A multidão de solitários: a solidão na filosofia de Friedrich Nietzsche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Bárbara Raffaelle Carvalho lattes
Orientador(a): Almeida Júnior, José Benedito de lattes
Banca de defesa: Guimarães, Núbia Silvia lattes, Barbosa, Ildenílson Meireles lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36342
http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.262
Resumo: O objetivo desta dissertação é analisar a importância da solidão na filosofia de Nietzsche e suas dimensões. Podemos interpretá-la pelo menos em três instâncias (I) como contraposição ao mercado e ao barulho excessivo dos homens teóricos, sendo um desengajamento moral (II) como parte da reafirmação da multidão e da negação ao corpo, como forma de engrandecer a metafísica e a negação do corpo, (III) parte da experiência de criar esteticamente, ou seja, afirmação de vida e invenção de sentidos que exaltem o corpo. Utilizaremos principalmente as obras Aurora, Genealogia da moral e Assim falou Zaratustra para compreender o tema da solidão nas concepções filosóficas e Ecce homo juntamente a trechos de correspondências do autor para entender a solidão como fenômeno existencial. Nietzsche vivenciou a solidão tornando sua filosofia um modo de vida e não apenas abstração conceitual. A solidão permeia a crítica à cultura e à moral sendo vista como um processo contínuo de superação, uma forma de cultivar um novo sentimento humano que ultrapasse a metafísica. A solidão é uma condição de possibilidade para a superação da decadência, uma forma de afirmação de si que ultrapassa a moralidade consolidada nas bases reativas do rebanho.
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spelling 2022-10-27T17:01:52Z2022-10-27T17:01:52Z2022-06-10SANTOS, Bárbara Raffaelle Carvalho. A multidão de solitários: a solidão na filosofia de Friedrich Nietzsche. 2022. 107 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022.0DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.262https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/36342http://doi.org/10.14393/ufu.di.2022.262O objetivo desta dissertação é analisar a importância da solidão na filosofia de Nietzsche e suas dimensões. Podemos interpretá-la pelo menos em três instâncias (I) como contraposição ao mercado e ao barulho excessivo dos homens teóricos, sendo um desengajamento moral (II) como parte da reafirmação da multidão e da negação ao corpo, como forma de engrandecer a metafísica e a negação do corpo, (III) parte da experiência de criar esteticamente, ou seja, afirmação de vida e invenção de sentidos que exaltem o corpo. Utilizaremos principalmente as obras Aurora, Genealogia da moral e Assim falou Zaratustra para compreender o tema da solidão nas concepções filosóficas e Ecce homo juntamente a trechos de correspondências do autor para entender a solidão como fenômeno existencial. Nietzsche vivenciou a solidão tornando sua filosofia um modo de vida e não apenas abstração conceitual. A solidão permeia a crítica à cultura e à moral sendo vista como um processo contínuo de superação, uma forma de cultivar um novo sentimento humano que ultrapasse a metafísica. A solidão é uma condição de possibilidade para a superação da decadência, uma forma de afirmação de si que ultrapassa a moralidade consolidada nas bases reativas do rebanho.The objective of this dissertation is to analyze the importance of solitude in Nietzsche's philosophy and its dimensions. We can interpret it in at least three instances (I) as a counterpoint to the market and the excessive noise of theoretical men, being a moral disengagement (II) as part of the reaffirmation of the multitude and the denial to the body, as a way of enhancing metaphysics and the denial of the body, (III) part of the experience of creating aesthetically, in other words, affirmation of life and invention of meanings that exalt the body. We will mainly use the works Aurora, On the genealogy of morals and Thus spoke Zarathustra to understand the theme of loneliness in philosophical conceptions, in addition to Ecce Homo together with excerpts from the author's correspondence to understand loneliness as an existential phenomenon. Nietzsche experienced solitude making his philosophy a way of life and not just a conceptual abstraction. Loneliness permeates the criticism of culture and morality and is seen as a continuous process of overcoming, a way of cultivating a new human feeling that goes beyond metaphysics. Therefore, solitude is a condition of possibility for overcoming decadence, a form of self-affirmation that goes beyond the morality consolidated in the reactive bases of the herd.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em FilosofiaBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAFilosofiaNietzsche, Friedrich Wilhelm, 1844-1900 - Crítica e interpretaçãoFilosofia alemã - Séc. XXSolidãoNietzschesolidãodécadencetransvaloraçãoDionísiolonelinessdécadencetransvalorizationDionysiusA multidão de solitários: a solidão na filosofia de Friedrich NietzscheThe crowd of loners: loneliness in Friedrich Nietzsche's philosophyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAlmeida Júnior, José Benedito dehttp://lattes.cnpq.br/0240796579540981Guimarães, Núbia Silviahttp://lattes.cnpq.br/1805047859701348Barbosa, Ildenílson Meireleshttp://lattes.cnpq.br/2624665531049867http://lattes.cnpq.br/3102560790537615Santos, Bárbara Raffaelle Carvalho107121652058info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFULICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/36342/2/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD52ORIGINALMultidãoSolitáriosSolidão .pdfMultidãoSolitáriosSolidão .pdfDissertaçãoapplication/pdf2059107https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/36342/3/Multid%c3%a3oSolit%c3%a1riosSolid%c3%a3o%20.pdff9418309a79ca78fd019f681c493faafMD53TEXTMultidãoSolitáriosSolidão .pdf.txtMultidãoSolitáriosSolidão .pdf.txtExtracted texttext/plain263579https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/36342/4/Multid%c3%a3oSolit%c3%a1riosSolid%c3%a3o%20.pdf.txt94e4981e4c5d6b53d06d02b311908798MD54THUMBNAILMultidãoSolitáriosSolidão .pdf.jpgMultidãoSolitáriosSolidão .pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1209https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/36342/5/Multid%c3%a3oSolit%c3%a1riosSolid%c3%a3o%20.pdf.jpg69f4b95a7fb04ba78e6965a7b7821765MD55123456789/363422022-10-28 03:19:37.048oai:repositorio.ufu.br:123456789/36342w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2022-10-28T06:19:37Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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