As formações superficiais do Chapadão do Diamante - Serra da Canastra: contributos geoquímicos, físicos e geocronológicos

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Santos, Fabiana Cristina dos
• Orientador(a): Rodrigues, Sílvio Carlos
• Banca de defesa: Augustin, Cristina Helena Ribeiro Rocha , Nazar, Thallita Isabela Silva Martins , Brito, Jorge Luis Silva , Silva, Claudionor Ribeiro da
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Geoquimica; Intemperismo quimico
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOMORFOLOGIA::PEDOLOGIA; CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICA; CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOCRONOLOGIA; CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/33796; https://doi.org/10.14393/ufu.te.2021.5526

Esta pesquisa tem como objetivo compreender como os processos geoquímicos atuam na elaboração das formas de relevo do Chapadão do Diamante do Parque Nacional da Serra da Canastra-MG e contribuir no entendimento da distribuição espacial dos atributos químicos, físicos integrados aos geocronológicos. Para isso foram feitos, elaboração de um mapa de esboço geocronológico contendo as idades dos materiais de depósito, análises químicas e físicas dos materiais superficiais,além do tratamento estatístico dos dados geoquímicos para reconhecer os principais componentes e seus agrupamentos, bem como a espacialização dos mesmos. O intemperismo em quartzitos na região estudada consiste na dissolução do quartzo junto ao arranjo dos cristais. Assim o quartzito perde coesão e se reduz à areia. Em sub-superficie o intemperismo ocorre preferencialmente, nos planos de estratificação. O esvaziamento geoquímico é capaz então de desagregar os quartzitos. Este fato, em junção com o intemperismo de sub-superfície, promove o rebaixamento do relevo, formando superfícies aplainadas. A lixiviação da sílica ocorre em mantos de alteração em estágios avançados de intemperismo, proporcionando a formação dos óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, quando em quantidades suficientes, podem conduzir a processos de laterização. A laterização e a intensa lixiviação favoreceram a formação de goethita, hematita e gibbsita, elementos estes que permitem sugerir que área está sobre a influência de um clima quente e úmido. Estes mesmos elementos favorecem a translocação da matéria orgânica em materiais onde o material de origem é pobre em argila. A união dos processos geoquímicos leva a uma perda generalizada de grande parte de todos os elementos encontrados, com exceção daqueles de baixa mobilidade como o alumínio e o ferro. Esses fatos sugerem que o Chapadão do Diamante apresenta um expressivo esvaziamento geoquímico, significando uma progressiva perda de volume, manifestada mais intensamente nos mantos de intemperismo, como pode-se observar em cada forma de relevo analisada.