Quadros e costumes na Revista Cultura Política: intelectuais e o Estado Novo (1941-1942)

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Bertolino, Ana Maria
• Orientador(a): Paula, Dilma Andrade de
• Banca de defesa: Ribeiro, Gisélia Maria Campos , Nunes, Leandro José
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: DIP; Cultura Política; Quadros e Costumes; Graciliano Ramos; História; Ramos, Graciliano, 1892-1953; Marques Rebelo; Political Culture; Pictures and Customs
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA::HISTORIA DO BRASIL
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/21117; http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.31

Em meio a embates e conflitos políticos, Getúlio Vargas, por meio de um golpe, assumiu a presidência do Brasil, em 1930. Não conseguindo acalmar o cenário político e nem obter a hegemonia perante a sociedade, foi implementado outro golpe, inaugurando a ditadura do Estado Novo (1937-1945). Com isso, intensificou a propaganda ideológica de cunho autoritário, conservador e elitista do regime, criando, para tal fim, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que também tinha a função da censura. O DIP teve vários veículos para propagar a sua ideologia, um dos mais importantes foi a revista Cultura Política, considerada a sua revista oficial. Para seu funcionamento, agregou e, às vezes, cooptou intelectuais das mais diversas correntes teóricas para auxiliar na estruturação e divulgação da ideologia. Na Cultura Política, havia uma coluna específica sobre as regiões do Brasil, a Quadros e Costumes, que se dividia entre a do Nordeste e a do Centro e do Sul, escritas pelos autores Graciliano Ramos e Marques Rebelo. Elas evidenciavam a política, a sociedade e os costumes das regiões em diálogo com alguns pontos da ideologia varguista. O objetivo desta dissertação é, portanto, analisar ambos os quadros e a participação desses autores, verificando em que medida respondiam ou não aos anseios do regime varguista.