Acetogenin as tool to control Aedes aegypti: a perspective of toxicity and gene regulation

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Costa, Marilza da Silva
• Orientador(a): Serrão, José Eduardo
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: eng
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Área do conhecimento CNPq: Entomologia Agrícola
• Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26690

Dengue, Chikungunya e Zika são arboviroses transmitidas principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. Embora seu controle seja realizado através da eliminação dos criadouros, controle biológico, controle genético e uso de inseticidas, são necessárias formas alternativas de manejo integrado desta praga para diminuir a ocorrência de resistência e que propiciem menores riscos ambientais e toxicológicos. Este trabalho avaliou um metabólito secundário de Annonaceae, com propriedades inseticidas, no controle de larvas de A. aegypti. Foi isolada e caracterizada uma acetogenina das sementes de Annona mucosa e testou-se sua toxicidade contra larvas de A. aegypti (inseto-alvo), seus predadores Culex bigotti e Toxorhynchites theobaldi (insetos não-alvo) e leucócitos humanos. Posteriormente avaliou as alterações na morfologia celular no intestino médio das larvas tratadas com acetogenina e determinou a influência desta molécula na expressão de genes para autofagia (Atg1 e Atg8), V-H+-ATPase (proteína transportadora), e para aquaporina-4 (Aqp4) (proteína de canal de água). E por fim, obteve informações sobre a influência da acetogenina na papila anal de larvas de A. aegypti, através da descrição das alterações morfológicas e influência desta na expressão de V-H+ -ATPase e Aqp4. A molécula isolada foi a esquamocina, que apresentou alta toxicidade às larvas, porém não apresentou toxicidade aos insetos não alvos e leucócitos humanos, indicando a seletividade desta molécula. No intestino médio, esquamocina teve ação citotóxica com modificações nas células digestivas, aumento na expressão de genes para autofagia (Atg1 e Atg8), diminuição da expressão de V-ATPase e de Aqp4 na CL20, bem como inibição da expressão em CL50, demostrando ter múltiplos modos de ação neste órgão. Nas papilas anais, esquamocina causou alterações morfológicas no epitélio, diminuição dos níveis de transcrição de AaAQP4 e inibição da transcrição de AaV-H+ -ATPase influenciando no processo de osmorregulação deste órgão. Os modos de ação da esquamocina em níveis morfo-fisiológico e molecular são descritos pela primeira vez. Os resultados mostram que esquamocina pode ser um protótipo de produtos naturais com potencial no controle de larvas de A. aegypti contribuindo ao estabelecimento de estratégias alternativas para o controle de insetos vetores com eficiência e baixo impacto ambiental.