Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silveira, Fernando Augusto da
Orientador(a): Silveira, Wendel Batista da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Microbiologia Agrícola
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30156
Resumo: O soro é um subproduto formado durante a fabricação do queijo, constituído por lactose (4,5-5% m/v), proteínas solúveis, lipídios, sais minerais e outros componentes. Ele é o resíduo líquido mais abundante gerado nas indústrias de laticínios, que pode levar à poluição dos corpos de água devido as altas demandas bioquímica e química de oxigênio. O permeado de soro de queijo (PS) é um subproduto constituído por lactose, produzido a partir da ultrafiltração do soro. Portanto, o PS pode ser convertido por microrganismos assimiladores de lactose, como leveduras, em produtos de alto valor agregado. A levedura Kluyveromyces marxianus CCT 7735 tem demonstrado um potencial para produzir etanol a partir do açúcar lactose. No entanto, sua baixa tolerância ao etanol é uma desvantagem que precisa ser superada, isto é, seu crescimento é fortemente inibido a partir de 4% de etanol (m/v). A evolução adaptativa em laboratório foi utilizada para selecionar linhagens de K. marxianus CCT 7735 tolerantes ao etanol (ETSs). As ETSs foram crescidas sob estresse por etanol (4%, m/v) por longos períodos de tempo, durante muitas gerações (310-340 números de gerações), a fim de selecionar fenótipos tolerantes ao etanol. A partir da determinação dos parâmetros fisiológicos, as ETSs não apresentaram alterações em suas capacidades fermentativas, quando comparadas as linhagens parentais. A linhagem ETS4 se destacou por apresentar uma taxa específica de crescimento maior que a linhagem parental (acima de 100%) sob estresse por etanol e uma taxa específica de produção de etanol mais elevada dentre todas as linhagens avaliadas neste trabalho. As análises dos perfis de ácidos graxos e metabolômica foram realizadas com as linhagens ETS4 e parental para obter informações sobre os mecanismos relacionados à aquisição de tolerância ao etanol. O acúmulo de alguns aminoácidos (glutamato, alanina, valina, prolina e leucina) e metabólitos do ciclo ácido cítrico (ácido isocítrico, ácido cítrico, ácido cis-aconítico e ácido málico) em ETS4 parece estar associado à aquisição de tolerância ao etanol. Além disso, os altos conteúdos de ácidos graxos e ergosterol na linhagem ETS4 comparado à linhagem parental indicam diferenças entre suas membranas plasmáticas, o que é coerente com o vazamento de metabólitos observado na linhagem parental. Portanto, o acúmulo de aminoácidos e metabólitos do ciclo do ácido cítrico, assim como a alteração nos teores de ácidos graxos e ergosterol contribuíram para a aquisição de tolerância ao etanol em K. marxianus.
id UFV_0f21fb899d53ef1974006e314bfc46d2
oai_identifier_str oai:locus.ufv.br:123456789/30156
network_acronym_str UFV
network_name_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
repository_id_str
spelling Mantovani, Hilário CuquettoFietto, Luciano GomesSilveira, Fernando Augusto dahttp://lattes.cnpq.br/4876491797184708Silveira, Wendel Batista da2022-10-25T18:45:03Z2022-10-25T18:45:03Z2018-08-29SILVEIRA, Fernando Augusto da. Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution. 2018. 74 f. Tese (Doutorado em Microbiologia Agrícola) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2018.https://locus.ufv.br//handle/123456789/30156O soro é um subproduto formado durante a fabricação do queijo, constituído por lactose (4,5-5% m/v), proteínas solúveis, lipídios, sais minerais e outros componentes. Ele é o resíduo líquido mais abundante gerado nas indústrias de laticínios, que pode levar à poluição dos corpos de água devido as altas demandas bioquímica e química de oxigênio. O permeado de soro de queijo (PS) é um subproduto constituído por lactose, produzido a partir da ultrafiltração do soro. Portanto, o PS pode ser convertido por microrganismos assimiladores de lactose, como leveduras, em produtos de alto valor agregado. A levedura Kluyveromyces marxianus CCT 7735 tem demonstrado um potencial para produzir etanol a partir do açúcar lactose. No entanto, sua baixa tolerância ao etanol é uma desvantagem que precisa ser superada, isto é, seu crescimento é fortemente inibido a partir de 4% de etanol (m/v). A evolução adaptativa em laboratório foi utilizada para selecionar linhagens de K. marxianus CCT 7735 tolerantes ao etanol (ETSs). As ETSs foram crescidas sob estresse por etanol (4%, m/v) por longos períodos de tempo, durante muitas gerações (310-340 números de gerações), a fim de selecionar fenótipos tolerantes ao etanol. A partir da determinação dos parâmetros fisiológicos, as ETSs não apresentaram alterações em suas capacidades fermentativas, quando comparadas as linhagens parentais. A linhagem ETS4 se destacou por apresentar uma taxa específica de crescimento maior que a linhagem parental (acima de 100%) sob estresse por etanol e uma taxa específica de produção de etanol mais elevada dentre todas as linhagens avaliadas neste trabalho. As análises dos perfis de ácidos graxos e metabolômica foram realizadas com as linhagens ETS4 e parental para obter informações sobre os mecanismos relacionados à aquisição de tolerância ao etanol. O acúmulo de alguns aminoácidos (glutamato, alanina, valina, prolina e leucina) e metabólitos do ciclo ácido cítrico (ácido isocítrico, ácido cítrico, ácido cis-aconítico e ácido málico) em ETS4 parece estar associado à aquisição de tolerância ao etanol. Além disso, os altos conteúdos de ácidos graxos e ergosterol na linhagem ETS4 comparado à linhagem parental indicam diferenças entre suas membranas plasmáticas, o que é coerente com o vazamento de metabólitos observado na linhagem parental. Portanto, o acúmulo de aminoácidos e metabólitos do ciclo do ácido cítrico, assim como a alteração nos teores de ácidos graxos e ergosterol contribuíram para a aquisição de tolerância ao etanol em K. marxianus.Whey is a by-product formed during the cheese-making, which presents lactose (4.5-5% w/v), soluble proteins, lipids, mineral salts and other components. It is the most abundant liquid waste generated in the dairy industries, which can lead to the pollution of water bodies due to its high biochemical oxygen demand and chemical oxygen demand. Whey permeate (WP) is a by-product constituted by lactose, produced from whey ultrafiltration. This way, WP can be converted by lactose-assimilating microorganisms, like yeasts, into value-added products. Kluyveromyces marxianus CCT 7735 has been showing a great potential for producing ethanol from lactose. However, its low ethanol tolerance is a drawback to be overcome, i. e., its growth is highly inhibited from 4% of ethanol (v/v). Adaptive laboratory evolution was used to select ethanol-tolerant K. marxianus CCT 7735 strains (ETSs). ETSs were grown under ethanol stress (4%, v/v) for long periods of time, over many generations (310-340 number of generations), in order to select the ethanol-tolerant phenotypes. From the determination of the physiological parameters, ETSs did not present alterations in their fermentative capacity, when compared their parental strains. However, ETS4 strain stood out for displaying a specific growth rate higher than the parental strain under ethanol stress (above 100%) and a specific ethanol production rate superior to all strains evaluated in this work. The metabolomic and fatty acids analysis were carried out with both ETS4 and parental strains to gain insights into the mechanisms related to the acquisition of ethanol tolerance. The accumulation of some amino acids (glutamate, alanine, valine, proline, and leucine) and metabolites of the citric acid cycle (isocitric acid, citric acid, cis-aconitic acid and malic acid) in ETS4 was found to be associated with the acquisition of ethanol tolerance. Furthermore, high fatty acids content and ergosterol in ETS4 compared to the parental strain indicate differences in their plasma membrane composition, which is consistent with metabolite leakage observed in the parental strain. Therefore, the accumulation of amino acids and citric acid cycle metabolites, as well as the alteration in the fatty acid and ergosterol contents contributed to the acquisition of ethanol tolerance in K. marxianus.engUniversidade Federal de ViçosaMicrobiologia AgrícolaKluyveromyces marxianusEtanolSoro de leiteQuimiostatoStress oxidativoMetabolômica - AnáliseCélulas - MembranasCiências AgráriasAssessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolutionAvaliação da tolerância ao etanol de Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selecionada por evolução adaptativa em laboratórioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de MicrobiologiaDoutor em Microbiologia AgrícolaViçosa - MG2018-08-29Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2793122https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30156/1/texto%20completo.pdf943c73da91a97a710898ca70182f46e0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30156/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/301562022-11-01 08:33:07.064oai:locus.ufv.br:123456789/30156Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452022-11-01T11:33:07LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
dc.title.en.fl_str_mv Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution
dc.title.pt-BR.fl_str_mv Avaliação da tolerância ao etanol de Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selecionada por evolução adaptativa em laboratório
title Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution
spellingShingle Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution
Silveira, Fernando Augusto da
Kluyveromyces marxianus
Etanol
Soro de leite
Quimiostato
Stress oxidativo
Metabolômica - Análise
Células - Membranas
Ciências Agrárias
title_short Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution
title_full Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution
title_fullStr Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution
title_full_unstemmed Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution
title_sort Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution
author Silveira, Fernando Augusto da
author_facet Silveira, Fernando Augusto da
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt-BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4876491797184708
dc.contributor.none.fl_str_mv Mantovani, Hilário Cuquetto
Fietto, Luciano Gomes
dc.contributor.author.fl_str_mv Silveira, Fernando Augusto da
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Silveira, Wendel Batista da
contributor_str_mv Silveira, Wendel Batista da
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Kluyveromyces marxianus
Etanol
Soro de leite
Quimiostato
Stress oxidativo
Metabolômica - Análise
Células - Membranas
topic Kluyveromyces marxianus
Etanol
Soro de leite
Quimiostato
Stress oxidativo
Metabolômica - Análise
Células - Membranas
Ciências Agrárias
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Ciências Agrárias
description O soro é um subproduto formado durante a fabricação do queijo, constituído por lactose (4,5-5% m/v), proteínas solúveis, lipídios, sais minerais e outros componentes. Ele é o resíduo líquido mais abundante gerado nas indústrias de laticínios, que pode levar à poluição dos corpos de água devido as altas demandas bioquímica e química de oxigênio. O permeado de soro de queijo (PS) é um subproduto constituído por lactose, produzido a partir da ultrafiltração do soro. Portanto, o PS pode ser convertido por microrganismos assimiladores de lactose, como leveduras, em produtos de alto valor agregado. A levedura Kluyveromyces marxianus CCT 7735 tem demonstrado um potencial para produzir etanol a partir do açúcar lactose. No entanto, sua baixa tolerância ao etanol é uma desvantagem que precisa ser superada, isto é, seu crescimento é fortemente inibido a partir de 4% de etanol (m/v). A evolução adaptativa em laboratório foi utilizada para selecionar linhagens de K. marxianus CCT 7735 tolerantes ao etanol (ETSs). As ETSs foram crescidas sob estresse por etanol (4%, m/v) por longos períodos de tempo, durante muitas gerações (310-340 números de gerações), a fim de selecionar fenótipos tolerantes ao etanol. A partir da determinação dos parâmetros fisiológicos, as ETSs não apresentaram alterações em suas capacidades fermentativas, quando comparadas as linhagens parentais. A linhagem ETS4 se destacou por apresentar uma taxa específica de crescimento maior que a linhagem parental (acima de 100%) sob estresse por etanol e uma taxa específica de produção de etanol mais elevada dentre todas as linhagens avaliadas neste trabalho. As análises dos perfis de ácidos graxos e metabolômica foram realizadas com as linhagens ETS4 e parental para obter informações sobre os mecanismos relacionados à aquisição de tolerância ao etanol. O acúmulo de alguns aminoácidos (glutamato, alanina, valina, prolina e leucina) e metabólitos do ciclo ácido cítrico (ácido isocítrico, ácido cítrico, ácido cis-aconítico e ácido málico) em ETS4 parece estar associado à aquisição de tolerância ao etanol. Além disso, os altos conteúdos de ácidos graxos e ergosterol na linhagem ETS4 comparado à linhagem parental indicam diferenças entre suas membranas plasmáticas, o que é coerente com o vazamento de metabólitos observado na linhagem parental. Portanto, o acúmulo de aminoácidos e metabólitos do ciclo do ácido cítrico, assim como a alteração nos teores de ácidos graxos e ergosterol contribuíram para a aquisição de tolerância ao etanol em K. marxianus.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-08-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-10-25T18:45:03Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-10-25T18:45:03Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SILVEIRA, Fernando Augusto da. Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution. 2018. 74 f. Tese (Doutorado em Microbiologia Agrícola) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2018.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://locus.ufv.br//handle/123456789/30156
identifier_str_mv SILVEIRA, Fernando Augusto da. Assessment of ethanol tolerance of Kluyveromyces marxianus CCT 7735 selected by adaptive laboratory evolution. 2018. 74 f. Tese (Doutorado em Microbiologia Agrícola) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2018.
url https://locus.ufv.br//handle/123456789/30156
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
dc.publisher.program.fl_str_mv Microbiologia Agrícola
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Viçosa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:LOCUS Repositório Institucional da UFV
instname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron:UFV
instname_str Universidade Federal de Viçosa (UFV)
instacron_str UFV
institution UFV
reponame_str LOCUS Repositório Institucional da UFV
collection LOCUS Repositório Institucional da UFV
bitstream.url.fl_str_mv https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30156/1/texto%20completo.pdf
https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/30156/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 943c73da91a97a710898ca70182f46e0
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)
repository.mail.fl_str_mv fabiojreis@ufv.br
_version_ 1794528646486032384