.7% considered the workplace unsafe, 56.3% feel safe on the way to work, 95.8% reported the importance of registration in any kind of violence, 66.8% reported receiving counseling regarding when and how to deal with conflicts between users and workers, 43.7% did not receive medical and psychological care after the act of violence. The risk factors cited were: violent patients (71.2%), lack of trained personnel to deal with violent situations (43.4%) and work overload (37.9%). Most units do not have an alarm system and security guards. Meet the phenomenon related violence work is important to implement preventive measures to reduce violence and improve the assistance to be provided to users.Universidade Federal do Triângulo MineiroAtenção à Saúde das PopulaçõesBRUFTMPrograma de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à SaúdeIwamoto, Helena HemikoCPF:74443313834http://lattes.cnpq.br/9992154160330998Oliveira, Lorena Peres2015-11-27T18:54:19Z2012-11-052012-02-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfOLIVEIRA, Lorena Peres. The work-related violence of family health teams of Uberlândia, MG.. 2012. 89 f. Dissertação (Mestrado em Atenção à Saúde das Populações) - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2012.http://localhost:8080/tede/handle/tede/163porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTMinstname:Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)instacron:UFTM2015-11-28T03:03:44Zoai:bdtd.uftm.edu.br:tede/163Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.uftm.edu.br/PUBhttp://bdtd.uftm.edu.br/oai/requestbdtd@uftm.edu.br||bdtd@uftm.edu.bropendoar:2015-11-28T03:03:44Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)false
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