Vulnerabilidade e áreas prioritárias para coleta de Phyllocycla (Calvert, 1948) no Brasil

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Araújo, Maysa Farias de Almeida
• Orientador(a): Tôrres, Natália Mundim
• Banca de defesa: Mendes, Poliana , Almeida, Ariádine Cristine de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Déficit Wallaceano; Modelagem de distribuição de espécies; Odonata; Odonata - Brasil; Species distribution modeling; Ecologia; Wallacean shortfalls; Distribuição geográfica
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS; CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/22445; http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.1191

A perda e a fragmentação de habitats constituem algumas das principais ameaças a biodiversidade no mundo todo. Diante disso e da necessidade em promover estudos voltados para as espécies raras ou ameaçadas, a fim de gerar conhecimento e mitigar possíveis impactos, nós utilizamos técnicas de modelagem para identificar áreas prioritárias para coleta e avaliar a vulnerabilidade de um gênero de Odonata que ocorre principalmente no Brasil, Phyllocycla. Nós selecionamos áreas prioritárias para coleta a partir da associação da adequabilidade climática, resultante da modelagem de distribuição, com as áreas menos amostradas. Assim, as áreas consideradas como prioritárias para coleta foram aquelas com maior adequabilidade climática e maior distância dos pontos de coleta conhecidos para o grupo. Para a análise de vulnerabilidade do gênero, nós relacionamos os modelos de distribuição potencial com a área ocupada pelas atividades antrópicas existentes e as planejadas pelo governo brasileiro. Identificamos que as áreas prioritárias para coleta de Phyllocycla no Brasil compreendem principalmente a região sul da Amazônia e alguns fragmentos de Cerrado nas regiões nordeste e centro-oeste. A distribuição geográfica de Phyllocycla possivelmente é subestimada no Brasil, uma vez que os registros encontram-se distribuídos de forma desigual ao longo de todo o território nacional, com apenas algumas regiões bem amostradas, como o sudeste do Brasil e norte da região Amazônica. Apenas 55.3% da distribuição potencial original de Phyllocycla no Brasil permanece disponível. A área comprometida compreende principalmente os biomas Cerrado e Mata Atlântica, com menor impacto na Amazônia. No entanto, com a implementação das atividades planejadas, é provável que mais 13.6% da área potencial se torne indisponível, especialmente na Amazônia, onde o interesse na mineração e implementação de novas usinas hidrelétricas aumentou. Dessa forma, nós sugerimos o uso dos nossos modelos de distribuição para subsidiar planos de ação para as espécies de Phyllocycla ameaçadas de extinção e deficientes de dados e que os modelos de vulnerabilidade auxiliem os gestores públicos na tomada de decisões, especialmente no licenciamento de novas atividades.