Ciência, gênero, sexualidade e religião: alianças, tensões e conflitos no ensino de Biologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Parreira, Fátima Lucia Dezopa lattes
Orientador(a): Silva, Elenita Pinheiro de Queiroz lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Paula Regina Costa, Souza, Marcos Lopes de, Cicillini, Graça Aparecida, Cunha, Ana Maria de Oliveira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/28778
http://doi.org/10.14393/ufu.te.2020.3901
Resumo: Esta pesquisa insere-se na linha Educação em Ciências e Matemática do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia. Nela, consideramos tanto a inquietação, suscitada em nossa pesquisa de mestrado, acerca do entrelaçamento entre discursos científicos e religiosos, produzido por estudantes da Licenciatura em Ciências Biológicas, na abordagem da sexualidade e do gênero, quanto as leituras que temos realizado, em nosso grupo de pesquisa, GPECS, do contexto social brasileiro do século XXI. As questões que elegemos na pesquisa foram: Quais entrelaçamentos são produzidos a partir dos discursos religioso e biológico no debate sobre sexualidade no espaço escolar? Quais alianças, conflitos e tensões são constitutivos desses entrelaçamentos? Como professores/as de Biologia e estudantes de ensino médio se posicionam frente a estes entrelaçamentos? A intenção principal foi investigar o entrelaçamento entre os discursos religioso e científico que atravessam as contendas sobre sexualidade e gênero mobilizadas por professores/as de Biologia e estudantes de ensino médio, bem como as alianças, conflitos e tensões constitutivos desses discursos. Buscamos ainda analisar os discursos sobre sexualidade e gênero mobilizados por professores/as de Biologia e estudantes de ensino médio de uma escola pública da rede estadual de Uberlândia-MG, além de discutir e problematizar as possíveis alianças, conflitos e tensões estabelecidas na relação sexualidade, gênero, ciência e religião, por estes/as professores/as de Biologia e estudantes de ensino médio. Partimos dos pressupostos de que a multiplicidade das condições de existências desafiam as normas e os modelos ditados como válidos e a serem seguidos pela escola e pela sociedade; que a ciência, o dispositivo de sexualidade, o gênero e a religião, emaranham-se, na organização das relações e modos de vida, em regra permeados por conflitos cognitivos, culturais, políticos e educativos. Colaboraram com esta investigação 5 docentes de Biologia e 55 estudantes. Para a produção das informações junto aos/às docentes, foi realizada uma entrevista semiestruturada e desenvolvido um grupo de discussão. Com os/as estudantes foram realizadas oficinas. O conceito de sexualidade foi tratado a partir de Michel Foucault e de autores/as que investigam e atuam no campo de estudos da sexualidade, gênero e educação, cujos aportes se assentam neste filósofo, nos estudos de gênero de matriz pós-estruturalista e em estudos de biólogas feministas que nos permitiram pensar e deslocar a Biologia para construções epistemológicas que consideram a historicidade e a participação política desse campo na produção de sujeitos humanos, seus corpos e suas existências. Nosso corpus analítico revela que discursos da ciência e da religião se aliam para dizer do culto ao corpo saudável, do risco que representa a prática do sexo, que pode fazer adoecer o corpo e desviar a alma da salvação. Esses discursos também revelam a reafirmação da heterossexualidade como padrão e a negação de uma sexualidade própria das crianças. A recusa da escola como espaço para a discussão de sexualidade e gênero a/ou as tentativas de controle sobre quando e a quem se dirigem essas discussões constituem o maior ponto de conflito entre ciência e religião no Ensino de Biologia. O tensionamento entre essas alianças e conflitos acena para possibilidades de pensar a Biologia como espaço de resistência e de assunção como campo de estudo da sexualidade e do gênero fora dos ditames da heterossexualidade como padrão, da medicalização dos corpos e do modelo binário de gênero.
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spelling 2020-02-19T19:58:16Z2020-02-19T19:58:16Z2019-08-26PARREIRA, Fátima Lucia Dezopa. Ciência, gênero, sexualidade e religião: alianças, tensões e conflitos no ensino de Biologia. 2019. 258 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019. Disponível em: http://doi.org/10.14393/ufu.te.2020.3901https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/28778http://doi.org/10.14393/ufu.te.2020.3901Esta pesquisa insere-se na linha Educação em Ciências e Matemática do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia. Nela, consideramos tanto a inquietação, suscitada em nossa pesquisa de mestrado, acerca do entrelaçamento entre discursos científicos e religiosos, produzido por estudantes da Licenciatura em Ciências Biológicas, na abordagem da sexualidade e do gênero, quanto as leituras que temos realizado, em nosso grupo de pesquisa, GPECS, do contexto social brasileiro do século XXI. As questões que elegemos na pesquisa foram: Quais entrelaçamentos são produzidos a partir dos discursos religioso e biológico no debate sobre sexualidade no espaço escolar? Quais alianças, conflitos e tensões são constitutivos desses entrelaçamentos? Como professores/as de Biologia e estudantes de ensino médio se posicionam frente a estes entrelaçamentos? A intenção principal foi investigar o entrelaçamento entre os discursos religioso e científico que atravessam as contendas sobre sexualidade e gênero mobilizadas por professores/as de Biologia e estudantes de ensino médio, bem como as alianças, conflitos e tensões constitutivos desses discursos. Buscamos ainda analisar os discursos sobre sexualidade e gênero mobilizados por professores/as de Biologia e estudantes de ensino médio de uma escola pública da rede estadual de Uberlândia-MG, além de discutir e problematizar as possíveis alianças, conflitos e tensões estabelecidas na relação sexualidade, gênero, ciência e religião, por estes/as professores/as de Biologia e estudantes de ensino médio. Partimos dos pressupostos de que a multiplicidade das condições de existências desafiam as normas e os modelos ditados como válidos e a serem seguidos pela escola e pela sociedade; que a ciência, o dispositivo de sexualidade, o gênero e a religião, emaranham-se, na organização das relações e modos de vida, em regra permeados por conflitos cognitivos, culturais, políticos e educativos. Colaboraram com esta investigação 5 docentes de Biologia e 55 estudantes. Para a produção das informações junto aos/às docentes, foi realizada uma entrevista semiestruturada e desenvolvido um grupo de discussão. Com os/as estudantes foram realizadas oficinas. O conceito de sexualidade foi tratado a partir de Michel Foucault e de autores/as que investigam e atuam no campo de estudos da sexualidade, gênero e educação, cujos aportes se assentam neste filósofo, nos estudos de gênero de matriz pós-estruturalista e em estudos de biólogas feministas que nos permitiram pensar e deslocar a Biologia para construções epistemológicas que consideram a historicidade e a participação política desse campo na produção de sujeitos humanos, seus corpos e suas existências. Nosso corpus analítico revela que discursos da ciência e da religião se aliam para dizer do culto ao corpo saudável, do risco que representa a prática do sexo, que pode fazer adoecer o corpo e desviar a alma da salvação. Esses discursos também revelam a reafirmação da heterossexualidade como padrão e a negação de uma sexualidade própria das crianças. A recusa da escola como espaço para a discussão de sexualidade e gênero a/ou as tentativas de controle sobre quando e a quem se dirigem essas discussões constituem o maior ponto de conflito entre ciência e religião no Ensino de Biologia. O tensionamento entre essas alianças e conflitos acena para possibilidades de pensar a Biologia como espaço de resistência e de assunção como campo de estudo da sexualidade e do gênero fora dos ditames da heterossexualidade como padrão, da medicalização dos corpos e do modelo binário de gênero.This research is part of the Education in Science and Mathematics line of the Doctoral degree of the Graduate Program in Education at the Federal University of Uberlândia. From then on, we consider both the concern, raised in our master's degree research, about the intertwining between scientific and religious discourses, produced by undergraduate students in Biological Sciences, using the approach of sexuality and gender, as well as the readings that we have accomplished in our group research, GPECS, of the Brazilian social context of the 21st century. The questions chosed for the research were: which are the interlacing produced from religious and biological discourses in the debate about sexuality in the school space? What alliances, conflicts and tensions are constitutive of these interlacing? How do Biology teachers and high school students position themselves in the face of these intertwines? The main intention was to investigate the intertwining between the religious and scientific discourses that cross the debate over sexuality and gender mobilized by Biology teachers and high school students, as well as the alliances, conflicts and tensions witch constitute these discourses. We also look for analyze the discourses about sexuality and gender mobilized by Biology teachers and high school students from a public school in the state of Uberlândia-MG, in addition to discuss and problematize the possible alliances, conflicts and tensions established in the sexuality, gender relationship, science and religion, by these Biology teachers and high school students. We start from the assumptions that the multiplicity conditions of beings is a challenge for the norms and models dictated as valid and to be followed by school and society; witch science, sexuality device, gender and religion, combine in the organization of relationships and ways of life, permeated by cognitive, cultural, political and educational conflicts. 5 biology teachers and 55 students collaborated with this investigation. For the production of information with the teachers, a semi-structured interview was conducted and a discussion group was developed. Workshops were held with the students. The concept of sexuality was treated based on Michel Foucault and authors who investigate and work in the sexuality field, gender and education studies, whose contributions are based on this philosopher, in the gender studies of matrix post-structuralist and in studies by feminist biologists that allowed us to think and move Biology to epistemological constructions that consider historicity and participation politics of this the production of human subjects field, their bodies and their existences. Our analytical corpus reveals that discourses of science and religion come together to say about the cult of the healthy body, of the risk represented by the practice of sex, which can make the body sick and divert the soul from salvation. These speeches also reveal the reaffirmation of heterosexuality as a standard and the denial of a sexuality typical of children. The refusal of the school as a space for the discussion about sexuality and gender to/or attempts to control when and to whom these are addressed discussions are the biggest point of conflict between science and religion in Biology Education. The tension between these alliances and conflicts points to possibilities to think in Biology as a space of resistance and assumption as a field of study of sexuality and gender outside the dictates of heterosexuality as a standard, the medicalization of bodies and the binary gender model.Tese (Doutorado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em EducaçãoBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANASSexualidadeSexualityGêneroGenderReligiãoReligionCiênciaScienceEnsino de BiologiaBiology EducationProfessores, ProfessorasTeachersEstudantesStudentsCiência, gênero, sexualidade e religião: alianças, tensões e conflitos no ensino de BiologiaScience, gender, sexuality and religion: alliances, tensions and conflicts in Biology Educationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisSilva, Elenita Pinheiro de Queirozhttp://lattes.cnpq.br/3140638814052182Ribeiro, Paula Regina CostaSouza, Marcos Lopes deCicillini, Graça AparecidaCunha, Ana Maria de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/3185423016320640Parreira, Fátima Lucia Dezopa25869304225reponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFUORIGINALCienciaGeneroSexualidade.pdfCienciaGeneroSexualidade.pdfapplication/pdf6060689https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28778/1/CienciaGeneroSexualidade.pdf6eaf395adb02533531f6bc8ff95f3a98MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28778/3/license_rdf9868ccc48a14c8d591352b6eaf7f6239MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28778/4/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD54TEXTCienciaGeneroSexualidade.pdf.txtCienciaGeneroSexualidade.pdf.txtExtracted texttext/plain650185https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28778/5/CienciaGeneroSexualidade.pdf.txt9f6117142f5609b8f088f7900e3d7ff9MD55THUMBNAILCienciaGeneroSexualidade.pdf.jpgCienciaGeneroSexualidade.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1148https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28778/6/CienciaGeneroSexualidade.pdf.jpgdceeae60e763e41446bbd401e175fd93MD56123456789/287782020-02-20 03:12:42.981oai:repositorio.ufu.br:123456789/28778w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2020-02-20T06:12:42Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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