Hipotireoidismo materno e os efeitos renais para a prole jovem e adulta de ratas wistar

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Costa, Victor Augusto Alves
• Orientador(a): Balbi, Ana Paula Coelho
• Banca de defesa: Silva, Luiz Borges Bispo da, Deconte, Simone Ramos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Estrutural Aplicadas
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Hipotireoidismo materno; Maternal hypothyroidism; Função renal; Renal function; Prole; Offspring; Ratas Wistar; Wistar rats
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/29663; http://doi.org/10.14393/ufu.di.2020.574

Quando o ambiente intrauterino é perturbado por fatores como tabagismo, estresse, distúrbios neurológicos, infecções, doenças endócrinas, entre outros, a prole pode ter seu desenvolvimento comprometido e apresentar doenças na vida adulta. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar as alterações renais na prole jovem e adulta de ratas Wistar expostas ao hipotireoidismo somente na gestação ou durante a gestação e lactação. Para isso, os filhotes fêmeas de 30 e 90 dias (D) foram divididos em 3 grupos: Controle (CONTROLE - C) – filhotes de mães expostas ao eutireoidismo na gestação e lactação, Grupo Gestação (EXPERIMENTAL 1 – E1) – filhotes de mães expostas ao hipotireoidismo gestacional e Grupo Gestação/Lactação (EXPERIMENTAL 2 – E2) - filhotes de mães expostas ao hipotireoidismo gestacional e lactacional. Foram avaliados parâmetros maternos como consumo de ração e de líquidos, variação de peso corporal e dosagens de T3 e T4, e parâmetros na prole como dosagens de T3 e T4, provas de função e lesão renal e coleta de rins para estudos morfométricos e imunohistoquímicos. Não houve diferenças entre os grupos para parâmetros maternos como consumos hídrico e alimentar e ganho de peso na gestação, mas as mães de E2 apresentaram níveis menores de T3 e T4, em relação aos grupos C e E1. Os filhotes de 30D dos grupos E1 e E2 apresentaram menor peso corporal, mas somente os do grupo E2 tiveram menor peso renal relativo comparados ao grupo C. Dados como colesterol total, triglicerídeos, pressão arterial sistólica e frequência cardíaca não foram diferentes entre os grupos, mas a função renal e perda de proteínas urinárias foram menores em E2, em relação aos controles. Os animais experimentais de 30D tiveram menores áreas de corpúsculo renal e tufo glomerular, mas esta última só permaneceu reduzida nos animais de 90D de E2, enquanto houve aumento do espaço capsular nesses animais. O número de células em proliferação foi maior no compartimento tubulointersticial (TBI) dos animais experimentais de 30D, assim como houve aumento da expressão de alfa actina TBI, mas somente em E2. Os níveis de T3 só estavam reduzidos nos animais de 90D de E2, enquanto os de T4 não foram diferentes. O hipotireoidismo materno é capaz de programar alterações estruturais renais importantes na prole jovem de ratas Wistar, que podem resultar em perda de função renal na vida adulta. Essas alterações são mais evidentes quando o hipotireoidismo materno é mantido até o período da amamentação.