Políticas de financiamento às micro e pequenas empresas no estado de Minas Gerais:uma análise do período recente

• Ano de defesa: 2003
• Autor(a) principal: Cardoso, Flávio Guimarães
• Orientador(a): Botelho, Marisa dos Reis Azevedo
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Importância das pequenas e médias empresa; Brasil
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/33443; http://doi.org/10.14393/ufu.di.2003.54

Objetiva-se neste trabalho apresentar as principais políticas de financiamento às Micro Empresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP)1 ofertadas dentro do estado de Minas Gerais, de forma a identificar os problemas centrais que estas empresas encontram no acesso ao crédito e os efetivos resultados destas políticas para esse segmento de empresas. Neste sentido, o objetivo é avaliar os programas específicos de crédito a micro e pequenas empresas (MPEs) ofertados principalmente pelos bancos governamentais que, tradicionalmente, são os maiores ofertantes de recursos ao setor. Para este estudo é dado destaque especial ao papel do BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais)2, onde é analisada a amplitude da sua atuação, as linhas de crédito disponíveis e os processos de solicitação dos recursos e suas exigências. A hipótese principal que norteia este trabalho é a de que, apesar da existência de várias linhas de crédito voltadas para o segmento das micro e pequenas empresas, os tipos de contratos, exigências, prazos e taxas cobradas existentes no mercado estão em desacordo com as necessidades e possibilidades das mesmas. Os juros praticados são, em grande parte, altos para a realidade do setor e poucas instituições financeiras oferecem linhas com juros mais “baratos” que os praticados corriqueiramente no mercado, o que compromete seriamente a capacidade de pagamento das empresas que captam estes recursos. Mesmo nas instituições governamentais, a liberação de crédito é complexa, pois as mesmas não querem correr riscos e assim buscam se acobertar com garantias reais que na maioria das vezes pode chegar a ser de mais de 200% do valor do financiamento solicitado. Há várias ações de políticas de apoio aos pequenos empreendimentos, tais como: formação profissional (capacitação), regimes tributários diferenciados, políticas ativas de geração de emprego e políticas de apoio creditício. As MPEs têm sua importância estratégica no sentido de reduzir a taxa de desemprego que vem crescendo no país e no mundo. Observa-se que, tanto nos países desenvolvidos quanto nos subdesenvolvidos, desde os anos 80, o segmento vem crescendo e ficando cada vez mais representativo nas economias, assim nota-se que as MPEs não só no Brasil, mas em grande parte dos países do globo, são responsáveis por significativa parcela da geração de emprego e renda nestas economias.