Estresse ocupacional e qualidade de vida dos profissionais das Equipes de Saúde da Família
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações BR UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
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Resumo: | Estresse e qualidade de vida são assuntos muito abordados na atualidade, sendo o estresse apontado como uma grande interferência na qualidade de vida. Os profissionais das equipes de saúde da família estão inseridos em um modelo assistencial que requer o vínculo com a família e comunidade; com isso, ficam vulneráveis aos problemas e conflitos das mesmas. Esse estudo objetivou identificar o estresse ocupacional e a qualidade de vida dos profissionais das equipes de saúde da família. Trata-se de um estudo quantitativo realizado com 431 profissionais da área da saúde vinculados à ESF de Uberaba MG. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário o sociodemográfico e profissional, a Escala de Estresse no Trabalho (EET) e o WHOQOL-BREF, no período de abril a julho de 2012. Na análise dos dados utilizou-se o programa SPSS versão 20. A população caracterizou-se por mulheres (87,90%), de 30 a 40 anos (28,30%), casados (43,40%), com ensino médio (60,70%), com apenas um vínculo empregatício (86,10%), processo seletivo como principal modalidade de entrada no serviço (91,00%), com um a cinco anos de trabalho na ESF (53,5%) e trabalhando há menos de um ano com o mesmo gerente (49,40%). Apresentaram nível de estresse ocupacional igual a 2,43, sendo as perspectivas de crescimento (3,29), divulgação de informações organizacionais (3,00) e a deficiência de capacitações e treinamentos (2,92), os principais fatores estressores encontrados. Não houve associação do estresse ocupacional com as variáveis sociodemográficas e profissionais. Já o fator estressor deficiência de comunicação das decisões organizacionais apresentou diferença significativa (p = 0,012) entre os profissionais com ensino superior (3,23) e sem ensino superior (2,92). O fator estressor deficiência de capacitação e treinamentos Apresentou associação significativa quando comparado ACS (2,68) e médicos (3,39) (p = 0,016), e ACS (2,68) e dentistas (3,58) (p < 0,001). Na avaliação da qualidade de vida observou-se maior escore no domínio social (75,00), e menor no domínio ambiental (56,25). O domínio ambiental apresentou diferença significativa quando comparado com as variáveis: sexo (p = 0,047), forma de entrada no serviço (p = 0,042) e função (p < 0,001). Em relação à categoria profissional, a diferença está entre os enfermeiros e, ACS (p < 0,001), ACD (p = 0,008) e técnicos de enfermagem (p = 0,01). Considerando os profissionais com e sem curso superior, houve diferença significativa quando comparados com os domínios ambiental (p < 0,001) e social (= 0,036). Houve correlação negativa fraca entre a idade e o domínio social (p = 0,01; r = -0,13). Na associação entre o estresse ocupacional e os domínios de qualidade de vida houve significância moderada para os domínios físico (p < 0,001; r = -0,38), psicológico (p < 0,001; r = -0,36) e ambiental (p < 0,001; r = -0,42), e fraca para o domínio social (p < 00,001; r = -0,24). Na análise de regressão linear os resultados corroboraram com os achados anteriormente. Observou-se que as condições ambientais são os aspectos mais afetados na vida dos profissionais. O estresse ocupacional mostrou-se como um fator importante na interferência da qualidade de vida. O investimento em locais de trabalho mais seguros e agradáveis, assim como vínculos mais estáveis, incentivo as capacitações, promoverá a valorização dos profissionais e a humanização das relações. |
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Estresse ocupacional e qualidade de vida dos profissionais das Equipes de Saúde da FamíliaQualidade de vidaEsgotamento profissionalSaúde da famíliaSaúde do trabalhadorRecursos humanos em SaúdeCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM::ENFERMAGEM DE SAUDE PUBLICAEstresse e qualidade de vida são assuntos muito abordados na atualidade, sendo o estresse apontado como uma grande interferência na qualidade de vida. Os profissionais das equipes de saúde da família estão inseridos em um modelo assistencial que requer o vínculo com a família e comunidade; com isso, ficam vulneráveis aos problemas e conflitos das mesmas. Esse estudo objetivou identificar o estresse ocupacional e a qualidade de vida dos profissionais das equipes de saúde da família. Trata-se de um estudo quantitativo realizado com 431 profissionais da área da saúde vinculados à ESF de Uberaba MG. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário o sociodemográfico e profissional, a Escala de Estresse no Trabalho (EET) e o WHOQOL-BREF, no período de abril a julho de 2012. Na análise dos dados utilizou-se o programa SPSS versão 20. A população caracterizou-se por mulheres (87,90%), de 30 a 40 anos (28,30%), casados (43,40%), com ensino médio (60,70%), com apenas um vínculo empregatício (86,10%), processo seletivo como principal modalidade de entrada no serviço (91,00%), com um a cinco anos de trabalho na ESF (53,5%) e trabalhando há menos de um ano com o mesmo gerente (49,40%). Apresentaram nível de estresse ocupacional igual a 2,43, sendo as perspectivas de crescimento (3,29), divulgação de informações organizacionais (3,00) e a deficiência de capacitações e treinamentos (2,92), os principais fatores estressores encontrados. Não houve associação do estresse ocupacional com as variáveis sociodemográficas e profissionais. Já o fator estressor deficiência de comunicação das decisões organizacionais apresentou diferença significativa (p = 0,012) entre os profissionais com ensino superior (3,23) e sem ensino superior (2,92). O fator estressor deficiência de capacitação e treinamentos Apresentou associação significativa quando comparado ACS (2,68) e médicos (3,39) (p = 0,016), e ACS (2,68) e dentistas (3,58) (p < 0,001). Na avaliação da qualidade de vida observou-se maior escore no domínio social (75,00), e menor no domínio ambiental (56,25). O domínio ambiental apresentou diferença significativa quando comparado com as variáveis: sexo (p = 0,047), forma de entrada no serviço (p = 0,042) e função (p < 0,001). Em relação à categoria profissional, a diferença está entre os enfermeiros e, ACS (p < 0,001), ACD (p = 0,008) e técnicos de enfermagem (p = 0,01). Considerando os profissionais com e sem curso superior, houve diferença significativa quando comparados com os domínios ambiental (p < 0,001) e social (= 0,036). Houve correlação negativa fraca entre a idade e o domínio social (p = 0,01; r = -0,13). Na associação entre o estresse ocupacional e os domínios de qualidade de vida houve significância moderada para os domínios físico (p < 0,001; r = -0,38), psicológico (p < 0,001; r = -0,36) e ambiental (p < 0,001; r = -0,42), e fraca para o domínio social (p < 00,001; r = -0,24). Na análise de regressão linear os resultados corroboraram com os achados anteriormente. Observou-se que as condições ambientais são os aspectos mais afetados na vida dos profissionais. O estresse ocupacional mostrou-se como um fator importante na interferência da qualidade de vida. O investimento em locais de trabalho mais seguros e agradáveis, assim como vínculos mais estáveis, incentivo as capacitações, promoverá a valorização dos profissionais e a humanização das relações.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Federal do Triângulo MineiroAtenção à Saúde das PopulaçõesBRUFTMPrograma de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à SaúdeSimões, Ana Lúcia de AssisCPF:75515440625http://lattes.cnpq.br/2379544650823103Côrtes, Renata Maciel2015-11-27T18:53:59Z2014-02-102012-12-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfCÔRTES, Renata Maciel. Estresse ocupacional e qualidade de vida dos profissionais das Equipes de Saúde da Família. 2012. 95 f. Dissertação (Mestrado em Atenção à Saúde das Populações) - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2012.http://localhost:8080/tede/handle/tede/106porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTMinstname:Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)instacron:UFTM2015-11-28T03:01:17Zoai:bdtd.uftm.edu.br:tede/106Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.uftm.edu.br/PUBhttp://bdtd.uftm.edu.br/oai/requestbdtd@uftm.edu.br||bdtd@uftm.edu.bropendoar:2015-11-28T03:01:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM - Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)false |
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Estresse e qualidade de vida são assuntos muito abordados na atualidade, sendo o estresse apontado como uma grande interferência na qualidade de vida. Os profissionais das equipes de saúde da família estão inseridos em um modelo assistencial que requer o vínculo com a família e comunidade; com isso, ficam vulneráveis aos problemas e conflitos das mesmas. Esse estudo objetivou identificar o estresse ocupacional e a qualidade de vida dos profissionais das equipes de saúde da família. Trata-se de um estudo quantitativo realizado com 431 profissionais da área da saúde vinculados à ESF de Uberaba MG. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário o sociodemográfico e profissional, a Escala de Estresse no Trabalho (EET) e o WHOQOL-BREF, no período de abril a julho de 2012. Na análise dos dados utilizou-se o programa SPSS versão 20. A população caracterizou-se por mulheres (87,90%), de 30 a 40 anos (28,30%), casados (43,40%), com ensino médio (60,70%), com apenas um vínculo empregatício (86,10%), processo seletivo como principal modalidade de entrada no serviço (91,00%), com um a cinco anos de trabalho na ESF (53,5%) e trabalhando há menos de um ano com o mesmo gerente (49,40%). Apresentaram nível de estresse ocupacional igual a 2,43, sendo as perspectivas de crescimento (3,29), divulgação de informações organizacionais (3,00) e a deficiência de capacitações e treinamentos (2,92), os principais fatores estressores encontrados. Não houve associação do estresse ocupacional com as variáveis sociodemográficas e profissionais. Já o fator estressor deficiência de comunicação das decisões organizacionais apresentou diferença significativa (p = 0,012) entre os profissionais com ensino superior (3,23) e sem ensino superior (2,92). O fator estressor deficiência de capacitação e treinamentos Apresentou associação significativa quando comparado ACS (2,68) e médicos (3,39) (p = 0,016), e ACS (2,68) e dentistas (3,58) (p < 0,001). Na avaliação da qualidade de vida observou-se maior escore no domínio social (75,00), e menor no domínio ambiental (56,25). O domínio ambiental apresentou diferença significativa quando comparado com as variáveis: sexo (p = 0,047), forma de entrada no serviço (p = 0,042) e função (p < 0,001). Em relação à categoria profissional, a diferença está entre os enfermeiros e, ACS (p < 0,001), ACD (p = 0,008) e técnicos de enfermagem (p = 0,01). Considerando os profissionais com e sem curso superior, houve diferença significativa quando comparados com os domínios ambiental (p < 0,001) e social (= 0,036). Houve correlação negativa fraca entre a idade e o domínio social (p = 0,01; r = -0,13). Na associação entre o estresse ocupacional e os domínios de qualidade de vida houve significância moderada para os domínios físico (p < 0,001; r = -0,38), psicológico (p < 0,001; r = -0,36) e ambiental (p < 0,001; r = -0,42), e fraca para o domínio social (p < 00,001; r = -0,24). Na análise de regressão linear os resultados corroboraram com os achados anteriormente. Observou-se que as condições ambientais são os aspectos mais afetados na vida dos profissionais. O estresse ocupacional mostrou-se como um fator importante na interferência da qualidade de vida. O investimento em locais de trabalho mais seguros e agradáveis, assim como vínculos mais estáveis, incentivo as capacitações, promoverá a valorização dos profissionais e a humanização das relações. |
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